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PC Caju

SEM COMPARAÇÕES

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Alô, torcida do Flamengo, aquele abraço!!! Todos sabem que sou botafoguense, mas, acima de tudo, torço pelo futebol carioca. Não tem como ser diferente, afinal vivi ótimos momentos no Flamengo, Fluminense, Vasco e no meu Fogão. Jamais ficarei feliz com o rebaixamento de algum clube do Rio. Ter apenas uma força é ruim para o conjunto da obra e esvazia o Estadual.

Que o Flamengo vive uma grande fase, principalmente financeira, não é novidade. Que a imprensa exagera na dose de elogios também é sabido por todos. Tudo bem, mas só faço um pedido em nome dos deuses do futebol, não comparem esse time com o rolo-compressor da década de 80. Por favor, não!!! Pais, tios, avós precisam chamar as novas gerações para conversar e colocar os pingos nos is.

Já vi “jornalistas” levando essa enquete para debate. Curtam esse momento, divirtam-se, fiquem felizes com o Maracanã lotado com 52 mil pessoas, zoem, brindem, gritem, pulem, mas não se ATREVAM a comparar os dois grupos. Primeiro porque um desses times tinha Zico. Vou repetir. ZICO! A discussão poderia cessar aí. Me perdoem, mas com todo respeito ao Rafinha, Leandro é Leandro. O Júnior vence qualquer um, tanto no meio-campo quanto na lateral. Se hoje o ataque rubro-negro é festejado os mais velhos precisam contar do que eram capazes Tita, Nunes e Lico.

A garotada pode e deve idolatrar Arão, Gerson e Everton Ribeiro, mas precisa entender que Andrade, Adílio e Zico faziam jus ao slogan “craque o Flamengo faz em casa”. O time atual é o da moda, formado por forasteiros, sem qualquer identidade com o clube. Sinceramente, essa enquete beira o desrespeito.

Olha, nesse fim de semana assisti e vi os “melhores momentos” de Atlético x Cruzeiro, Corinthians x Palmeiras, Athletico x São Paulo, Ceará x Fortaleza, Vasco x CSA, Grêmio e Chapecoense. O nível é lamentável e não é de hoje que digo isso. Ainda tenho que ouvir um locutor dizer que o jogador está na “contramão”… Na contramão está o nosso futebol!

Longe de querer desmerecer o Flamengo atual, mas na época do Flamengo de Zico havia o Vasco de Dinamite, o Botafogo de Mendonça, o América de Eduzinho, o Bangu de Marinho, o Fluminense de Romerito, o Atlético de Reinaldo, a Ponte Preta de Dicá, o Santos de Pita, o São Paulo de Pedro Rocha, o Santa Cruz de Givanildo, o Guarani de Careca, o Inter de Falcão e o CSA de Jacozinho, Kkkk!! Por favor, cada um no seu quadrado, cada um na sua época.

O futebol brasileiro desmoronou. Ainda hoje a imprensa elogia Mano e Abelão, e critica Diniz, “que deixa legado, mas não consegue consolidar o trabalho”. A visão da mídia está distorcida. Ela tem todo direito de celebrar o Flamengo, caprichar em suas manchetes e cobrir o Rio de vermelho e preto, mas ela também tem a obrigação de preservar a memória e frear qualquer tipo de comparação descabida.

Que o Flamengo seja campeão Brasileiro, da Libertadores e Mundial, mas que o valor da geração que jogou futebol de verdade permaneça intacto e no alto do pódium.

FUTEBOL É PARA SIMPLIFICAR

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Há um mês venho alertando para a força dos astros e eles seguem disparando raios certeiros na turma da retranca. Dessa vez, a vítima foi Fábio Carille, mais um queridinho da imprensa. A mesma imprensa engessada que diz que tal time está ocupando um terço do campo, que o jogador ataca a bola, que um time amassa o outro, que fala bochecha da rede, orelha da bola, ligação direta e voltagem do jogo. Se o futebol está chato, os comentaristas conseguem piorar.

Futebol é para simplificar, exatamente o que Jorge Jesus vem fazendo com esse time do Flamengo, liderado por Gerson e Everton Ribeiro, dois ótimos meias. Duvido que um técnico com perfil retranqueiro fizesse isso, escalasse dois meias. Por isso, o time joga solto. O Grêmio, exaltado por tantos, joga com três cães de guarda na entrada na área, mas só consegue jogar bem quando está no sufoco e precisa tirar um deles.

O futebol precisa fluir e Jorge Sampaoli, que a imprensa vivia dizendo que era fogo de palha, e, por incrível que pareça, ainda é contestado, montou um time leve, com um baixinho no comando da festa. E que golaço contra o meu destroçado Botafogo!

O Soteldo não passaria na peneira de vários clubes. Só de vê-lo muitos o dispensariam. Os especialistas também já contestaram o time santista por ter contratado muitos jogadores baixos. Ou seja, ouve-se muita bobagem.

