Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

zé roberto padilha

três rios na rota da copa do mundo

por Zé Roberto Padilha

Em 1966, a seleção brasileira de futebol, na época bicampeã mundial, fez a sua preparação em cinco cidades do país.

Teresópolis, Niterói, Lambari, Caxambú e …Três Rios.

O adversário da seleção, na partida realizada no Estádio Odair Gama, eu desconhecia, mas o parceiro Fernando Von Borel me disse que foi o Tupi, de Juiz de Fora.

A foto, histórica, é do arquivo da família, já que meu pai era sócio-proprietário da “A Predial Ferragens”, cuja placa plublicitária foi erguida no alto das arquibancadas.

A seleção brasileira jogou com Djalma Santos, Bellini, Manga. Edson, Fontana e Dudu; Nado, Fefeu, Alcino, Tostão e Edu.

A sintonia de Três Rios com o futebol sempre foi muito forte. Grandes craques foram revelados por aqui, entre eles, Ferreira, ponta esquerda, que jogou no América FC, daqui e do Rio, Valencia, da Espanha, e seleção brasileira.

A ponto de colocar seus dois times profissionais, América FC e Entrerriense FC, entre as doze equipes que disputaram a segunda divisão carioca, em 1992.

* Os amigos já me avisaram: Foi o Tupi FC, de Juiz de Fora, que foi o adversário da Seleção Brasileira. Obrigado, Fernando Von Borel Du Vernai.

E A COPA PERDE OUTRO GRANDE ARTILHEIRO

por Zé Roberto Padilha

Quando a gente lembra que o vírus europeu, que infectou o técnico Tite, e o fez abrir mão do Gabigol em prol de um opaco Gabriel Martinelli, apenas por este jogar no Arsenal, eis que outro treinador é infectado: Lionel Scaloni, da Argentina.

Ao perder dois dos seus quatro atacantes, Joaquim Corrêa e González, cortados por contusão, ele chamou Angel Corrêa e Thiago Almada (Atlético de Madrid) para os seus lugares.

Será que o técnico Lionel Scaloni já ouviu falar em Germán Cano?

Se o gol é o grande momento do futebol, como Brasil e Argentina podem privar o mundo da presença dos seus maiores goleadores jogando uma Copa do Mundo?

ESQUECERAM DE MIM

por Zé Roberto Padilha

Sem dúvida, a posição mais carente da história do futebol brasileiro é a lateral direita. Tão inexpressivamente ocupada que o Tite apenas convocou um jogador para a posição, o Danilo. E mesmo assim porque atua na Juventus. Se joga no Fluminense…

Tirando Carlos Alberto Torres, que era um clássico, capitão do Tri, todos os que ocuparam aquela posição não tiveram destaque. Mas à exceção de Daniel Alves, que chegou perto, Leandro, que não atuou à sua altura, em 82, os demais não estiveram no mesmo nível dos seus companheiros de seleção.

Cafú, Toninho, Jorginho, Djalma Santos, Perivaldo, Maicon, Nelinho…e, acreditem, Fagner, um bom jogador, que foi titular na última Copa do Mundo.

Assistindo Palmeiras x São Paulo, vejo um especialista fazer certinho o dever de casa: Marcos Rocha.

Marca bem, realiza as coberturas e se apresenta no apoio. Erros de passes e cruzamentos? 0,5%. E ainda carrega um trunfo: seus laterais levam o veneno dos escanteios para dentro da área adversária.

Sempre atuou nos grandes clubes do nosso futebol, como Atlético-MG e Palmeiras, e é um colecionador de títulos: 6 estaduais, 3 Brasileiros, 2 Copas do Brasil e 3 Libertadores da América.

Uma pena que ele, aos 33 anos, dono de uma regularidade impressionante, atua em um clube mal colocado na tabela do Brasileirão e o Tite ainda não teve tempo de vê-lo atuar.

A DIFÍCIL TAREFA DE ELOGIAR

por Zé Roberto Padilha

Fiquei atento a todas as resenhas, cada Trocas de Passes, após a rodada do Campeonato Brasileiro e nossos sábios comentaristas, por unanimidade, procuraram à exaustão as razões pelas quais o Fluminense, jogando em casa, perdeu para o America-MG. Nenhum deles exaltou as razões pelas quais o América-MG venceu.

Está mais que apresentado ao mundo do futebol o modo Diniz de sair jogando. Os zagueiros abrem nas laterais e o melhor passador, o André, recua até o Fábio e sai jogando. É proibido dar chutão pra frente e, plasticamente, é bonito de se ver. Quando está ganhando, então…

O que ainda não tínhamos visto é um time ter a coragem de marcar essa saída de bola dentro do Maracanã. Essa marcação alta desmontou a armação das jogadas tricolores. Além disso, sempre tinha um jogador próximo ao Ganso para tirar sua liberdade de criação.

Soma-se a isso a felicidade dos gols saírem logo no início, o que passou confiança ao time americano, que soube administrar o resultado.

Sendo assim, senhores comentaristas, deixem em paz o Fernando Diniz e passem a admirar a coragem e a inteligência de Vagner Mancini, junto a qualidade e entrega dos seus jogadores, em seguir fielmente o plano tático traçado.

Já tivemos um estrategista, nos anos 60, chamado Tim. Ele era bem respeitado. Por que não exaltar o treinador que conseguiu desestabilizar a maior arma tricolor em seu nascedouro?

QUE SAUDADES DOS PELADEIROS

por Zé Roberto Padilha

Tudo bem que com tantos desfalques e diante um futebol coletivo impecável, como o do Palmeiras, só restava ao Botafogo ir buscar recursos na sua história.

De preferência, através dos pontas inesquecíveis que teve e realizaram misérias coletivas. Como Rogério, Zequinha, Paulo César Lima e Jairzinho.

E, nesta noite, fria e chuvosa, com meu filho alvinegro sofrendo em Rio das Ostras, coisas da Tia Vera, poderia estar em terceiro lugar, se ouvisse o pai, agradeci a ele pelo seu time ressuscitar dois autênticos peladeiros: Junior Santos e Jefinho.

No bom sentido, claro. Do improviso, da coragem, do nosso futebol raiz, de várzea, que permitia ousadias indivíduais até que a “maldita” Laranja Mecânica tornou coletiva.

Tomei a liberdade de escrever no intervalo e com o Palmeiras vencendo por 2×1. Independente do resultado final, torci muito para que os dois peladeiros arrebentassem no segundo tempo.

Isso tudo porque os dois me deram saudades, de lembrar Maurício e ter saudades do futebol-arte!