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O QUE ESPERAR DA COPA DO MUNDO

por Mateus Ribeiro


Falta pouco para a Copa do Mundo. Torcedores, jornalistas e profissionais da área começam a fazer projeções sobre o que pode acontecer no campeonato de futebol mais importante do planeta.

Como todo mundo tem um pouco de técnico e de entendido, resolvi dar meus pitacos também, e fazer um resumo geral do que pode acontecer na Copa do Mundo.

Sem mais conversas, vamos lá:

– Favoritos


Não tem muita novidade por aqui. Todos nós sabemos que Brasil e Alemanha SEMPRE entram como candidatos diretos ao título.

A favor da Alemanha, conta o fato de ter mantido um trabalho sólido, que já vem de muito tempo. O título mundial foi a cereja de um bolo que vem sendo preparado desde a década passada. Além disso tudo, a renovação tem se tornado uma constante, e muitos jogadores que eram promessas em 2014 são realidade em 2018, e poderão ajudar muito a atual campeã mundial. Isso pra não falar no peso da camisa, que apesar de alguns entendidos da nova geração tentarem desmerecer, ainda decide jogos e campeonatos.

Ao lado da Alemanha, os comandados de Tite. O treinador comandou um trabalho fantástico de reconstrução, e conta com ótimos nomes para tentar o sexto título mundial. Um fator que pode ajudar (e muito) a Seleção Canarinho é o fato de que Neymar (um dos poucos jogadores capazes de mudar uma partida em poucos toques) tem companhias melhores que Messi e Cristiano Ronaldo, por exemplo.


Resta saber em quais condições o astro brasileiro chegará para disputar a Copa. Jogam contra o  Brasil o costumeiro oba oba criado por parte da imprensa, que foi reforçado pela vitória diante da Alemanha.

Com um pouco menos de peso e força, chegam Espanha e França.

A Espanha aproveitará a última cartada dos remanescentes de 2010. Contam com o reforço de jovens talentos que surgiram nos últimos anos, além de um já consolidado sistema de jogo.

Já a França tem ótimos nomes, porém fracassou em seu maior teste, a final da Eurocopa.

Dito isso, temos uma Seleção que apesar da péssima fase, nunca pode ser subestimada. Sim, estou falando da Argentina. Mesmo om uma defesa inconstante, e com alguns jogadores discutíveis, não se pode esquecer que essa é a última Copa de Messi, e o jogador do Barcelona é um diferencial gigante. Ainda não conseguiu decidir um torneio para sua Seleção, mas quem sabe na última hora, o demônio adormecido não acorde, não é?

– Podem fazer alguma fumaça


São poucas as Seleções que podem pregar alguma peça, mas o Uruguai sempre merece respeito, e encabeça a lista. Além de ter caído em um grupo fácil, conta com uma seleção entrosada, e tem o talento de Suárez, que com a cabeça no lugar, deixou de ser um perigo para os uruguaios, e se tornou um terror para os adversários. Com uma pitada de sorte, pode beliscar uma vaga nas semifinais.

A tão falada Bélgica vem mais forte e mais madura do que em 2014. Também está em um grupo fácil, e se não fizer nada fora do script, passa fácil para as oitavas. Daí em diante, a coisa fica um pouco mais pesada. Mesmo assim, se o conjunto funcionar, pode chegar nas semifinais com um pouco mais de entrega e esforço.

A Inglaterra se renovou, e tenta apagar as duas últimas campanhas. O talento de Harry Kane deve ajudar muito, mas a falta de um goleiro confiável (um problema que parece não ter solução) e o time muito jovem podem atrapalhar. Nem de longe é candidata ao título, mas os ingleses devem fazer uma campanha mais digna do que a de 2014, com toda certeza.

Portugal é o famoso exército de um homem só. Como está em um grupo tecnicamente fraco, deve passar em segundo lugar, e o possível confronto das oitavas também está longe de ser uma pedreira.

Os gajos chegam credenciados também pelo título europeu, e se Cristiano Ronaldo estiver iluminado, podem sonhar até mesmo com uma vaga nas semifinais. Porém, nada além disso.

