Escolha uma Página
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

PC Caju

O BALANÇÃO DO CAJU

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Chego ao fim do Brasileirão muito feliz pela derrota inapelável sofrida pelos retranqueiros, mas frustrado com o nível técnico baixíssimo do campeonato.

De qualquer forma, também estou contente por minha lista de preferidos não ter me decepcionado: Jorge Jesus, Sampaoli, Rogério Ceni, Luxemburgo, Roger e Fernando Diniz. Os dois primeiros, estrangeiros, devolveram a nós, torcedores, o futebol ofensivo que tanto prezamos, e ambos são disciplinadores. Ou seja, colocaram os times para treinar, não deixaram panelinhas serem criadas e acabaram com essa bobagem de poupar jogadores. Plantaram e colheram!

Luxemburgo voltou ao mercado e fez milagre com um limitado Vasco, Roger e Rogério Ceni fizeram brilhar o Nordeste, e Fernando Diniz não desistiu de sua filosofia, apesar da torcida contra dos jornalistas. Se o Athletico Paranaense e o Fluminense tem essa saída de bola sem chutões, com troca de passes, muito deve-se a ele. Os times ficam com sua marca registrada e isso é ótimo!

E o Cruzeiro? Esse abusou no direito de errar. Ouvi na CBN que a folha salarial do clube é mais alta que a do Flamengo!!! E sem o Arrascaeta, Kkkk, só podem estar brincando!!

Salários milionários para Fred, Thiago Neves e Edílson, uma folha indecente! Soma-se a isso dirigentes corruptos e técnicos retranqueiros, Mano o principal deles. A torcida não merece essa falta de respeito com um clube que já teve Tostão, Dirceu Lopes, Piazza, Evaldo, Natal, Procópio, Raul e tantos outros ídolos. E se não se organizar, sanar as dívidas, vai ser difícil retornar para a Primeira.

“Mas, PC, o Rogério Ceni esteve lá e pulou fora”, me alertou um jovem durante um encontro de ex-jogadores do Botafogo. Mas para mim o Ceni também errou ao deixar o Fortaleza. Deu sorte porque os dirigentes do clube cearense não foram orgulhosos e ele fez um excelente final de campeonato. Meu Botafogo não caiu por pouco e vai precisar de muito trabalho e investimento para dar a volta por cima.

Vi Argel, outro representante da escola defensiva, vibrando por não ter deixado o Ceará cair. Ficou lá três jogos e comemora por algo que não foi construído por ele. Disse que já salvou outros tantos times de não ter caído. Ou seja, é contratado para construir uma barreira intransponível anti-futebol. E vibra por isso. É o fim dos tempos!

Coelho de interino não tirou nenhuma surpresa da cartola e Tiago Nunes vai assumir um Corinthians desfigurado. Gostei de Marcão por ter apostado nos jovens talentos. No mais, foi ouvir dos comentaristas que os jogadores precisam ser catequisados, mecanismo de jogo, time desconfortável, conceito….com certeza, os comentaristas contribuíram com seu vocabulário “a la Tite” para o nível do futebol ficar pior ainda.

E o milionário Mengão recorreu para não pagar a indenização aos familiares das vítimas do CT. Mas para negociar valores milionários de jogadores não há qualquer limite. Que 2020 ilumine a consciência desses dirigentes!

O LIVRO SAGRADO DE 70

Quem nos acompanha desde o início já deve ter percebido que a nossa relação com PC Caju ultrapassou o nível de amizade faz tempo. Não por acaso, o craque topou ser nosso padrinho e vive abrilhantando nossas resenhas sem papas na língua!

Com o intuito de retribuir um pouco do carinho que o craque tem por nós, a equipe do Museu preparou uma surpresa emocionante para o campeão mundial, com a ajuda de Iafa Britz.

Para contextualizar a rapaziada, vale lembrar que depois do sucesso dentro das quatro linhas, PC Caju passou por um período difícil da sua vida. Foram 17 anos de dependência química que, por pouco, não custaram a sua vida. Durante esse período, revelou que vendeu muitos bens para sustentar o vício. Dentre eles, uma relíquia: um álbum intitulado “Os Mais Belos Momentos do Tri” com autógrafo e dedicatória de craques que vestiram a amarelinha na Copa do Mundo de 70.

– Vendi quatro imóveis na Zona Sul. A droga me levou uns 10 milhões de reais! – disse em um dos nossos muitos encontros.

