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Vasco

VENCEU QUEM CHUPOU GELO

Por Zé Roberto

A preleção do técnico e capitão Claudio Coutinho, durante sua passagem pelo Flamengo, era uma aula de logística, ouvida em absoluto silêncio. Tinha infiltrações peloponto futuro, overlaping, citações de Pablo Neruda e, claro, futebol. As de Jair da Rosa Pinto, no Fluminense, pedindo ao “Créber” que jogasse pelas “beiradas” contra o “Framengo” era um outra versão da Escolinha do Professor Raimundo, uma aula movida a gargalhadas. Mas às vésperas do jogo tinha também a pelada de dois toques em que até os massagistas jogavam. E quando a bola era dominada no peito pelo Jajá, com uma classe nunca vista, e era cruel com as caneladas do Coutinho, o silêncio respeitoso e o riso incontido trocavam de lado. Quem afinal seria o melhor treinador? O que se formou para o ofício ou quem fez do ofício profissão?


Ricardo Gomes durante uma partida da Seleção

Ricardo Gomes durante uma partida da Seleção

Jorginho, Ricardo Gomes e Muricy foram grandes jogadores, e Levir Culpi um bom zagueiro. E estudaram futebol. Ao chegarem com seus times às semifinais do campeonato carioca, deixam claro que aquela expressão “chupou gelo com quem?”, direcionadas aos que se formaram fora das quatro linhas e não viveram a cumplicidade daquelas santas pedrinhas que entravam em campo no kit hidratação dos massagistas, se impôs por aqui. Se tornou mais producente ensinar quem jogou ser treinador do que ensinar uma vida de bola a quem se formou em Educação Física.

Mas se no futebol profissional o ex-jogador se sobrepôs, nas divisões de base andam perdendo espaço pelo país. Cada vez mais Xerém tem menos Rubens Galaxe, Gilson Gênio e Mário e mais emprego para os portadores da carteirinha do CREF. Existem CTs que vetam nas peneiras menores de 1,75m, mesmo com o melhor do mundo, o Messi, medindo 1,69m. Na base do nosso futebol, que tinha Pinheiro, Célio de Souza, Neca e Liminha à frente, é que o garoto mais precisa de uma referência. Da bola e do clube. Hoje, treinam muito, fazem musculação e chegam ao profissional com erros básicos de fundamentos. Mal sabem passar, dominar uma bola, mas correr…


Jorginho, atual treinador do Vasco da Gama

Jorginho, atual treinador do Vasco da Gama

O futebol brasileiro deve muito aos seus profissionais da Educação Física. Carlos Alberto Parreira, Admildo Chirol, Claudio Coutinho, Sebastião Lazarone, Raul Carlesso, Ismael Kurtz, entre outros, realizaram com competência a transição do futebol arte de 70 para o futebol moderno praticado pela Holanda quatro anos depois, na Alemanha. Mas está provado, e a parceria Zagallo e Parreira foi seu maior exemplo, quando um cuida do cérebro e outro das pernas e dos pulmões dos jogadores, quem vence é o torcedor que vê surgir um novo craque. Não um implacável gladiador.

RAFAEL BOQUINHA. VOCÊS AINDA VÃO OUVIR MUITO FALAR DELE

Rafael Antônio, de 24 anos, o Boquinha, cria do Morro dos Tabajaras, joga futebol de praia desde molequinho. Começou com Junior Capacete, no Juventus, e, hoje, exibe sua técnica pelo Paula Freitas. Hoje à tarde, inclusive, disputa as quartas de final do Carioca, às 16h, contra o Racing, de Copacabana. Jogaço-aço-aço!!!!! Mas ele é disputadíssimo e também joga pelo Vasco e seleção pelo beach soccer. Vocês ainda vão ouvir muito falar dele!!!!!

VASCO LEVANTA O CANECO

por Daniel Perpétuo

Em jogo tumultuado, o Vasco da Gama vence o Duque de Caxias por 4 a 2 na final da Taça Rio e garante vaga na final do Campeonato Carioca de Futebol 7. Sempre a frente no placar, equipe cruzmaltina impôs seu ritmo de jogo e manteve sua organização tática, fazendo valer a força de sua camisa.

Logo aos seis minutos da primeira etapa, enquanto os times vinham se estudando, o Vasco abriu o placar com Daniel Miranda, que dominou no peito e finalizou. Após o gol, o jogo acelerou, as duas equipes buscando o gol, com a equipe de São Cristóvão mais organizada em campo.

