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zé roberto padilha

O MAESTRO

por José Dias


Errou quem imaginou, ao ler o título da postagem, que falaria sobre o grande JÚNIOR – o MAESTRO.

Esse eu também vi jogar e trabalhamos juntos.

Tenho observado, há algum tempo, através do noticiado pela imprensa (não gosto de “mídia”), as mais diversas informações, notas, críticas, elogios, reportagens de página inteira, meia página ou coluna sobre os personagens que exercem nos clubes as funções de treinador, supervisor, vice-presidente e, mais um novo na praça – diretor executivo. O treinador é o mais visado.

1. Treinador – Convivi com pelo menos 40 profissionais, dentre professores, técnicos, treinadores, treineiros e curiosos. Foram 40 cabeças pensando de forma diferente uma das outras. Autoritários, complacentes, vingativos, omissos, inseguros (principalmente), indiferentes, donos da verdade, competentes, incompetentes e, muitas vezes taxados de desonestos. 

Treinador que durante o início de uma temporada conseguiu manter sua equipe “n” jogos sem perder ou na 1ª colocação da competição que estava disputando e, de repente, assume um outro clube. Qual a expectativa? Se a nova equipe estiver mal, é que vai melhorar. Afinal de contas, chegou o “salvador”. Porém o que pode acontecer e acontece muitas vezes. Com poucos jogos sob sua direção a nova equipe vai mal. E aí? Mais um treinador demitido. Por que, sei lá?

Para esse eu tiro meu chapéu!

ZAGALLO – Numa de minhas ideias será o grande homenageado.


(Foto: Reprodução)

Vi jogar e trabalhamos juntos e se não fosse por ele, com certeza não estaria aqui, no Museu, chateando os que acompanham.

Existe um princípio na Administração que diz – uma pessoa vai bem em algum lugar e, desempenhando a mesma função num outro, não consegue obter os mesmos resultados.

O que aconteceu? Sei lá, principalmente no futebol. O “cara” é durão, não se submete à pressão de dirigente, da torcida, da imprensa e principalmente dos jogadores – seu destino, “a forca”. Significa, também, que o oposto pode surtir algum efeito, mas nunca duradouro. Vai ter seus 15 minutos de fama – seu destino “a forca”.

O profissional que desempenha esta função deve receber, da direção do clube, todo o apoio logístico possível para bem poder trabalhar. Se o grupo de jogadores colocados a sua disposição não for de primeira linha, o que se pode esperar – muito trabalho e muito empenho de todos para superar a diferença que os separa de outras equipes e em hipótese alguma o treinador poderá ser responsabilizado por uma não conquista de títulos e, em alguns casos, um possível rebaixamento.

Mas o clamor da torcida, da imprensa que não lhe é simpática, do patrocinador, que às vezes não é tão patrocinador assim e, principalmente, da direção que se acovarda, tornando-se incapaz de assumir suas responsabilidades e culpas. Direção que deveria enfrentar os descontentes e mantê-lo no cargo.

Um dos argumentos é de que recebem muito bem e têm a obrigação de andar atrás deles, forem onde forem. Treinador não é babá! Tampouco é “bedel” de escola. Aliás, ninguém é. Qualquer empresa sabe como lidar com seus funcionários, por que só no futebol tem que ser diferente.


(Foto: Reprodução)

Agora, no dia em que os treinadores se conscientizarem que são apenas funcionários com a missão de orientar a equipe tecnicamente e taticamente e que existem outros funcionários, pelo menos um para cada função, e deixarem a ideia de que só eles têm a solução para todos os problemas, talvez passem a ser olhados de outra maneira.

Mas o que será que os treinadores pensam? Sou assim porque preciso me proteger. Não dou oportunidades para outros porque podem querer me dar “uma rasteira”. No fim, quem se ferra sou eu! “Farinha pouca, meu pirão primeiro”!

Muitas coisas mais poderiam ser ditas e poderíamos ser injustos.

Para encerrar, vou dizer uma coisa jamais dita na história deste País – pode ser o melhor treinador do mundo, se não ganhar, f……-se (acertou quem completou com …errou).

SOPRADOR DE SONHOS. E DE APITOS

por Zé Roberto Padilha


Zé Roberto Padilha

A falta era na entrada da área contra a equipe Sub-9 do CAER, na quadra do Clube Social de Paraíba do Sul, pelo campeonato de futsal infantil promovido pela Rede Bandeirantes. Meu neto, Eduardo, estava na barreira, e pouco rodado em fundamentos competitivos se adiantou um pouco. O juiz, que deveria ser orientador nesta categoria, não aplicador de sentenças, deu-lhe o cartão amarelo. Na nova cobrança, ouviu uma voz dizendo: “Sai!” Que poderia ser do banco de reservas, como opção de diminuir o espaço ao batedor, ou da mãe, para sair da barreira e não levar uma bolada. Tudo deveria ser lúdico, divertido, um aprendizado do esporte se o imbecil do árbitro, totalmente despreparado para o exercício da profissão, não o tivesse colocado para fora. Inacreditavelmente ele expulsou o Eduardo da quadra.

