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PALPITES DO MATEUS

por Mateus Ribeiro


2018 é ano de Copa do Mundo e, inevitavelmente, os apaixonados por futebol não conseguem pensar em outra coisa. Por isso, a partir de hoje, começamos a analisar os grupos do torneio mais importante do planeta.

O Grupo A da Copa do Mundo 2018 é um dos mais equilibrados da competição. O problema reside no fato de que o equilíbrio existe porque o grupo não possui nenhuma seleção capaz de causar muito medo em algum adversário.


A Rúsisa, dona da casa, luta para não conseguir a proeza de ser eliminada na primeira fase dentro dos seus domínios, “feito” que apenas a África do Sul conseguiu realizar, em 2010. Pelo que vimos na Copa das Confederações e na Eurocopa 2016, é bem difícil que isso aconteça.

Talvez o fator casa ajude, e o fato do grupo não ser nenhuma pedreira também. Mas fato é que não existe nenhum talento individual, tampouco força coletiva, capaz de fazer com que os russos sonhem com algo além da primeira fase. Briga pelo segundo lugar do grupo.


Já o Egito volta a disputar um mundial após 28 anos. Talvez seja a melhor seleção africana dos últimos tempos, o que também não ajuda muito, já que a Costa do Marfim tinha esse título nas últimas três Copas, e não conseguiu nada grandioso.

Mesmo assim, parece ser a segunda força do grupo, muito por conta do talento individual de Salah, que evoluiu muito, e hoje é um dos principais nomes da Premier League. Briga por uma vaga nas oitavas de final. Dificilmente passará disso, mas passar pela fase de grupos já seria uma grande conquista para os faraós.


O Uruguai, além da força de sua camisa, conta com dois dos melhores atacantes do planeta, Suárez e Cavani. Apesar de uma geração envelhecida, é a principal força do grupo, seja pela sua camisa, seja pelos jogadores que a vestem.

Apesar de já não ter o mesmo poderio de 2010 e de 2014, é a principal seleção do grupo, e uma das principais forças da América do Sul. Só não passa para as oitavas em caso de uma tragédia gigantesca.

Por fim, a seleção da Arábia Saudita volta a participar de um mundial, depois da ausência nas duas últimas edições. Dificilmente podemos esperar alguma coisa dos sauditas, que participarão da Copa pela quinta vez.


A classificação não foi das mais fáceis, e além de não possuir muita tradição em mundiais, não possui um talento capaz de decidir uma partida, ou uma classificação para a segunda fase. Provavelmente fica no meio do caminho, junto da seleção anfitriã.

Uma vez que dei os pitacos, volto a falar do grupo. Talvez, ao lado do grupo H, seja o mais enigmático da Copa. Podemos esperar qualquer coisa, inclusive partidas horrorosas, como Rússia x Arábia Saudita,  ou um jogo interessante como Uruguai x Egito. Mas, como tudo na vida, o ideal a fazer é esperar para ver, e se divertir com as partidas do grupo.

É bem provável que eu queime minha língua. E espero que vocês voltem aqui pra me cobrar se isso acontecer!

E você, qual seu palpite?

Um abraço, e até a próxima.

CRAQUE DOS GRAMADOS E DOS ESTÚDIOS

por Mateus Ribeiro


Ana Thais Matos é jornalista esportiva, e atua tanto no estúdio quanto no gramado.

Desde criança, sempre gostou de praticar esportes. Tempos depois, resolveu trocar os tênis e chuteiras pelo microfone.

Uma profissional competente, de opiniões firmes e concretas, Ana Thais foi extremamente solícita e cordial, e concedeu uma entrevista para o Museu da Pelada. Falamos sobre o ambiente machista do futebol, sobre a participação das mulheres no jornalismo esportivo e demais temas que devem ser abordados.

Confira no bate papo abaixo um pouco mais da história de Ana Thais Matos:

Vamos começar falando um pouco sobre o início de tudo. Como e quando surgiu a vontade de trabalhar com jornalismo esportivo?