– Possíveis zebras


A zebra costuma passear na Copa do Mundo. Que o digam Turquia, Costa Rica e Croácia, para falar apenas dos últimos 20 anos. Em 2018, apesar da dificuldade, as surpresas podem aparecer, para o bem e para o mal.

Se existe um país que confia cegamente todas as suas esperanças em um só jogador, esse país é o Egito. Os faraós contam com Salah, que está em um momento formidável. Se conseguir passar pelo seu grupo, pode surpreender nas oitavas. E chegar até as quartas será um feito e tanto. Porém, se fracassar na primeira fase não será nenhuma coisa de outro mundo.

A Colômbia pode fazer o mesmo bom trabalho de 2014, quando vendeu caro a eliminação nas quartas de final.

Do mesmo grupo da Colômbia, temos a Polônia, que pode chegar bem nas oitavas, se Lewandowski estiver inspirado.

– Sacos de pancada


Apesar de todo o carinho de parte da imprensa, a estreante Islândia tem tudo para figurar ao lado da também estreante Panamá no hall dos sacos de pancada. Tunísia, Irã, Marrocos, Rússia e Arábia Saudita são outras fortes candidatas ao duvidoso prêmio de Seleção lanterna da Copa.

No restante, imagino que nada de especial vá aontecer.

Porém, o tal do futebol ainda é uma caixinha de surpresas,e tudo que foi escrito aqui pode me enganar. Portanto, tire seu print aqui e me cobre depois.

E para você, quais os favoritos, azarões e saco de porrada?

Até a próxima!

DEZ CURIOSIDADES SOBRE A COPA DA RÚSSIA

Por Mateus Ribeiro

Dez curiosidades que farão você ter muito assunto para o debate na mesa dos bares antes, durante e depois da Copa do Mundo!

1. A Seleção de Marrocos acabou com a “Maldição de 1998”.


Em 1998, a Seleção Brasileira enfrentou Escócia, Marrocos e Noruega na fase de grupos da Copa. De lá até 2014, nenhuma dessas seleções conseguiu participar de um Mundial. Os marroquinos quebraram essa tradição, e chegam no Mundial cotados para conquistar o 32º lugar (ou a última colocação).

2. A Seleção do Peru dá sorte aos adversários.


Enfrentar a Seleção Peruana costuma ser um bom sinal. Nas quatro Copas em que participou, a seleção campeã enfrentou o Peru. Em 1930 e em 1982, o Peru estava no grupo das campeãs (Uruguai e Itália, respectivamente). Em 1970, enfrentou o Brasil nas quartas de final. Em 1978, Peru e Argentina se enfrentaram na segunda fase, e protagonizaram aquela partida “polêmica”, que terminou com o resultado “suspeito” de 6 a 0 para a Argentina. E esse ano, qual será a Seleção felizarda que encontrará o Peru no meio do caminho?

3. A Seleção Inglesa dá muita sorte para o Brasil. Muita mesmo.


A Seleção Brasileira possui cinco títulos mundiais, e é a maior campeã. Dessas cinco conquistas, em quatro nosso querido Brasa enfrentou os súditos da Rainha: em 1958 e 1970 na primeira fase. Já nas Copas de 1962 e de 2002, os encontros foram válidos pelas quartas de final. Me arrisco a dizer que só não enfrentamos a Inglaterra em 1994 porque os Ingleses não se classificaram para o Mundial.

4. ACREDITE SE QUISER: VAI TER ARGENTINA E NIGÉRIA DE NOVO!


Repetindo um confronto que já aconteceu em 1994, 2002, 2010 e 2014, os nigerianos tentam vencer a Argentina pela primeira vez. O confronto já virou praticamente uma verdade absoluta na historia dos Mundiais.

5. É uma Seleção estreante em Copas? Vai pro grupo da Argentina.


Em 1994, Nigéria e Grécia estreavam em Mundiais. Caíram no grupo da Argentina.

Já em 1998, Croácia, Japão e Jamaica eram debutantes em Copas. Adivinhe: sim, as TRÊS seleções tiveram o prazer de perder para nossos vizinhos.

Oito anos depois, na Alemanha, foi a vez da Costa do Marfim.