Na volta para o segundo tempo, o Duque de Caxias bobeou e sofreu o segundo gol logo no primeiro minuto. A partida ficou ainda mais pegada, e o time da Baixada Fluminense buscou o gol para diminuir o prejuízo no placar. E foi aos oito minutos que descontou, após um chute de fora da área de Beto Dias. 

A partir daí, sentindo o perigo do adversário, o Vasco se arrumou em campo e retomou o volume de jogo. O veterano Vander Carioca marcou o terceiro e foi para a grade comemorar com a torcida, o que lhe rendeu um cartão vermelho.

“Sou vascaíno de coração, não consegui conter a vibração e me exaltei um pouco na comemoração. Mas foi uma vitória importante e vamos nos preparar para os dois jogos do fim de semana, que serão muito difíceis”, emendou ao final da partida.

Destaque da equipe da colina, Ruan Pereira, que já havia marcado o segundo gol do Vasco, pegou a bola no meio do campo e avançou pela esquerda e, após driblar três adversários, tocou na saída do goleiro.

“A gente batalha muito durante a semana, e fui abençoado com dois gols. Mas não acabou ainda, sábado temos outra luta”, lembrou o craque do jogo.

O Duque de Caxias ainda descontou de pênalti, aos 23 minutos da segunda etapa, mas não dava mais tempo para reverter o placar. Para o presidente da Federação de Futebol 7 do Estado do Rio de Janeiro, Marcio Carrete, o jogo demonstrou a realidade da modalidade no Estado do Rio. 

“A competição mostrou seu equilíbrio, o que não surpreende, sempre havendo um rodízio de equipes chegando às finais. A cada dia, aumenta o público presente, mostrando o crescimento da modalidade, com cada vez mais adeptos dentro e fora de campo. O esporte vem alcançando mais visibilidade. Neste mesmo cenário, esperamos uma final de estadual sem time favorito”, afirmou o presidente.

A final do Campeonato Carioca de Futebol 7 acontece em duas partidas, uma no sábado e outra no domingo, sempre às 11 horas, na arena montado no Colégio Salesianos, em Niterói. O globoesporte.com transmite as partidas.

VASCO x CAXIAS

::: GALERA DO FUTEBOL 7 ::::
por Marcio Carrete


Mais uma temporada no fim e mais um ano de trabalho realizado com sucesso. Hoje à noite, acontece na Arena Akxe, na Barra da Tijuca, a final da Taça Rio de Futebol 7, entre Vasco da Gama e Duque de Caxias. O vencedor do confronto enfrentará a Cabofriense, em duas partidas, uma no sábado e outra no domingo, valendo o título estadual de 2015. Única camisa dos quatro grandes do futebol de campo, o Vasco segue favorito, mas não será nenhuma zebra caso passe o Duque.

A equipe de Caxias, inclusive, é uma das mais estruturadas da competição, contando com transporte próprio, centro de treinamento e casa. O Duque de Caxias mandou seus jogos em casa durante a temporada. Outro pioneirismo da equipe da Baixada Fluminense foi a comercialização de produtos licenciados, que geram renda e ajudam a pagar os salários.

Mas o Vasco é o Vasco, mesmo vindo de trocas consecutivas de treinador, faz uma campanha consistente, comandado dentro de campo por Vander Carioca, que ficou conhecido no salão e hoje se dedica ao Fut7.

A partida de hoje promete um confronto limpo e leal, porém intenso. Duas equipes que lutaram para chegar, o Duque de Caxias que havia subido para a primeira divisão na temporada passada; e o Vasco, dono de uma camisa de glórias, e que vê o seu time de futebol de campo amargar 34 rodadas na zona de rebaixamento, e depender de resultados para escapar na última rodada, porém vitorioso no futebol 7.

Como é bacana ver a arrancada da modalidade, que briga para ter o seu lugar ao sol, rumo a profissionalização, chegar ao final da temporada com boas histórias. Aos amantes da bola, lembramos que as finais do Campeonato Carioca serão transmitidas pelo Globoesporte.com. Sábado e domingo, às 11h, direto da arena montada no Colégio Salesiano, em Niterói. A Cabofriense já garantiu o lugar dela, saberemos hoje quem será seu adversário.