Eu entrei na faculdade mais velha (com 23 para 24 anos), e no primeiro ano eu trabalhava em outra área, que não tinha nada a ver com jornalismo. No fim do primeiro ano eu fui encaminhando o que eu faria (iria pra cultura, política ou esportes). A oportunidade no esporte surgiu antes das outras, com a possibilidade de ser estagiaria no jornal Lance!, mas era apenas pra cobrir a rodada (quartas-feiras e fim de semana), e aí começou a trajetória no esporte, editoria que estou até hoje.   


Você sofreu algum tipo de “resistência” por parte de amigos ou familiares pelo fato do ambiente do futebol ser extremamente machista?

Resistência nenhuma, amigos e familiares sempre me apoiaram porque sabiam que eu era do esporte desde criança. Sou ex-jogadora, não com muito talento, mas somei mais de 10 anos entre beach soccer, futsal e futebol de campo. Também joguei vôlei.

Não faz muito tempo, a participação de mulheres na grade esportiva de emissoras de TV e rádio era mínima. Eram raras as apresentadoras de jornais ou programas esportivos, e fora isso, a participação de mulheres em debates se resumia praticamente em assistentes de palco que liam e-mails. Hoje, a evolução é notável (e constante), visto que em quase todo debate temos uma mulher participando ativamente. Sabemos que o caminho é longo, mas você acha que um dia a participação feminina no jornalismo esportivo será do mesmo tamanho que a masculina?

Difícil falar sobre o futuro, e eu não vejo tanta evolução, não. Vivemos um momento de transição e voltamos às origens do que já aconteceu nos anos 70 e 80 com Regianne Rither, Claudete Troiano e outras. O que fazemos agora em 2017 não é surpresa. Mulher sempre teve como repórter, apresentadora e comentarista, mas como toda sociedade, somos poucas em tudo. Mas isso vai mudar, não sei a proporção e não sei o tempo.

Qual você considera seu maior momento no jornalismo? E o mais difícil?

Meu maior/melhor momento no jornalismo foi a cobertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. Meu inglês não é muito bom, então foi um desafio conviver 17 dias na Arena do Vôlei de Praia – um esporte dominado por americanos e brasileiros. Mas foi o melhor momento, era a Disney dos esportes.

O mais difícil são os ataques em estádios de futebol em todo Brasil pelo fato de eu ser mulher. Não só comigo, mas com todas as companheiras de profissão.

Ainda falando sobre o jornalismo esportivo em geral: de tempos para cá, a onda “engraçadinha” vem ganhando um espaço muito grande, em um tempo curto. Pessoalmente, acho que as coisas passaram um pouco dos limites. E você, qual sua opinião sobre tudo isso? Acha que é um caminho sem volta?


Depende do que é ser engraçado. Hoje a mídia tradicional passa por uma crise de identidade (na minha opinião), ela ainda não entendeu se tem que manter os mesmos comentaristas e narradores falando sempre as mesmas coisas, e pra um consumo interno, ou se vai expandir e falar pra quem não tem tempo de assistir TV para formar opinião. Nesse vácuo surgem os engraçadinhos e os youtubers. Existem canais ótimos e comunicadores ótimos, que contribuem demais para o debate – Bolívia do Canal Desimpedidos é o meu preferido, ele fala sério de uma forma objetiva que faz o moleque em casa pensar. Ele não humilha ninguém para omitir opinião, faz culto à imagem (valorizando jogadores antigos e novatos) e eu acho que é o melhor comunicador para futebol no ano – nas mídias não tradicionais. Fora isso,  existem apenas discussões muito rasas, o que é o futebol e o esporte no Brasil e no mundo. Vale a pena ser engraçado? Sim, muito, mas não vale a pena faltar com respeito. Eu não preciso humilhar um argentino para ser engraçada, e também não preciso levar ao pé da letra se Renato Gaúcho foi ou não melhor que Cristiano Ronaldo.