No Brasil, em 2014, a Bósnia ocupou a vaga de “estreante que cai no grupo da Argentina”.

Este ano, na estreia da Seleção Islandesa em Copas, você ganha uma camisa do Messi se adivinhar em qual grupo eles caíram.

6. A Alemanha eliminou os três adversários do seu grupo em Copas seguidas.


México, oitavas de final, 1998.

Coréia do Sul, semifinal, 2002.

Suécia, oitavas de final, 2006.

7. Tim Cahill pode igualar marca de Pelé.


O australiano Tim Cahill poderá ser o quarto jogador da história a marcar gols em quatro Copas do Mundo.

Apenas os alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose, além de um tal de Pelé conseguiram atingir tal marca.

O experiente jogador, que ajudou a Austrália a ir para a Copa, tem tudo para atingir essa marca histórica.

8. A Rússia pode atingir uma marca! Negativa.


Caso aconteça o que todos imaginam, os Russos serão eliminados na primeira fase. Apesar do grupo fraco, todos sabem que a Seleção Russa é uma draga das mais horripilantes.

Se a previsão se concretizar, a Rússia será a segunda dona da casa a ser eliminada na fase de grupos (a primeira a conseguir a duvidosa honra foi a África do Sul, em 2010). Pra piorar, a Rússia manterá a escrita de nunca ter passado da primeira fase.

Pelo menos ninguém vai usar a expressão “voltaram mais cedo pra casa”.

9. A Bélgica é a Grande Família da Copa!


A Bélgica poderá atingir uma marca histórica no Mundial: Os famosos Eden Hazard e Romelu Lukaku possuem dois irmãos menos famosos, Thorgan Hazard e Jordan Lukaku, que eventualmente são convocados.

Talvez seja a primeira vez na historia do futebol que uma equipe vá para um Mundial com duas duplas de irmãos.

Será que as brigas familiares vão atrapalhar os planos da querida ÓTIMA GERAÇÃO BELGA?

10. É BOM A ALEMANHA ABRIR O OLHO!!!


Nas últimas duas Copas, as Seleções campeãs na edição interior rodaram na primeira fase.

A Itália, campeã em 2006, saiu de forma melancólica na primeira fase em 2010 (e em 2014 também).

Já a Espanha, que venceu a Copa em 2010, foi eliminada na primeira fase em 2014, com direito a uma chinelada da Holanda.

É bom a Alemanha ficar esperta.

COPA DO MUNDO DA MÚSICA

por Mateus Ribeiro

A Copa do Mundo está chegando, e já estamos todos no clima. Seja trocando figurinhas do álbum, seja fazendo simulações com a tabela, todo mundo já está se imaginando na Rússia.

Como sou ser humano, amo futebol (principalmente a Copa do Mundo), decidi que entraria no clima do Mundial, mas de maneira diferente: resolvi que era a hora de listar atletas que disputaram o maior campeonato de futebol do planeta, e que se aventuraram no mundo da música.

Nessa pequena lista, você encontrará de tudo: desde campeões geniais até jogadores não tão talentosos, seja cantando samba ou judiando de uma bateria. Sem mais conversa, vamos ao que interessa!

Alexi Lalas, o zagueiro rockeiro

É muito provável que você se lembre de Alexi Lalas, um dos maiores fenômenos da inesquecível Copa de 1994. Em razão de sua cabeleira e sua barba um tanto quanto chamativas, Lalas foi um dos jogadores mais falados durante o Mundial. Se fosse nos dias atuais, certamente viraria um meme.

Lalas não era apenas jogador de futebol. Desde sua adolescência, fazia parte de uma banda chamada Gypsies. Porém, seu “sucesso” veio com a carreira solo, com o zagueiro/guitarrista chegando a lançar dois discos enquanto jogador: “Far From Close”, em 1996, e “Ginger”, em 1998. Lalas ainda está na ativa, passeando por várias vertentes do rock and roll. Seu último disco, lançado em 2016, chama se “Shots”, e conta com a ótima “Big Break”, que pode ser conferida no vídeo.

