por Marcelo Mendez
Eram cabelos compridos, de um semblante revolto, que usava camisa 9, que usava chutes precisos como versos e com uma fúria que contradizia a academia que era o time do Palmeiras…
Nos saudosos anos 70, ataque alviverde tinha um puma, rápido, mordaz, incisivo, infalível, para finalizar suas jogadas. O futebol o levou à seleção, lhe conduziu até a Copa do Mundo de 1974. O jeito livre e a personalidade forte de ser lhe renderam a alcunha que lhe perdurou por toda vida:
Acontece que César Lemos foi muito mais que tão somente um maluco…
Chegou no Palmeiras em 1967 e por aqui, em 325 jogos, marcou 182 gols, os tantos necessários para fazer dele o segundo maior artilheiro da história do Verde de Parque Antártica e isso é muita coisa.
Ganhou tudo, jogou tudo, amou muito, detestou outros tantos. Intenso como a poesia, verdadeiro como um Blues, César sempre foi muito César pelo tempo que ficou conosco no Palmeiras. Fez de tudo…
Meteu gol de tudo que foi jeito, correu atrás de cartola do São Paulo na final de um Campeonato Paulista, peitou zagueiro, diretor ruim, tudo!
No dia do seu aniversário, tive que aparecer aqui para lhe dar um feliz aniversário e, muito mais do que parabenizar, lhe agradecer:
Obrigado, César!