Viva os astros, viva o futebol ofensivo!!! Zé Ricardo perdeu no Inter, Roger e seu Bahia quase mataram Abelão do coração, Diniz segue acertando o São Paulo, Ceni continua bem e Adilson Batista, gosto dele, voltou ao mercado pelo Ceará e perdeu, como diz um amigo meu, para o VARmeiras, Kkkkk!!!!

No mais, consegui convencer meu amigo Haroldinho, canhoto habilidoso do Clube dos Trinta, a ir comigo no Fluminense x Vasco. Desculpa, Haroldinho, Kkkkk, que jogo ruim!!! Teve um zagueiro do Fluminense, com uma chance clara de gol, que chutou de tornozelo. Lamentável! Bem ao contrário de Vitinho, que fez um golaço! Pena ele ser vagalume, aquele jogador que volta e meia some do jogo, porque ele chuta bem com as duas pernas, algo raro no futebol atual. Pode ir mais longe.

Volto para a casa de Metrô, ainda impressionado com a incompetência dos vascaínos e tricolores. Um rapaz sentado na vaga reservada aos idosos não me oferece o lugar. Vivemos a época da truculência e da falta de civilidade, os dobermans viraram ídolos, o carrinho certeiro é mais comemorado que o gol.

Mas respeito é bom e eu gosto. Se nunca abaixei a cabeça para nada não seria agora, aos 70 anos, que me curvaria. Então, toquei no ombro do jovem e pedi que se levantasse. Um gaiato gritou para o cara de pau: “Chegou agora e já quer sentar na janela!”. Quando ele levantou-se o aplauso foi geral. Constrangido, mudou de vagão. E eu que nunca gostei de um banco sentei-me feliz da vida saboreando a vitória das boas maneiras sobre os botinudos.

A REVERÊNCIA AOS MEDÍOCRES

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Há anos não tinha notícias de Dudu, com quem dividi o meio-campo do Vasco com Pintinho e Guina. Dudu Dentão, figura doce e um jogadorzaço, alternava o jogo com uma facilidade tremenda e tinha um chute certeiro de fora da área. Depois foi para Portugal e virou ídolo do Belenenses.

Me colocaram na linha com ele e lembramos nossos bons tempos, rimos e nos emocionamos. Falei com Dudu na sexta-feira, antes de começar a rodada do Brasileirão. Quando perguntei se tem acompanhado os jogos resumiu: ‘Tá ruim de ver’.

E está mesmo. Difícil encontrar um jogador como Dudu no futebol atual. Tinha problemas com o peso, engordava fácil, mas, hoje, mesmo gordinho, teria vaga em qualquer time brasileiro.

Fui assistir Fluminense x Chapecoense levado por um amigo. Seria amigo mesmo, Kkkkk!!! Que coisa feia! Marcão não está aproveitando a chance. Na verdade, os “novos” treinadores não estão se atualizando, não trazem qualquer novidade, não ousam.

Vamos ver como Zé Ricardo se sairá no Inter. Ganhou de 3×2 do Bahia, mas já deve ser o seu terceiro clube nesse ano. Dessa vez foi levado pelo amigo Rodrigo Caetano, gerente de futebol do Inter. Como dizia minha avó, quem tem padrinho não morre pagão.

Mas o que importa é que os astros continuam atormentando a vida dos retranqueiros e abençoando os que pregam um futebol ofensivo. Fernando Diniz ganhou mais uma e para frustração dos “especialistas das bancadas” Sampaoli continua no alto da tabela. Rogério Ceni, mesmo fora de casa, não se intimidou com o Cruzeiro, de Abelão. O goleiro Diego Alves mais uma vez salvou o Flamengo e o Palmeiras, de Mano, aos trancos e barrancos, VAR para lá, VAR para cá, venceu do Avaí.

Por falar em VAR, ele foi para lá de polêmico no jogo do Vasco. Tudo bem que o Raul não pode tentar um lençol na entrada da área, afinal ele não é um Dudu, Kkkk!!! Mas aí entra o pessoal da cabine mostrando que a marcação do lance é feita em 3D, Linha Vermelha, Linha Amarela, Kkkk, só falta ter tiroteio também, Kkkk!!! Gosto do Luxemburgo, mas insisto que precisa treinar os fundamentos da equipe.

“E seu Fogão, hein PC?”, me provocou o rapaz do quiosque onde sempre troco ideias com Fagner, Paulinho Pereira, Guinga e Armando Kfuri. Para dizer a verdade nem vi e só depois soube do massacre. Não falo nem sobre futebol, qualidade, mas esse time precisa fugir do marasmo, ter alma, alegria.

Entendem porque sinto saudade quando relembro de um Dudu? Quem viu, sabe. Dudu Dentão, obrigado por me lembrar desses dias felizes. Dividir um meio-campo com você foi um orgulho. Hoje reverenciam-se os medíocres, batem palma para maluco e, com tinturas de cabelo e tatuagens, criam-se falsos ídolos, mas quem preza pelo controle de qualidade, e conviveu com a simplicidade de um Dudu, nunca será iludido por essa máquina de criar falsos ídolos que virou o nosso futebol.

