Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

tite

SABEM O QUE MUDOU??? TUDO!!!!

por Eduardo Semblano


Tínhamos um técnico nojento, um cara arrogante, prepotente e burro! Foi inventado no cargo, tem rancor em tudo o que faz, nunca foi técnico, nunca foi gestor e muito menos estava pronto ou se quer apto para estar ali. Técnico esse que tinha necessidade de aparecer, que impunha, mas não convenceu, até porque não sabia o que queria, não sabia o que fazer, era ignorante porque não buscava informações, não sabia gerenciar e muito menos administrar crises! 

Hoje temos um técnico que pra começar a conversa é técnico, não foi inventado, buscou seu espaço, tem sentimentos, prazer em estar ali, soube aprender com o tempo, evoluiu em todos os aspectos, sabe o que quer, sabe o que fazer, faz naturalmente, convence, é querido e se faz querer, estudou, buscou aprender, não se acha superior, pensa como gestor, motiva, pois acredita no que faz, sabe vencer e perder, sabe trabalhar e mais do que isso, é respeitado, não cobra respeito! 


Jogadores ricos, muito ricos, não precisam da seleção pra nada, estão ali porque querem, sofrem uma pressão que não precisam sofrer! Como motivar uma geração dessa que fica rica aos 20 anos??? Sendo querido, sendo admirado, sendo respeitado, fazendo parte e não se colocando à parte, passando informação e recebendo de volta, gerindo pessoas, formando um grupo e respeitando os melhores! 

Nossa geração não é das melhores, isso não mudou, nossos jogadores de futebol no Brasil tem nível cultural baixo em sua grande maioria, não são educados de berço, isso dificulta, isso atrapalha! 

Você pra ser técnico da seleção precisa ter alguns predicados, Dunga conseguia não ter nenhum deles, Tite acredito eu, tem todos! 

Tite mudou a cara do país em 10 dias, o Brasil jogou bola, acertou e errou, mas se viu algo, se viu organizado, motivado e feliz, você pode discordar de um nome ou outro mas ele vai te fazer entender o porque escolheu fulano e se errou, vai mudar, te pedir desculpas e começar novamente! 

A geração pode ser péssima, pode ser abaixo da crítica, mas o time não, não podemos ter uma geração mais fraca e ainda não ter trabalho, e acreditem, fizemos isso ao longo de anos! Éramos prepotentes, com uma geração abaixo e ainda não tínhamos um grupo, resultado disso? Fracasso, desespero e ódio da população com a amarelinha! 


Devemos ter uma Eliminatória tranquila, termo esse não usado há anos no Brasil: tranquilidade. Termo esse que Tite faz questão de ter como seu aliado, tranquilidade e paz! 

De verdade, não sou contra os arrogantes, até gosto em determinada medida, mas para isso você precisa ser foda, precisa notoriamente ser acima da média, e quando não é acima e ainda se acha demais, saiba que você é um babaca, adjetivo esse que define o Dunga!

Técnico ganha jogos, técnico ganha campeonatos, a prova está escancarada nesses dois jogos da seleção! 

Dai a César o que é de César, dê a Tite o que é de Tite!!!

Fui CLEAR ????

TITE E SUAS MISSÕES

por Eduardo Semblano


GOLEIROS!!!


Weverton foi o goleiro da seleção olímpica

Alisson (Roma-ITA) – O garanhão belíssimo ainda vai nos deixar na mão!

Marcelo Grohe (Grêmio) – Comum!

Weverton (Atlético-PR) – Deixa ele aí! Ele tirou o Fernando Prass, salvou o nosso ouro e ainda tem carisma! Não agarra nada, mas é gente fina.

ZAGUEIROS!!!

Miranda (Internazionale-ITA) – Sem sal, mas… tem que ir, né? 

Gil (Shandong Luneng-CHN) – Scania sem freio e sem direção hidráulica! Pode ser útil! 

Marquinhos (PSG-FRA) – Não confio! Zagueiro baixo, magro e educado só o Mauro Galvão! 

Rodrigo Caio (São Paulo) – Nosso futuro!


Rodrigo Caio foi um dos principais destaques do Brasil nas Olimpíadas

LATERAIS!!!


Fagner e suas tatuagens exóticas

Fagner (Corinthians) – Estava na hora, inclusive é o jogador com as tatuagens mais mal feitas do planeta. 