Se carrego um orgulho comigo após jogar futebol por 23 anos, sendo 17 profissionalmente, é o de jamais ter sido expulso de campo. Ou de quadra. Aprendi com meus mestres, que eram professores, pais e árbitros humildes que ser expulso significava uma séria indisciplina. Uma subversão a ordem. Além de deixar meus companheiros em desvantagem na guerra ao abandoná-los com 11 contra 10. No máximo, recebi dois cartões amarelos por ter colocado, segundo o comentarista de arbitragem da TV Globo, “força desproporcional na disputa de bola”. Acontece que Eduardo é bem melhor que seu avô, pela sua gentileza, disciplina, educação e saiu chorando da quadra sem entender o rigor da sua punição. Seu treinador, Cidcley, afirmou certo dia:


– Dudu é tão fino que nem falta sabe fazer.

Estão dando aos árbitros poderes demais. Quando erram, são apenas afastados, não cumprem pena em regime aberto por fecharem os sonhos de uma criança. Muito menos vão para casa de tornozeleira eletrônica quando sua insensibilidade obriga um menino retirar as suas de crepe em meio às lágrimas e a prática da sua maior paixão. Eduardo, minha filha Roberta, seu pai, o Dr. Bruno Araújo, seu irmão Felipe e a minha neta, Luisa, que a tudo assistiram, retornaram a Três Rios dispostos a retirá-lo não apenas do futsal, mas do esporte. Uma ferramenta tão importante na formação do cidadão, ao lado da educação, é afastada de sua formação pela irresponsabilidade de um soprador de sonhos. E de apitos.

O recado é para a Rede Bandeirantes de Televisão, que organiza o torneio de futsal infantil da nossa região: ao escalar árbitros para apitar partidas das novas gerações, mostrem a eles que os meninos estão por ali buscando uma outra conquista. Não aquela efêmera exposta no placar ao final da partida, mas a que transcorre num aprendizado de postura, ética, interação social que vai ultrapassar o tempo estabelecido pela mesa. E será, ou deveria ser se os deixassem ficar, não sair daquele jeito, uma singela lição para o resto de suas vidas.

DÊ-LHE O BANCO E LHES DIREI QUEM É

por Zé Roberto Padilha


por Zé Roberto Padilha

As câmeras do Globo Esporte, durante o jogo do Vasco contra o Bahia, se revezaram entre o gramado e o banco de reservas de São Januário. Pela primeira desde que chegou como solução no segundo semestre do Campeonato Brasileiro de 2015, Nenê ficava entre os reservas. E poucos cumpriram seu papel como ele: mesmo com o péssimo primeiro turno, fez do segundo uma emocionante escalada de recuperação que durou até a última rodada. Ano seguinte, trouxe o seu time de volta a primeira divisão e ainda ajudou o clube a ser bi-campeão carioca. E jogando todas as partidas.

Mas na medida em que encarava com naturalidade sua estada no banco, torcendo e comentando normalmente os lances com seus companheiros, vibrando com o gol da sua equipe, a reportagem, que virou seu foco para lá atrás de revolta e inconformismo, foi deixando de lado suas tomadas. Foram atrás de audiência, não de anuência.


Nenê no banco de reservas

Aí vem o clássico com o Fluminense, dentro de São Januário, e novamente Nenê é escalado para o banco de reservas. Durante a semana, Rodrigo, dispensado e contratado pela Ponte Preta, joga o veneno no ar de Campinas:

– O próximo a ser dispensado será o Nenê!

Mas o Nenê não é o Rodrigo, joga pela arte, não pela violência. E a arte é um produto da paz, do amor, já a violência é o desaguar da revolta, da insatisfação, do futebol ruim que andam praticando. Sem lhe dar o troco, os repórteres nem se aproximaram dele para dar entrevistas, aí o meio da bola, que é cruel, joga no ar pelas resenhas: “Deve estar acomodado. Nem reclamou do treinador!”.

Mas se o futebol não é justo, os deuses que o amparam são. No ultimo sábado, entrou quando o time estava perdendo por 2×1, ajudou a organizar o meio-campo para alcançar o empate e se colocou no lugar certo para definir, com um chute forte e cruzado, a vitória. Nenê foi, mais uma vez, o herói vascaíno. E quanto tempo o Vasco não sabe o poder e o carisma de um deles.


