por Flávio M. Peres
“Ganso barbarizava com passes desconcertantes”, disse o Juca em “Tricolores fazem jogaço à brasileira” Fluminense x Fortaleza). É a última chance de Ganso estar em um grupo de seleção em Copa do Mundo.
Se em 2010, novinho e inexperiente, era uma unanimidade, por que, agora, experimentado, e tendo voltado a jogar grande futebol, não deveria estar lá?
Ainda que não seja titular, ainda que jogue somente segundos tempos contra times absolutamente retrancados, ele deveria ser uma alternativa (única e diferente) no grupo.
Imaginem esse sujeito municiando Raphinha e Neymar em um jogo com 10 jogadores; imaginem municiando Pedro, Raphinha e Neymar! O futebol arte é o DNA da maneira brasileira de jogar. Que coloque Danilo e Alex Sandro (mais seguros) nas laterais; que coloque Casemiro e Fred para protegerem o meio campo.
Casão já disse que amou o ataque da nova convocação. Há quem marque, há quem ataque, mas há quem dê passes magníficos para que a bola chegue até eles.
Uma coisa aprendemos em 1966: o nosso mais fantástico meia armador, Didi, melhor jogador Fifa da Copa de 58, bicampeão em 1962, fez uma falta danada, e, por melhor que fosse o ataque, a magia no meio campo fez falta e o time naufragou com Pelé e demais craques. Zagallo percebeu isso e encheu a Seleção de 70 de “Camisas 10”, para garantir que a genialidade de Pelé voltasse a brilhar plenamente.
Tite, chama o Ganso!!!