Daniel Alves (Juventus-ITA) – Não vale um real, mas é o melhor. 

Marcelo (Real Madrid-ESP) – Só o SONIC tupiniquim não queria ele.

Filipe Luis (Atlético de Madri-ESP) – O menino gumex me leva a loucura! Ele esqueceu de nascer, deve ter 35 de batimentos cardíacos. 

MEIO-CAMPO!!!

Casemiro (Real Madrid-ESP) – Nasceu básico, mas colocaram o Kit nele (ar, vidro, trava e direção de fábrica)!


Convocação de Paulinho foi contestada pelos torcedores

Rafael Carioca (Atlético-MG) – Esperança.

Paulinho (Guangzhou Evergrande-CHN) – Essa foi na resenha, na amizade e no carinho! Não está jogando nada!

Renato Augusto (Beijing Guoan-CHN) – TITULAR! Sem mais…

Giuliano (Zenit-RUS) – Professor, nessa o senhor só pode estar de SACANAGEM! Opala 81 sem placa e sem freio! Kleber Gladiador New Generation.

Willian (Chelsea-ING) – Garoto Samambaia tem que estar, mas não como titular!

Philippe Coutinho (Liverpool-ING) – Fino trato, merece continuidade.

Lucas Lima (Santos) – Gosto, mas…

ATACANTES!!!

Neymar (Barcelona-ESP) – Um dos maiores da História! 


Foto polêmica de Taison viralizou na internet

Gabigol (Santos) – Nosso futuro 9.

Gabriel Jesus (Palmeiras) – Donizete Pantera em formação. 

Taison (Shakhtar Donetsk-UCR) – O bom era com Y, batia até em mulher e tem dente de ouro, esse de parecido apenas o amor ao baseado!

Que dê certo, que voltemos a vencer pelo menos, que tenhamos tempo para arrumar gerações jogadas fora, que tenhamos um padrão, que possamos sorrir, que possamos competir ao menos, que Zagallos, Roths, Parreiras, Felipões e Luxemburgos não pisem mais por lá, que exista uma faxina ética, que a gente se classifique para a Copa, que o Tite seja esse divisor de águas, que o Galvão se aposente, que não fique tudo nas costas do Neymar, que tenhamos orgulho do nosso futebol e que o futebol volte a ter orgulho de ter o seu país bem…

NOSSO TREINADOR “CORDIAL”

por Zé Roberto Padilha


Na busca da nossa formação, nas raízes do caráter do povo brasileiro, dois autores são obrigatórios para seu entendimento: Gilberto Freire e Sérgio Buarque de Holanda. O primeiro, nosso maior sociólogo, em seu clássico Casa-Grande & Senzala, enxerga na aproximação portuguesa junto aos escravos, no Brasil Colonial, uma das maiores características do brasileiro: o elemento da plasticidade, do homem sem ideais absolutos nem princípios inflexíveis. O segundo, um dos nossos maiores historiadores e crítico literário, em seu clássico “Raízes do Brasil”, destaca a expressão “homem cordial”. A cordialidade, ressaltou, é sua propensão para sobrepor as relações familiares, afetivas e pessoais às relações profissionais ou públicas. O brasileiro, segundo ele, tende a respeitar a impessoalidade de sistemas administrativos em que o todo é mais importante que o indivíduo. Daí a dificuldade de encontrar homens públicos que respeitem a separação entre o público e o privado. E que ponham os interesses do Estado acima das amizades.

Em Brasília, tão impregnada de tal cordialidade, já fez seu ex-presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, em pleno século XXI, realizar publicamente a defesa do nepotismo para empregar seu filho para um cargo elevado no governo. Mesmo diante de toda a indignação da opinião pública. No futebol, deu a Felipão o direito, e a cara-de-pau, de não convocar o Miranda na última Copa do Mundo, um dos melhores zagueiros do futebol do europeu, para chamar seu amigo e zagueiro do Palmeiras, Henrique, que estava há um ano na reserva do Napoli, da Itália. Tal cordialidade foi agradecida pelos alemães, quando Thiago Silva ficou suspenso para aquela fatídica partida, bastava escalar o Miranda, que jogava na sua posição. Como o amigo jogava na quarta-zaga, e o outro zagueiro convocado, o Dante, também, inverteu o David Luiz de posição, escalou o Dante sem ritmo, e o resultado vocês sabem quanto foi.