Sócrates, um fã de sertanejo:

Que Sócrates é um dos maiores e mais emblemáticos jogadores da história do futebol brasileiro, todos nós estamos cansados de saber. O que muita gente talvez não saiba é que o saudoso Doutor tem um disco de música sertaneja lançado.

Dois anos antes de disputar sua primeira Copa do Mundo, Sócrates gravou um disco de música sertaneja, intitulado “Casa de Caboclo”. O craque do Corinthians e da Seleção Brasileira gravou músicas como “Cabocla Tereza”, “Luar do Sertão” e Couro de Boi”. Para quem gosta de uma boa moda de viola, vale a pena ouvir este grande achado.

Júnior Capacete, um craque do samba: 

Um dos principais jogadores da história do Flamengo, Júnior, carinhosamente (ou não) chamado de Capacete, esbanjou talento e longevidade pelos gramados do Brasil e do planeta.

No ano de 1983, Júnior gravou um LP, com destaque para a música “Povo Feliz” (também conhecida como ‘Voa, Canarinho, Voa), tema da Seleção na triste Copa de 1982. Seu LP é algo difícil de se encontrar, mas enquanto não encontro, você pode ficar com essa regravação de 2014 para a citada música.

Petr Cech:

Em 2006, Petr Cech pintava como um dos melhores goleiros do mundo. A seleção da República Tcheca, que disputava seu primeiro Mundial, despertava curiosidade, e alguns até imaginavam que Nedved e sua turma poderiam fazer uma boa campanha. Isso não aconteceu, e o sonho acabou na primeira fase.

Essa foi a única participação de Cech em um Mundial. Sua carreira foi um sucesso, com títulos nacionais e continentais pelo Chelsea. Hoje, já em final de carreira, alterna bons e maus momentos no rival Arsenal.

Pelo menos depois que aposentar, o goleirão já sabe o que fazer: aulas de bateria, uma vez que seu kit sofre um pouco na mão do grandalhão. Mas imagina só se ele tivesse com as baquetas o mesmo talento que tem com as luvas? Desfrute de bons momentos em seu canal no Youtube:

Miguel Herrera cantando Ska: 


Miguel Herrera foi um lateral da Seleção Mexicana, e como a grande maioria dos seus companheiros de selecionado, nunca chamou muito a atenção pelo talento. Talvez você se recorde de seus espetáculos na Copa 2014, quando como treinador, proporcionou algumas cenas bonitas como essa:

Pois bem, mas se você acha que esse comportamento, e o fato de ter sido demitido do cargo de técnico da Seleção Mexicana por ter descido o braço em um jornalista foram suas maiores bizarrices, está redondamente enganado.

Em 2002, quando treinava o Atlante, o treinador gravou uma canção do ritmo SKA para ajudar a promover e divulgar o bom momento do clube. Clique no link abaixo, e assista essa preciosidade do mundo alternativo.

VIDEO| Miguel Herrera al grito de guerra – SanDiegoRed.com
La canción del género “Ska” que alguna vez hizo el ‘Piojo’ para el Atlantewww.sandiegored.com

Ümit Davala, o rapper Turco: 

Davala foi um dos pilares da Seleção Turca na inesquecível campanha na Copa de 2002. Chamou a atenção pelo seu futebol e seu penteado de gosto duvidoso.

Se você achou o penteado dele um tanto quanto alternativo, é porque não ouviu disco de Rap cantado em turco pelo ex jogador. Lançado no ano de 2004 , o disco chamado de “UD 2004” é um tesouro para quem gosta de curiosidades e excentricidades.

Ryan Babel, boleiro e rapper nas horas vagas: 

O atacante holandês está bem longe de ser um craque. Mesmo assim, conseguiu participar de poucos minutos entre os Mundiais de 2006 e 2010. Sua carreira em Mundiais não passa disso.

Talvez sua carreira como rapper seja mais interessante. Com o nome artístico de Rio, Babel tem participações em músicas de outros rappers. Mas seu melhor momento mesmo fica para a música gravada ao lado do compatriota Royston Drenthe (que chegou a jogar no Real Madrid). Vale a pena ouvir:

Raí, o homem que estava nos sonhos de Paula Toller: 

Achou que apenas Sócrates representaria a família Vieira de Oliveira? Achou errado, amante da música e do futebol.

