por Rubens Lemos
Gosto do Papa Francisco. Aquela simpatia genuína. De supetão.
José Mário Bergoglio escolheu o santo que respeito. São Francisco badala o som da minha infância em sua oração de renúncia. Se despe da vaidade, cilada sorridente, da riqueza e prega o amor ao outro mais que a si mesmo. Por enquanto, só é prática a canção.
Francisco, o Papa, sorri o sorriso fraternal. Papa é pai. Eu não tenho o meu. Quem sabe, esteja aí o gatilho de rompante admiração.
Danem-se polêmicas sobre a postura política do jovem Bergoglio. Ele é fuçado por extremistas. De qualquer tendência, são equilibrados e coerentes como talibãs explodindo crianças. Concentro-me na figura humana. E o Papa é gente. Deus nele parece real.
Gosta de futebol – terá sido por aí? – torce pelo San Lorenzo de Almagro e reconhece craques brasileiros que vestiram a camisa do seu time: Waldemar de Brito (descobridor de Pelé), Petronilo e Silas, o refinado, campeão em 1995.
Além de um brasileiro típico nascido portenho: o loiro Narciso Doval, atacante arrasador do Flamengo e Fluminense nos anos 1970, morto precocemente de overdose aos 45 anos.
O Papa me dá esperança. Suas palavras são bálsamos e mobilizações. Francisco me lembra vovó falando de outro carismático: João 23. Vovó.
É Vovó. Ela tinha o olhar agasalhador, triste, sedutor e terno do Papa Francisco. Sempre Maria. Maria do Carmo da Minha Saudade.
E a ele – só a Francisco de batina – confessaria minhas dores. A maior, Maria