por Marcos Fábio Katudjian
Pelé se foi. Ou melhor dizendo, Edson Arantes do Nascimento está morto. A alma já não habita o corpo. Confesso que em minha mente a morte de Edson era previsível, esperada, em virtude da idade e dos sabidos problemas de saúde. Em meu coração, porém, a morte de Pelé é uma surpresa tremenda. Confesso que desconfiava, aqui dentro em minha emoção que Pelé não morreria jamais. Ao corpo físico mesmo. Além de eterno em nossos corações, Pelé pisaria o chão para sempre. Ou a qualquer momento seria abduzido para junto dos seus, fazendo jus ao imenso mistério que foi sua presença entre nós.
*
Segue teu caminho, Pelé, de volta à origem de toda a criatividade, a mesma que expressaste tão pura e lindamente neste plano.
Forjaste um esporte e forjaste um país. E para além disso, foste embaixador do sublime e do eterno, como será teu nome em nossos corações.
Retorna Àquele que te reconhecerá como semelhante, como cada um de nós para além desta vida. Àquele que, como tu, diremos para sempre em plena inteligência e emoção: “dois não há”.
Leva contigo nossa imensa GRATIDÃO pelo que semeaste no teu caminho iluminado, aquilo que nos é o mais caro, valioso e fundamental nesta vida: a Beleza.