No ano de 1993, antes de disputar sua primeira (e única) Copa, um dos principais jogadores da história do São Paulo participou do clipe da música “Eu tive um sonho”, da banda Kid Abelha. Raí faz um papel de Príncipe Enantado no clipe. Relembre esse grande crossover abaixo:

Tomas Brolin, dos gramados para as pistas de dança: 

No ano de 1999, as boybands estavam em alta. Nomes como BakstreetBoys, Five e N´Sync estavam no auge, e rodavam o mundo, fazendo shows para multidões.

O fenômeno rodou o planeta, e a Suécia não poderia ficar de fora. Um dos principais nomes da Seleção Sueca na Copa de 1994, Tomas Brolin fez parte do grupo Friends In Need, que executava um eurodance de gosto um tanto quanto duvidoso. O clip é tão inusitado quanto a música. A desenvoltura de Brolin como integrante de banda de adolescente mostra que escolher o futebol foi a melhor das opções.

Pelé, um pouco além do ABC: 

A lista tinha que terminar com o Rei. Pelé gravou uma música para promover os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A canção, intitulada “Esperança”, é mais empolgante do que o jingle que dizia que “…toda criança tem que ler e escrever”. Porém, podemos dizer que como cantor, o rei continua sendo o maior jogador de futebol de todos os tempos.

E você, consegue se lembrar de algum outro craque (ou pereba) que participou de uma Copa do Mundo e foi fazer sucesso nos estúdios e palcos mundo afora? Caso se lembre, mande aí nos comentários!

Até a próxima!

PALPITES DO MATEUS: ANÁLISE DO GRUPO B

por Mateus Ribeiro


Chegou a vez do Grupo B da Copa do Mundo ser analisado. Desse grupo sairão os adversários dos classificados do Grupo A.

Temos um grupo um pouco mais forte que o primeiro, porém, um tanto quanto previsível, já que apenas Espanha e Portugal possuem camisa e tradição suficientes para passar de fase. Apesar do futebol ser uma caixa de surpresas, não dá para esperar o contrário.

Chega de conversa furada, e vamos para a análise.

Grupo B: Portugal, Espanha, Marrocos e Irã


Portugal:

A Seleção Portuguesa é uma das únicas do planeta a contar com um talento individual capaz de mudar a história de uma partida. Estamos falando de Cristiano Ronaldo. Entretanto, sempre é bom relembrar que uma andorinha só não faz verão. Pode se justificar que na Euro 2016, Portugal saiu com o caneco. Mas não custa relembrar que os gajos se classificaram aos trancos e barrancos, e que em mundiais Cristiano Ronaldo mostrou que dificilmente os portugueses podem almejar alguma coisa maior do que passar de fase, exceto pela Copa de 2006, quando o jovem não era o monstro que é hoje.

Possivelmente passe de fase com certa tranquilidade, restando saber se em primeiro ou segundo no grupo, com a resposta saindo do confronto com a Espanha.


Espanha:

Depois do fracasso em 2014, e de uma renovação, a Espanha pinta correndo por fora. Bons valores como Isco e Morata vão se juntar aos já veteranos Sergio Ramos, Iniesta, Busquets e o polêmico Diego Costa, o que garante uma estrutura muito forte. Após uma campanha tranquila nas Eliminatórias, os espanhóis foram beneficiados com uma chave de certa forma fraca, visto que Portugal não costuma complicar muito quando encontra seus vizinhos da Península Ibérica.

Passa de fase tranquilamente, e dependendo dos confrontos,  pode chegar na semifinal fugindo de alguma pedreira. Se chegar, briga pelo título.


Marrocos:

Marrocos quebrou uma maldição. Das Seleções que enfrentaram o Brasil em 1998 (além do Marrocos, Escócia e Noruega), nenhuma se classificou para nenhum Mundial, até os africanos quebrarem a escrita. O principal destaque de Marrocos é o defensor Benatia, que atua pela Juventus. A defesa, aliás, parece ser o principal trunfo dos marroquinos, que passaram pelas Eliminatórias Africanas sem sofrer gols.