Agora, após tantas lições políticas e esportivas, o novo treinador da seleção brasileira tinha nas mãos uma oportunidade de ouro. Chamar os melhores jogadores em atividade e aproveitar esta nova geração olímpica. Dar exemplo e enterrar nepotismos, fisiologismo e assistencialismos. E eis que na primeira convocação ele chama o Paulinho. Nosso glorioso volante está há exatos um ano e dois meses atuando no glorioso Guangzhou Evergrande no altíssimo nível competitivo do futebol chinês. Mas entre ele e o Wallace, do Grêmio, que está voando, optou pelo amigo. Aquele que há quatro anos lhe ajudou a ser o técnico renomado que é, ao ser destaque na Copa Libertadores e no título do mundial de clubes, que marcou aquele gol de cabeça contra o Vasco nas semifinais, e não sai da sua cabeça agradecida.

Dia seguinte à esperança de construir um país olímpico, que eleve os investimentos no esporte a partir dos exemplos de superação dos heróis que alcançaram medalhas, que o valorize como formador e construtor da cidadania, recebemos a notícia que emerge, no país da cordialidade, uma nova expressão para revalidar seus piores ismos: o Titismo. O ultimo dos neologismos que precisávamos para sair do Brasil Colônia e entrar de vez na modernidade.

BOM SENSO

:::: por Paulo Cezar Caju ::::


Kkkkkkkkkkkkkk. O Bom Senso acabou??? A solução para moralizar o futebol acabou??? O projeto revolucionário, liderado pelo zagueiro Paulo André? Pelo amor de Deus, chupou laranja com quem??? Esse projeto nem nasceu, né? E bom senso, cá para nós, está em extinção há tempos.

O curioso é que o projeto morre assim que Tite assume a seleção. O Tite era do Corinthians, o Paulo André era do Corinthians, que bom senso é esse? Por falar em Tite, ele saiu da “nova arena” do Botafogo, kkkkkk, quando o Flamengo ganhava de 3 a 1. Foi ele sair e o Botafogo meter dois. Não teve o bom senso de esperar o jogo terminar, mas tá valendo.


Bom senso também não tiveram os políticos que, nessas Olimpíadas, correm mais do que o Bolt para entregar as obras…..pela metade, cheias de gambiarras.

Bom senso não está tendo o Cuca, técnico reconhecidamente ofensivo, um dos poucos que ainda montam times interessantes, jogando de forma covarde, ganhando com medo perder. Deixa o Palmeiras jogar com alegria, Cuca!!!

Falcão voltou para o Inter e Argel, que garantiu não ficar uma semana desempregado, voltou para o Figueirense. Sobre o que falávamos mesmo? Ah, bom senso!!! Bom senso deveria ser não ficar repetindo figurinhas.

Os jornais noticiam os desdobramentos do atentado em Nice, aquele em que um doido, sem qualquer bom senso, atropelou e matou várias pessoas. Passei muitas férias em Nice, assisti muito aquela espécie de réveillon francês.

Chega, PC!!!! Sei que misturei as estações, um bom senso com o outro, mas minha cabeça é assim mesmo, uma mistura de nostalgia e inconformismo. Mas adoro uma boa gargalhada: o Bom Senso acabou, Kkkkkkk!!!!!   

– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 22 de julho de 2016

A TRAGÉDIA, SEGUNDO DATENA

por Zé Roberto Padilha


Pouco adianta trocar lá em cima, na cereja que comanda o bolo do futebol brasileiro, Dunga por Tite. Os ingredientes, hoje amargos, insossos, os nossos jogadores, abastecem nossos clubes com safras cada vez piores. João Batista Pinheiro e Telê Santana foram treinadores das divisões de base do Fluminense nos anos 70. Por suas mãos, passaram seguidas gerações de craques que brilharam no futebol brasileiro, como Edinho, Carlos Alberto Pintinho, Cléber, Gilson Gênio, Erivelto, Ricardo Gomes, Mário Marques, entre tantos. Ao seu lado, completando a obra, professores e estudiosos da preparação física como Sebastião Araújo e Célio de Souza. Esta “universidade da bola”, a Harvard do futebol carioca, desnudava a importância de um ex-atleta no comando da parte técnica. E um profundo conhecedor da parte física ampliando os espaços onde a técnica iria se impor. Foi assim com Pelé, Zico, Rivelino, Zizinho, Tostão e Didi. Porque jogar futebol é um ofício que não se aprende, é um dom natural como pintar, tocar violão e piano, dominar uma arte desde o berço. Daí que o jogador, no infantil e no juvenil, precisa mais dos ensinamentos de quem nasceu sabendo jogar bola, e exerceu a profissão, do que um que não jogou e estudou para melhorar o seu desempenho.