As pessoas dizem “nossa o futebol tá chato, não pode brincar mais”. Pois é, trago verdades. Não pode. Não pode chamar de bicha, não pode chamar negros de macacos, mulheres de vagabunda e por aí vai. O esporte é de inserção e não de exclusão.

Você imagina que um dia o futebol feminino possa ser valorizado no Brasil? Acha que os clubes e investidores irão abrir os olhos e se importar com as milhares de jogadoras sem incentivo espalhadas pelo Brasil?


Quero acreditar que sim, mas não vejo movimentação para isso. Precisaríamos tornar a liga mais competitiva, e conseqüentemente, mais rentável. Mas dá para fazer futebol feminino bom e sem passar na TV também, uma coisa não está ligada a outra. Se os clubes optarem em abraçar o futebol feminino como uma modalidade competitiva, tudo vai melhorar. Tem que investir na parte física e nas categorias de base, para que lá na frente, com 16, 20 anos, as garotas de 10 anos hoje tenham condições físicas de jogar de igual para igual com as norte americanas por exemplo. Antes de pensar na TV, temos que pensar na estrutura básica do esporte.

Uma das coisas que mais me incomoda e deprime no futebol atual é toda essa loucura financeira em transações de jogadores. Qualquer jogador hoje é negociado por quantias estratosféricas. Você acha que um dia essa roda vai enguiçar? Ou a tendência é que esses valores sejam cada vez mais absurdos?


Essa roda vai e volta, hoje se conta numa mão os clubes com dinheiro no Brasil e com possibilidade de pagar dívidas futuras. Mas a estrutura é viciada, existem clubes de deixam de pagar impostos, mas aí ganha títulos em um ano e passa dois no desespero, depois retoma de novo. Existem clubes que gastam dinheiro sem avaliar o produto, parece quando eu compro uma calça no shopping, pago uma fortuna, aí uma amiga me levou pra conhecer o Bom Retiro e eu descobri que a mesma calça sai 80% mais barato. Brinco com essa comparação, mas o dinheiro sai do meu bolso, num clube de futebol sai do clube ou patrocinadores. Aí as pessoas passam, e o clube fica. Mas fica como?

Vamos ser sinceros, todos nós sabemos que os profissionais da imprensa torcem por algum time. Vocês costumam brincar uns com os outros quando o time de um ou outro perde?

Internamente sim.

24 ANOS DO BI MUNDIAL

por Mateus Ribeiro

Houve um tempo em que time brasileiro metia medo em time europeu. E o São Paulo provou isso, não apenas uma, mas duas vezes.

Vinte e quatro anos atrás, o Tricolor conquistava o Bicampeonato Mundial de Clubes, ao bater ninguém menos que o Milan, que era uma máquina.

Um ano antes, já havia vencido o Barcelona, que era outro cachorro grande. Um time repleto de grandes jogadores e guerreiros, comandados por aquele que se não foi o maior, é um dos mais respeitados treinadores da historia do futebol nacional, o inesquecível Telê Santana.

O Museu da Pelada deixa os parabéns aos torcedores do São Paulo, e a todos os envolvidos nessa conquista, por terem deixado uma importante lição: jamais abaixar a cabeça e sempre enfrentar os adversários de cabeça erguida.

TRICAMPEÃO, TRICOLOR, TRILEGAL!

por Mateus Ribeiro


O Grêmio conquistou a Copa Libertadores da América pela terceira vez. Um feito gigantesco, construído por um time sólido, focado, e comandado por uma pessoa que já era um monstro, e que agora se tornou uma lenda: Renato Portaluppi, também conhecido como Renato Gaúcho, como queiram.

Todos sabemos que o Imortal foi, é, e sempre será um dos times mais copeiros do Brasil. A mais nova conquista continental reforça essa teoria, e credencia o Tricolor como um dos únicos tricampeões da Libertadores, ao lado de São Paulo e Santos. Vale ressaltar, que ao lado do Santos, o Grêmio é o único brasileiro a conquistar a América em solo argentino.