Se já nutria admiração pelo seu futebol, depois da partida contra o Fluminense passo a admirá-lo como homem. Na política há uma máxima: “Dê-lhe o poder e saberemos o homem que é!”. No futebol, a partir de sábado, a máxima passa a ser: “Dê-lhe o banco. E conhecerás de perto a grandeza de um jogador!”. Mesmo chateado como tricolor, um apaixonado pelo futebol como eu não poderia deixar de reconhecer: Parabéns, Nenê! Agora, com o seu exemplo, sua humildade, muitos jogadores passarão a encarar o banco de reservas como ele foi concebido, um trunfo, uma banco de dados, não uma reunião de cacos. Uma estratégia para o treinador e não uma tragédia na vida de cada um jogador.

O AEROPORTO DE ITABUNA

por Zé Roberto Padilha


Zé Roberto Padilha

Era um sábado ensolarado do mês de junho e o avião da Varig (lembram-se dela?) se aproximava do Aeroporto Luis Viana Filha, em Itabuna, Bahia, trazendo a delegação do CR Flamengo, que iria fazer um amistoso inaugurando o novo estádio do clube. E como se tratava de Flamengo, dava para ver da janelinha aquelas formiguinhas carregando suas bandeiras vermelho e preta em volta da pista. Estou falando de 1976, naquela época as pessoas recebiam os passageiros da Varig, Vasp e Transbrasil à beira da pista, não tinha aquela passarela suspensa, era olho nos olho, emoção do torcedor na cara do jogador.

Nas ultimas poltronas, após o sambinha do fundo homenageando nosso Merica para desespero das aeromoças, o filho daquela terra que chegara à Gávea ao lado do Dendê, eu e meu parceiro Toninho Baiano. Já jogador da seleção, Toninho, então assíduo do Charles de Gaulle, Orly, e aeroportos cheios de estilo como o de Roma e de Madrid, virou-se para mim e disparou:

– Já pensou, Zé, você chegando nesta “babinha” não mais para jogar, mas de mala, para ficar de vez por aqui.

 Não concordei, nem discordei, apenas sorri. Meu silêncio foi de uma cumplicidade e arrogância do mesmo tamanho.


Aeroporto de Itabuna

E descemos aquelas escadas anestesiados pela glória passageira como eterna fosse. Porque jogador de futebol vive seus 15 anos máximos de glória fora da realidade econômica do seu país e da sua família, ou vocês acham que o Gum (120 mil reais/mês), Henrique (160 mil reais/mês) limitados zagueiros do Fluminense, que ganham 4 vezes mais do que nosso mais alto magistrado, não seriam protagonistas, hoje, da mesma história? Perguntem a eles, no fundo do jatinho fretado do Flu, durante a Copa do Brasil, se eles fossem jogar contra o Asa e desembarcassem no aeroporto de Arapiraca não para o jogo de ida, mas para ficar por ali, ganhando salário normal, de um jogador trabalhador da segunda ou terceira divisão do nosso futebol? 


A partida entre Flamengo x Itabuna levou 40 mil pessoas ao também estádio Luis Viana Filho no dia 25/01/76, poderoso nome de uma raposa política capaz de batizar aeroportos e estádios, e o placar foi de 5×0 pro nosso time (Luizinho, aos 8, Zico, 17 do 1º tempo, e Caio aos 24, 27 e 32 do 2º), e saímos dali nos braços queridos dos baianos, levando aquele diálogo de fundo de avião como uma norma taxativa da irrealidade em que vivíamos.

Daí fui para o Santa Cruz, em Recife, dois anos depois machuquei meu joelho, operei em uma época em que a medicina retirava todos os meniscos no lugar de isolar apenas sua parte lesionada, preservando aquele fundamental órgão de amortecimento, e acabei colocado em disponibilidade no mercado esportivo. Minha esposa estava grávida da nossa primeira filha, a Roberta, quando desembarquei de uma excursão à Arábia Saudita com o Santa Cruz, onde meu joelho não mais respondia aos apelos do meu pulmão para correr pelo campo todo. Sem ele, restou-me o currículo para atrair clubes ainda interessados. O primeiro foi o Bahia. Fui para Salvador realizar exames médicos e escolher apartamento. Ainda arrumava as malas quando um diretor do Santa Cruz me abordou com aquele velho chavão:

– Tenho duas notícias, uma boa e a outra ruim. Qual delas prefere?

A ruim era que o departamento médico do Bahia vetara minha contratação. A boa era que um clube baiano, diante da recusa do seu rival no estadual, pagava o mesmo preço. Sem exames médicos. Este clube era o Itabuna FC.


Quando o avião me levou, três anos depois, de volta para aquele aeroporto, desta vez para ficar, com a mala cheia de vergonha e um pensamento no preconceituoso diálogo travado com o Toninho, não consegui esconder minhas lágrimas quando a cidade parou numa quarta feira para assistir nosso primeiro treino. Tratava-se da principal atração do clube do cacau para o estadual da primeira divisão baiana de 1979 e no primeiro toque na bola senti meu joelho. E eles respeitaram minha saída cabisbaixa do treino, ajudaram na minha recuperação pelo SUS, incentivaram meu retorno e a manter, até o final do contrato, um salário digno de um trabalhador já então pai de família.