Um belo dia para mim, e triste para o futebol arte, após a Alemanha vencer a Copa do Mundo de 1974 e fazer o mundo da bola exaltar o uso da força, e da velocidade no lugar da habilidade, o Fluminense efetivou Carlos Alberto Parreira, seu preparador físico, no lugar do Zagalo na parte técnica. O primeiro a abrir as portas para nossos treinadores no mundo árabe. Estava ali presente, testemunha ocular de chuteiras de olho na herança da sagrada camisa 11 deixada por Lula, uma lenda que partia para o sul defender o Internacional. Neste dia, minha carreira se transformou: já formado nos fundamentos básicos, e nas manhas táticas por Telê, Pinheiro e Zagalo e apaixonado pela preparação-física buscando ser um ponta-esquerda moderno, Parreira me efetivou na Taça Guanabara. E, juntos, colocamos uma placa de “perigo, não pise” na linha de fundo daquela ponta esquerda. Onde nunca mais um ponta de verdade alcançaria a linha de fundo. Ele, Parreira, gostou tanto e seus seguidores também, que 20 anos depois conquistaria o Tetra com o Zinho evitando, como eu, afundar nas areias movediças que implantamos aquele dia nas Laranjeiras. Antes, Dirceu e Paulo Isidoro haviam afastado Mario Sérgio, Romeu e Zé Sérgio da seleção brasileira.


Mas havia coisa pior para acontecer com o futebol brasileiro que não seria percebido naquele momento. Mesmo porque quando Claudio Coutinho e Sebastião Lazaroni assumiram o Flamengo, e depois a seleção brasileira, a geração Zico, Falcão e Sócrates já estava formada em seus clubes pelo Carlinhos e o Zé Maria. Esse boom da elevação dos professores egressos da Escola de Educação Física do Exército, ocupando também postos civis do futebol nos anos 70, encontrou pelos clubes jogadores formados por ex-atletas. Se tratava de uma pós graduação. Com o beabá dos dribles, a soma do domínio, a equação do sistema tático no currículo, poucos perceberam no Maracanã, e no Pacaembu, o estrago que viria a seguir do regime de exceção. A pior opressão aconteceria nas divisões de base por todo o país.

Por não ser formado em sala de aula, mas nos gramados da vida, o ex-jogador não soube defender seu emprego, nem revelar em audiências e nos simpósios da vida a importância do seu papel na formação de um jogador. Já os treinadores que se formaram em universidades, sem dar um só pontapé na bola ao longo dia vida, conseguiram transformar seu CREFs não mais em um número de um conselho de classe, mas numa condição obrigatória para se exercer a profissão de técnico de futebol. Hoje, em Xerém, não tem mais Rubens Galaxe, Mario, Gilson Gênio ou Edinho, os filhos de Pinheiro, no comando dos meninos. No Ninho do Urubu, tiraram o Nunes, o Adílio e o Andrade e colocaram os formados pelo livro. Estes são frios e calculistas, revelam jogadores limitados, fortes e previsíveis, que não tiveram um gato para revelar seus pulos nas páginas de suas apostilas. Seus truques num escanteio batido pelo Marcelinho, as dicas para uma cobrança de falta do Didi, as manhas reveladas pelo Gérson em seus milimétricos lançamentos, o elástico do Rivelino ali do lado, com cheiro do suor.

Por incrível que pareça, o primeiro a perceber este abismo não foi a CBF. Foi a TV Bandeirantes. Notando a comoção causada pela nossa precoce eliminação da Copa América, escalou o Datena para transmitir jogos de futebol. Poucos locutores são capazes de transmitir com tanta competência os assaltos, os sequestros, os crimes, todos os infortúnios do nosso cotidiano. E o que mais o nosso futebol representa, hoje, senão uma tragédia na vida da gente?