por Paulo Cezar Caju
Respondam rápido, quem é o favorito para o título do próximo Brasileiro? Podem pensar!!! Continuem pensando!!! Esqueçam, amigos, não tem. Pela estrutura, podemos falar em Corinthians, São Paulo e Inter. Mas ninguém vive mais só de estrutura. Vejam o caso do Flamengo. Gestão profissional e time que não encanta. O Grêmio vinha embalado com Roger e emperrou. O futebol mais bonito é o do Santos, mas muita gente deve ir embora. Os poucos craques não ficam aqui. Esse Brasileiro será a briga para não cair.
Em Minas, o técnico não escalou todos os titulares pensando na Libertadores. Algum presidente de Federação já encomendou uma pesquisa para ouvir o torcedor, saber o que ele pensa. O Estadual não pode ser menosprezado dessa forma. Se os times estão prestes a cair para a Segundona o que pensam em fazer na Libertadores? O Vasco vai investir na Copa do Brasil porque “é o caminho mais curto para a Libertadores”. Papo chato. Meu Deus, o Vasco com esse time não volta para a Primeira e quer fazer o quê na Libertadores???
E o Botafogo, com esse amontoado? Vai acabar fazendo companhia ao Vasco. Sério, o meu Fogão precisa de, no mínimo, uns 10 jogadores. Argel, do Inter, Jorginho e Ricardo Gomes ganham com um futebol medroso, sem surpresas, não ousam. Como o Dorival Júnior, com um time daqueles, moleques abusados, bons de bola, consegue jogar na retranca? Acreditem, a parte de baixo da tabela será muito mais emocionante e quatro considerados grandes podem cair. A esperança é que surja alguma novidade, um Audax da vida, para dar um tempero nessa mesmice.
· Não gosto desse discurso “Igreja Universal” usado por Jorginho e Zinho. O ideal é deixar as religiões fora de campo.
· Não tem o famoso “jogou onde?”, que os boleiros adoram? Agora vou lançar o “se reciclou onde?”. Pode se encaixar perfeitamente para os técnicos mais populares do Brasil, Tite e Muricy.
· Se é para defender, defendo, mas quando é preciso criticar, critico: Jefferson falhou nos dois gols do Vasco.
· Troquei o Leblon por Florianópolis e, agora, sou vizinho de Renato Sá.
– texto publicado originalmente no jornal O Globo, em 10 de maio de 2016.