Naquele ano não foi apenas a Roberta que nasceu, mas uma lição definitiva de humildade explícita foi incorporada a vida da gente. Aquela “babinha” foi o lugar que me acolheu e desnudou o quanto são “bobinhos” os que se deixam seduzir pelo efêmero poder de ser um dia jogador de futebol do Flamengo.

ADEUS, MARACANÃ!

por Zé Roberto Padilha


Zé Roberto Padilha

Estava de férias na casa de minha irmã, em Angra dos Reis, quando recebi um convite para defender o time dos marinheiros. O pessoal do cais soube por ela que jogara bola e havia um clássico local no sábado, no Frade, contra o campeão da liga amadora. Estava com 42 anos e havia encerrado minha carreira no Bonsucesso FC, sete anos antes, mas jamais deixei de exercitar-me, apesar do joelho trioperado requerer extremos cuidados. A chuteirinha, já desgastada, sempre nos acompanhou nas viagens e não seria problema, estava no carro além do kit sobrevivência formado por um tubo de Balsamo Bengué, com salicilato de metila, um envelope de Rehidrat e cápsulas de Cebion.

Quando cheguei ao estádio, modesto e pouco gramado, tomei até um susto. Casa cheia, gente saindo pelo ladrão, deveria ser o programa obrigatório daquele balneário simples que sustenta os hóspedes dos reis que Angra acolhe com seus marinheiros, cozinheiras, porteiros e babás. Ou se tratava de uma revanche que pouco comentaram a respeito. No vestiário, pedi a camisa 11 para ficar a vontade e me posicionei aberto na ponta esquerda aquecendo. O lateral direito que me marcaria, não estava em sua posição, mesmo diante da saída iminente da bola a nosso favor, batia papo com o zagueiro central. Seu comentário passava em letras garrafais no telão imaginário:

– Olha o coroa que vou pegar. Acho que hoje vou deitar e rolar!

Pedi que me passassem a bola, recebi um pouco a frente e parti em velocidade pelos caminhos abertos, e em cinco toques estava na cara do goleiro. O lateral só notou que a partida começara no terceiro toque, pois no quarto já passara por ele e no quinto chutava a bola com raiva para o gol (onde já se viu, não respeitar o meu passado?) .O goleiro defendeu, ela voltou em minha direção e entrei com bola e tudo. O silêncio do estádio só foi interrompido com a bronca que todo o time dera no lateral, que subestimara o velhinho, e o gol mais rápido da história do Frade fora registrado naquela tarde.

Gato preto contra rato calvo, a partir daquele momento começou a caça do lateral sobre mim. E ele pagou cada pré julgamento com deslocações constantes, passes precisos e um preparo físico que ele jamais imaginou enfrentar diante dos amigos que debochavam dele o jogo todo junto ao alambrado. Vencemos a partida e no dia seguinte meu joelho, inchado e dolorido, contrastava com o orgulho de ter feito um grande jogo.


Descobria ali que não é o ostracismo que nos atiram após a profissão que nos machuca. É o oxigênio do prazer de exercer uma vocação que desde menino se aflora e nos destaca. Sem a bola nos pés, somos mais um respirando o ar das multidões. Trata-se da meta atingida pelo caixa da Caixa, a petição triunfal, a nota 10 do doutorado, o reconhecimento do chefe. A promoção que pede um brinde e uma comemoração. Cada um com seu dom, e ele te diferencia, te faz importante e justifica sua presença aqui na terra.


(Foto: Flickr Fabian Ribeiro)

Demorei quinze anos buscando este oxigênio por gramados cada vez mais vazios. E trazendo de lá as articulações, e o conceito duramente alcançados, cada vez mais comprometidos. Até que meu pai, à beira de um dos últimos embates, nos chamou a atenção pelo tempo da bola que se perdia, a passada que se desconectava do lançamento, o domínio e a habilidade que as lesões impediam.

– Você, meu filho, tem um nome a zelar. Está na hora de parar!


Desde então resolvi estudar. Primeiro jornalismo, agora História. Escrever o que vivi e não mais empanar o que joguei. Nunca mais encontrei um lateral daqueles para enfrentar a não ser em sonhos, e das lembranças do Maracanã, nem ouso por perto passar. Dizem que é lindo no padrão FIFA, mas fico a imaginar o que fariam, hoje, Gerson, Rivelino, Paulo Cézar Caju e Zico com um gramado daqueles, um Rodrigo na zaga, uma bola tão leve e uma chuteira que parece uma pluma? Assistam Pelé Eterno, certamente se aproximariam do ET que faz o papel principal.