O tricampeonato já seria digno de toda e qualquer honra, mas existe algo a ser louvado: as apostas de Renato e da diretoria. A começar pela própria contratação de Renato, que não estava entre os mais cotados no mercado, mas que sempre possui uma identificação gigantesca com o Grêmio. Indo na contramão da nova onda, Renato debochou na cara de toda essa geração “estudiosa”, que tenta transformar o futebol em um cálculo da Nasa. É óbvio, claro e evidente que Renato estuda (e muito) futebol. O ponto central reside no fato dele não precisar ficar de cinco em cinco minutos falando nas entrevistas como se fosse um físico nuclear. Com seu jeito falastrão, foi comendo pelas beiradas, e dando ao Tricolor dos Pampas um padrão tático de dar inveja.


Sobre as contratações, nomes como Bruno Cortês, Léo Moura, Edílson, Cícero, Fernandinho e Jael (O Cruel) estavam longe de ser primeiras opções nas listas de transferências de outros clubes no início do ano. O Grêmio resolveu investir. Deu muito certo. Como esquecer as atuações do critiado Edílson nas semifinais? Como apagar da memória o gol no primeiro jogo da final, na improvável assistência de Jael para Cícero?

Posso afirmar, com toda a certeza, que a conquista do Grêmio é uma vitoria do futebol brasileiro. Renato e seus (ótimos) jogadores mostraram para o Brasil todo que não é necessário gastar rios de dinheiro em jogador supervalorizado, ou que é necessário ser contaminado pelo vírus Guardiola. “Basta apenas” se focar e jogar futebol. E o Gêmio fez isso melhor do que qualquer outro adversário que encontrou no meio do caminho.

Desde Marcelo Grohe até Barrios, todos os jogadores cumpriram muito bem seus papéis. Desde os milagres de Grohe até o golaço de Luan na final, tudo foi perfeito nessa campanha.

O Grêmio é um campeão legítimo, gigante e digno de todas as honras.

Parabéns a todos os torcedores, que deram show, do primeiro até o último minuto. Parabéns para todos os jogadores, desde os consagrados, como Geromel e Luan, até os mais desacreditados, casos dos citados Cícero, Jael, Cortês, Léo Moura, Edílson, Fernandinho e Cícero, que tornaram esse sonho possível.


E o que dizer de Renato? O ÚNICO BRASILEIRO a conquistar a Copa Libertadores como jogador e treinador. Se Renato já merecia um busto, agora merece uma estátua. Você pode o chamar de marrento, fanfarrão, arrogante, usar o termo que desejar. Mas DEVE o respeitar. Tal qual o Tricolor, você também é um imortal agora, Renato.

Comemore, torcedor gremista. Que seja a pé, de carro, de avião. Vá até onde for, venha o que vier, mas esteja com o Grêmio, onde ele estiver.

Hoje, está no topo da América. Que daqui algumas semanas, esteja no topo do planeta. E aí sim, depois que o conquistarem, vocês podem acabar com o planeta.

Parabéns, Grêmio, por mais um capítulo em sua gigantesca historia!

Essa é a homenagem do Museu da Pelada para todos vocês!

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

por Mateus Ribeiro


O ano está chegando ao fim, e junto de 2017, acabarão as principais competições futebolísticas do Brasil e da América do Sul. É bem verdade que o Campeonato Brasileiro praticamente acabou com o sétimo título do Corinthians. Restam a Libertadores e a Sul-Americana, que contam com clubes brasileiros na disputa.

O Grêmio conquistou a vantagem do empate, e está perto do tricampeonato da Libertadores. Já o Flamengo precisa segurar a vantagem que conseguiu na primeira partida, ao vencer o Junior Barranquilla por 2 a 1, e dessa maneira, ir para a final da Copa Sul-Americana. E é sobre o Flamengo que irei falar um pouco.