Dessa vez, no entanto, era um momento de alegria e de viagem no tempo. A relíquia, muito bem conservada, foi recebida com muita surpresa pelo craque.

“Ao meu irmão Paulo César, com amizade, Pelé”. Dizia o autógrafo do Rei do Futebol.

– Olha isso, cara! Olha essa assinatura! Como pode isso? – questionou PC!

Visionária, Iafa Britz sabia que o campeão mundial de 70 daria a volta por cima e, por isso, guardou o álbum com carinho para o momento da devolução. Foi emocionante demais!

O FUTEBOL VIROU UMA PIADA

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Quem me acompanha regularmente sabe o que penso desses retranqueiros. Torço para que curtam suas fazendas, adegas e casas de veraneio, bens adquiridos ao longo desses anos de desserviço ao futebol. E os clubes são os maiores culpados pela persistência deles no trabalho.

Basta ver o que vem acontecendo nessa reta final de campeonato, uma troca frenética e absurda de “professores”, alguns vistos como “salvadores da pátria”. Contratações sem qualquer critério, uma palhaçada, um desrespeito ao torcedor. Mas os dirigentes convidam porque eles se submetem.

Qual o critério na contratação de Adilson Batista, a quem respeito muito? Um pedido pessoal do presidente Zezé Perrela. O Adilson é o recordista em cair com clubes para a Segunda Divisão, já foram seis vezes, justamente por aceitar esses convites tapa-buracos. Abelão pulou fora do barco para não ter esse rebaixamento no currículo.

Zé Ricardo topou dirigir o Inter em um mandato tampão enquanto o argentino Eduardo Coudet, do Racing, não vem. E olha que o convite veio do amigo Rodrigo Caetano, diretor de futebol do clube. Por sinal, esse cargo deveria ser extinto do futebol.

No fim de semana, Alexandre Mattos que o exercia “com maestria” no Palmeiras foi demitido com Mano. Será que ele não viu que trocar Felipão por Mano era como trocar seis por meia dúzia? A Crefisa deve estar com dinheiro sobrando para ficar fazendo essas experiências.

O problema é que os clubes não tem qualquer projeto a longo prazo. O Palmeiras montou um elenco milionário mas erra na contratação dos técnicos.

O Flamengo conseguiu perceber isso a tempo. Grande parte dos treinadores tem medo de ganhar. O Valentim no jogo contra o Inter comprovou essa tese. Jogando em casa, o time precisando vencer, ele substitui sei lá quem pelo Jean, volantão típico. Esquece.

E Argel Fucks, outro conhecido retranqueiro, que trocou o CSA pelo Ceará dizendo subiria um degrau na carreira. Desrespeito é pouco. O mais engraçado disso foi um comentarista de tevê que exaltou o nome de Argel Fucks assim que soube do gol do Ceará contra o Athletico Paranaense. Comentou como se em um dia de treinamento Argel fosse transformar o Ceará em um rolo-compressor. Cinco minutos depois veio o empate, Kkkkk!!!

O futebol é simples, mas virou uma piada. Jogar ofensivamente é o mínimo que podemos oferecer para a torcida. No domingo, o Grêmio optou por jogar com dois pontas dribladores e um centroavante, e colocou o São Paulo no bolso. Fica um jogo mais interessante e com a nossa cara. Roger e Ceni vem fazendo isso, mas Mano preferiu deixar Scarpa no banco e colocar em campo os Felipes Melos da vida.

Repito, não quero o mal de nenhum desses retranqueiros, apenas que vão viver a vida, usufruam de suas vinícolas, peguem sol em suas lanchas, mas passem o bastão para outros e deixem o futebol em paz.

PS: Ricardo Teixeira foi banido do futebol, enfim uma boa notícia!

CIDADE COLORIDA

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Amigos, a euforia pela vitória do Flamengo foi tanta que pouco falou-se de futebol. Na verdade, a mídia viveu um delírio coletivo, jamais testemunhei uma cobertura tão sufocante, nem quando o Brasil foi campeão do mundo, nem em eleições presidenciais, Carnaval ou qualquer outro acontecimento relevante.

Bom demais ver a cidade colorida, pessoas felizes e o futebol carioca no topo do pódio, mas alguns comentaristas só faltaram trabalhar vestindo o uniforme do Flamengo. Durante a cobertura, o gringo Petkovic abraçado a Everton Ribeiro gritava “vamos para cima deles, Mengão!” e o ex-lateral Junior, hoje comentarista, circulava de faixa de campeão. Perderam a linha, o bom senso. Na minha opinião, claro!