RODADA CONFIRMA A FORÇA DOS ASTROS

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Na semana passada, falei que de acordo com as previsões astrológicas os retranqueiros teriam dias difíceis pela frente. A última rodada confirmou a força dos astros: Carille perdeu mais uma, Mano ficou novamente no empate, o Vasco venceu o Inter e o São Paulo, de Fernando Diniz, entrou no G4. Tudo bem que Carille enfrentou Abel, que também não preza pelo futebol ofensivo. Nesse caso, o resultado justo seria o empate, Kkkkk!

Torço pelo Luxemburgo, mas continuo sem entender como o jovem Marrony consegue pecar tanto em fundamentos básicos. Na minha época, eu, Afonsinho e Carlos Roberto ficávamos, depois do treino, trocando passes curtos, longos e tabelas. Esse menino, canhoto, tem muito potencial, mas precisa ser lapidado ou será apenas mais um jogador. Gosto dele, assim como admiro o Rafael Vaz, do Goiás, que marcou um golaço de falta!

Sobre o Flamengo falam muito sobre o seu ataque, mas o goleiro Diego Alves vem fazendo a diferença. Nos últimos três jogos do Flamengo, o resultado poderia ter sido outro. É importante o futebol ser analisado sem paixão.

Ainda sobre as previsões, os times catarinenses também vivem um inferno astral, Chapecoense e Avaí estão na zona de rebaixamento da Série A e Figueirense e Criciúma, na da Série B. A região onde vivo atualmente já viveu dias melhores!

“Mas, PC, os comentaristas das mesas redondas também vivem dias conturbados”, comentou comigo um rapaz magrinho que também caminhava no calçadão do Leblon. É isso mesmo, moro em Floripa, mas não saio do Rio, Kkkk!!! Esse mesmo rapaz me contou sobre a baixaria que aconteceu em uma dessas mesas, quando um jornalista abandonou o programa ao vivo. Não duvido que seja para conquistarem alguma audiência porque conteúdo relevante para segurar os assinantes estão longe de ter.

Fico zapeando e me impressiona o que ouço, a falta de conhecimento, qualidade zero. Não suporto mais ouvir essa bobajada de “bochecha da bola!”, “cara da bola”…falam com uma intimidade sem nunca terem chutado uma. Mas é o que temos para hoje.

Meu Botafogo venceu o CSA em um jogo horroroso o que me levou a ter pesadelos e acordar de madrugada, Kkkk!!!

Pego o jornal e leio uma matéria sobre racismo e as iniciativas dos clubes para combater todo o tipo de preconceito. Há anos combato o racismo, coloco a cara e reclamo de quem apanha calado. Até hoje acho que a saída do goleiro Jefferson da seleção teve a ver com isso, mas muitos atletas preferem não se expor. Essa história de colocar camisa não basta, afinal muitas dessas campanhas são oportunistas.

Nunca fui “nego, sim senhor” e por isso sempre conquistei a antipatia de muitos. Não me importa. Respeito é bom e eu gosto e como diz o Velho Lobo, vocês vão ter que me engolir! 

DE VOLTA ÀS ORIGENS

A equipe do Museu da Pelada reuniu Fred Marinho, PC Caju e Carlos Roberto, pegou a estrada e participou de um encontro bacana da Paracambi Fogo, com direito à pelada, churrasco, resenha e muita emoção! Para quem não sabe, Paracambi foi a cidade em que Marinho, pai de PC e Fred, deu seus primeiros passos no futebol, mais precisamente no Tupy de Paracambi.

Por isso, ao serem convidados pelo Museu, PC e Fred nem pensaram duas vezes antes de topar. Mais do que participar da festa, era a oportunidade de reencontrar familiares que não viam há muito tempo.

– Vai ser bacana! Eu nunca fui a Paracambi! – confessou PC!

Tradicional clube da cidade, o Tupy abriu as portas para o evento do grupo alvinegro e, assim que os craques desceram do carro, tiveram uma recepção calorosa de fãs e familiares:

– Uma honra muito grande conhecer o PC e o Fred! – disparou um deles.

Primo da dupla, Fernando revelou que o último encontro havia sido há mais de 40 anos. Além disso, fez questão de relembrar a trajetória de Marinho:

– Tudo começou aqui no Tupy de Paracambi! Depois ele seguiu a trajetória dele por Bangu, Botafogo, foi jogar na Colômbia e retornou para o Flamengo!

Quem também não escondia a felicidade pelo encontro era Eridan, atual presidente do grupo e um dos grandes responsáveis pela festa.

– O trabalho de vocês é lindo e vocês conseguiram trazer dois filhos da cidade para nos prestigiar!

Para abrilhantar o encontro, ainda encontramos um sósia do craque Afonsinho, que, sem modéstia alguma, disparou:

– Se tiver outro, é falso!

Outra fera que marcou presença foi Jarbas, responsável por confeccionar belíssimos troféus. Se toda aquela resenha e emoção já não fossem o bastante, tivemos a honra de ser presenteados pelo amigo com uma caixa de troféus e uma linda tábua personalizada para churrasco.

A nossa vontade era permanecer até o fim da resenha, mas prometemos voltar na próxima com a presença da dupla!

Valeu, rapaziada!