Talvez seja pouco para enfrentar adversários mais tarimbados, mas serve de alento para que consigam uma campanha melhor do que o décimo primeiro lugar em 1986. Porém, a expectativa é que consigam apenas fazer uma primeira fase digna.


Irã:

Uma das primeiras seleções a garantir vaga na Rússia em 2018, o Irã passou pelas Eliminatórias de maneira invicta. Pela primeira vez, disputará duas Copas em sequência. Vale lembrar que em 2014, fizeram um jogo duríssimo contra a Argentina, e só perderam a partida no fim, com um chutaço de Messi. Da mesma forma que Marrocos, porém, a boa campanha pode não ser suficiente.

Sonha da mesma maneira que os marroquinos, mas provavelmente fique com os africanos na primeira fase, visto que o grupo é complicado, e a falta de um talento individual certamente será um grande problema.

Palpite:

Espanha passa em primeiro, Portugal em segundo. Marrocos em terceiro, e Irã, último colocado, voltam pra casa mais cedo.

Semana que vem voltamos com os palpites do Grupo C. Um abraço!

UMA HISTÓRIA NEM TÃO BELA QUANTO PARECE

por Mateus Ribeiro


Fernando Diniz é um dos treinadores mais badalados do Brasil, e isso não é um fenômeno tão recente. Desde que o Audax-SP começou a chamar a atenção pelo estilo de jogo onde até o goleiro participava de forma ativa na saída de bola, o ex-jogador virou assunto em todos os debates esportivos Brasil afora.

Fato é que Diniz realizou bons trabalhos, com elencos de medianos para baixo, e conseguiu até ser vice no Campeonato Paulista. Comentaristas e palpiteiros não entendiam como nenhum time da primeira divisão nacional havia se interessado pelo trabalho do jovem treinador.

Até que ontem, surpreendendo o Brasil, o Atlético Paranaense anunciou a sua contratação. Pela primeira vez, um time da Série A decidiu apostar em Fernando Diniz. Seria o começo de uma renovação no pensamento dos clubes? Não exatamente, creio eu.

Para começo de conversa, o Furacão foi atrás de Fernando porque Seedorf demorou para chegar a um acordo com a diretoria. Segundo que Fernando Diniz estava trabalhando no Guarani. E dito isso, alguns aspectos devem ser analisados.

Primeiramente, é correto afirmar que a saída se deu de forma legal, com o clube paranaense pagando a multa do contrato. Sobre isso, uma vez que não tenho acesso ao contrato, acredito que não há o que se discutir.

O ponto x da questão é que dessa vez os valores se inverteram. Toda vez que um treinador é demitido, a conversa é a mesma: o clube não deu tempo, não deixou implementar a filosofia de jogo, não houve respeito ao profissional, e toda aquela ladainha que estamos acostumados a ver toda semana, seja na Série A ou na Série D de qualquer campeonato brasileiro.


Fernando Diniz assumiu o Guarani no início de dezembro

Acontece que Fernando Diniz montou o elenco da maneira que quis. Inclusive alguns jogadores só vieram para o Bugre pela perspectiva de trabalhar com o treinador da nova geração que mais recebe holofotes e confetes.  E quando o tal do projeto caminhava para seu início, “Tchau, Carolina”.

Sem muito esforço ou pessimismo, todos nós sabemos o que vai acontecer: depois de uma série de quatro ou cinco resultados negativos, o clube vai demitir o técnico, que vai chiar, mesmo que internamente, e usar o mesmo papo de sempre. Nesse caso, tudo isso não vai passar de conversa para boi dormir. Ao Atlético, também não vai adiantar reclamar, como tantos outros clubes reclamam, se alguma diretoria procurar seu treinador durante a temporada.


Não se pode cobrar o que não praticamos. E apesar de fazer tudo dentro da lei, Fernando desrespeitou a torcida do Guarani e a história do clube. Ainda se Beto Zini fosse o presidente, até daria para passar um pano, mas no fim das contas, temos apenas uma história mal contada. Sem nenhuma parte errada, mas sem nenhum santo também.

Fora isso, resta apenas desejar boa sorte para todas as partes nesta história. E que essas situações não sejam mais tão frequentes no já judiado e estranho futebol brasileiro.