Sobre o jogo o que se viu foi uma grande injustiça. Calma, torcida rubro-negra, futebolísticamente falando. Marcelo Gallardo deu um nó em Jorge Jesus, o Flamengo ficou acuado e se não fosse a incompetência de Lucas Pratto o resultado seria outro.

Foi nítido que vários jogadores rubro-negros sentiram o peso da partida. Os medalhões, que vinham se destacando, ficaram acuados e quase comprometeram. Mesmo com tantos anos de Europa e Liga dos Campeões, os experientes laterais também não estiveram bem. Gerson e William Arão bateram cabeça e deu no que deu.

O River é mais time do que o Flamengo, a verdade é essa, mas brilhou a estrela de Gabigol, que apesar de não ser um primor de técnica é fuçador, não desiste e fez por merecer. Mas novamente foi expulso, dessa vez nos minutos finais e mostrou que precisa urgentemente de um acompanhamento psicológico para frear suas atitudes infantis. Sua jogada mais linda foi ter deixado o governador do Rio Wilson Witzel no vácuo. Políticos oportunistas devem ter o fim que merecem.

Enfim, já disse e repito, torço pelo sucesso do futebol carioca. Botafogo e Fluminense venceram de Corinthians e CSA, respectivamente, e deram uma boa respirada na tabela. Tomara que não caiam, mas não vêm fazendo por merecer. O Cruzeiro, de Abelão, o Palmeiras, de Mano, e o Internacional, de Zé Ricardo, provam que a era dos retranqueiros está na reta final.

Bom demais ver o show dos baixinhos Soteldo, do Santos, e Michael, do Goiás. O último, inclusive, deixou um brutamonte caído no chão e me entristece ver que jogadores com esse biotipo estão perdendo espaço no nosso futebol. Saudades do futebol arte!

Ainda sobre o Flamengo, para fechar o ano com chave de ouro seria importante a diretoria do clube resolver essa pendência da indenização dos meninos mortos no Ninho do Urubu, afinal o que estabelece a grandeza de um clube não é somente uma sala de troféus abarrotada, mas é, acima de tudo, a sua dignidade.

CONSCIÊNCIA GERAL

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Hoje é Dia Nacional da Consciência Negra e os atos de racismo continuam nos atormentando, inclusive nos estádios. Assim como Nelson Mandela, sonho com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que fomos feitos para vivermos como irmãos. Esse dia há de chegar! O futebol é uma ferramenta social importante, pois em um mesmo time jogam atletas de vários países. Esse intercâmbio é fundamental.

Hoje, a discussão da vez, de certa forma preconceituosa, é sobre o sucesso de um treinador português no futebol brasileiro. É ridículo demais, afinal os brasileiros invadiram Portugal e, pelo que eu saiba, são muito bem recebidos por lá. No futebol, nem se fala! Há anos treinadores brasileiros vêm dirigindo times portugueses e nunca ouvi falar em roubo de espaço. Os professores daqui nunca viram com bons olhos a chegada de profissionais de outros países, se sentem os donos do pedaço. Ao invés de mergulharem nessa troca de experiências torcem contra.

Hoje deveria ser o Dia Nacional da Consciência Geral. Chega de falar que no futebol atual não há mais espaço para os baixinhos, para os lentos, para os carecas, Kkkkk, desses ainda não pegaram no pé! O futebol nasceu para abrir portas e derrubar muros. Por isso, não gostamos dos retranqueiros porque eles fecham portas, Kkkk!!! E fecham com força!!! O futebol foi feito para fluir. O futebol é uma dança, é plástico, é pura arte. O futebol é multicolor!

Sobre a última rodada, nenhuma novidade e apresentações pavorosas. Não encontro outro adjetivo para Cruzeiro, Inter e Corinthians.

A seleção sub-17 conseguiu um feito, ser campeã mundial sem ter sido classificada nas Eliminatórias, Kkkkk. E todos acham lindo, a imprensa exalta e vamos vivendo no famoso me engana que eu gosto.

A seleção de Tite não vencia há incríveis cinco jogos, desde a final da Copa América! Só conseguiu ganhar da poderosa Coreia e Rodrygo, que vem encantando os europeus, só entrou nos acréscimos. Talvez porque o menino tenha sido elogiado por Zidane no Real Madrid e, como se sabe, nossos professores são contrários as opiniões dos estrangeiros, Kkkkk.