O rubro negro carioca foi um dos times que mais gastou dinheiro tentando se reforçar. Trouxe, a peso de ouro, nomes badalados, como Diego e Everton Ribeiro, para que o não menos midiático Guerrero tivesse melhor companhia para brilhar. Bom, e parece que o plano não deu muito certo. A não ser que a torcida considere satisfatório torrar zilhões de reais para ganhar Campeonato Estadual, e eu imagino que esse não seja o caso.


Fato é que apesar de todo o investimento, o Flamengo decepcionou sua torcida, e parte da crônica esportiva também. E o que acontece quando algo dá errado? Procura-se um culpado. E sim, foi isso que torcida e imprensa fizeram durante o ano todo.

Começou com Márcio Araújo. Márcio Araújo não tem culpa de ser ruim de bola. Nenhuma mesmo. Errado está quem o contrata sabendo que o resultado dificilmente será algo satisfatório. Ninguém quis saber, e a torcida fez o possível e o impossível para que o contestado Zé Ricardo retirasse o volante do time. Conseguiram, e o contestável, porém blindado, Arão virou titular absoluto, mesmo cometendo erros absurdos.

Depois da blitz contra Márcio Araújo, chegou a vez de fritar Zé Ricardo. Atendendo a um dos principais apelos da mimada torcida brasileira, a diretoria do Flamengo contratou Reinaldo Rueda, que chegou na Gávea como se fosse uma divindade.


Nem com a chegada de Rueda, e com os holofotes em cima do Flamengo, o ano de 2017 foi bom. Apesar de chegar na final da Copa do Brasil e poder ser finalista da Copa Sul-Americana, ficar de fora do G4 do Campeonato Brasileiro e ser eliminado na primeira fase da Libertadores representaram duas tragédias. E todo esse cenário, que já era ruim, piorou com as seguidas falhas do goleiro Alex Muralha.

O torcedor não atura mais as péssimas atuações de Muralha, isso é fato. Agora, o que ficou claro depois disso é que a imprensa, que se diz imparcial, transparente e responsável, está agindo de uma forma totalmente parcial, suja e irresponsável. É claro que o goleiro anda falhando além da conta. Já passou dos limites.

Agora, o achincalhamento moral está passando dos limites também. Se esqueceram do lado humano. Se esqueceram que eles mesmos criaram a imagem de um bom goleiro (coisa que Muralha nunca foi). Se esqueceram que existe um ser humano atrás do goleiro que falhou feio na última rodada. Se esqueceram que na tentativa de pagar de engraçadinhos, pegaram um cidadão pra Cristo, e abalaram totalmente o lado pessoal de Alex. E como consequência, conseguiram tornar a cabeça do rapaz um inferno. Alex é humano. É ÓBVIO que ele sente a pressão. Talvez não demonstre, mas sente.


Hoje, além de capa de jornal, virou assunto em todos os insuportáveis debates esportivos. Virou tema de debates acalorados sobre o que o treinador do time deve fazer. Seu dia tem tudo para ser, talvez, o pior dia da vida. Mas e a nossa imprensa? Ela está pouco ligando. Quer vender. Quer ganhar cliques e likes. Que seja nas costas de um ser humano, não há problema algum nisso.

O que é engraçado é notar que esses mesmos veículos fizeram uma operação gigantesca para preservar a imagem dos responsáveis pelo 7 a 1. São os mesmos veículos que tiram das costas de estrelas que se omitiram o ano todo a responsabilidade de um possível fracasso. Enfim, se esqueceram da responsabilidade que possuem como formadores de opinião.

E não estou defendendo Muralha, Márcio Araújo ou Zé Ricardo. Mas já que o pau vai bater no Zé, José não pode ficar de fora.

Fritaram Márcio Araújo, fritaram Zé Ricardo, e estão tentando derrubar a Muralha. A saga continua. E em 2018 veremos, não só no Flamengo, muitos personagens sendo fuzilados, enquanto outros seguirão sendo blindados.

A passos largos, o jornalismo esportivo vai perdendo a vergonha na cara, a responsabilidade e a credibilidade. Estamos apenas esperando perder a respiração e os batimentos cardíacos, para que morra de vez.