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MIRANDINHA, O OBSTINADO

por Luis Filipe Chateaubriand


Francisco Ernandi Lima da Silva, mais conhecido como Mirandinha, começou a carreira no Ferroviário, do Ceará.

Depois de perambular pelo futebol do interior de São Paulo, chegou ao Botafogo carioca, em 1980.

Não era um jogador dotado de exímia técnica, mas era muito lutador, dir-se-ia mesmo obstinado.

Isso o levava a fazer muitos gols.

Era ágil, rápido, vivaz, pronto para aproveitar os vacilos dos defensores adversários.

Sua facilidade para fazer gols o levou, em 1987, quando atuava no Palmeiras, à Seleção Brasileira, onde jogou até 1989.

E, exatamente nessa época, se transferiu do Palmeiras para o Newcastle, sendo o primeiro jogador brasileiro a atuar no futebol inglês.

Mirandinha foi um pioneiro.

É por isso que é certo: pensou gol, pensou Mirandinha.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada

O CRAQUE DO BRASIL EM 2003

por Luis Filipe Chateaubriand


Escolher o craque do Brasil no ano de 2003 é uma das maiores barbadas que já se teve para escolher um craque anual no Brasil!

Ele atende pelo nome de Alex, e era meia atacante do Cruzeiro, no referido ano.

Em 2003, o Cruzeiro ganhou a chamada tríplice coroa – três campeonatos, o Campeonato Mineiro, a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro.

Do banco de reservas, o treinador Vanderlei Luxemburgo, na época um mago da tática, comandava o time e, dentro de campo, Alex só faltava fazer chover…

Visão de jogo apuradíssima, achava os companheiros livres de marcação e em condições de darem sequência às jogadas.

Técnica ímpar, resolvia lances a contento de forma inusitada, imprevista, até espetacular, provendo vantagem para a “Raposa”.

Capacidade inequívoca de liderança, apontava caminhos, indicava soluções, era um técnico dentro de campo.

Monstro!

Dá para afirmar que, sem Alex, o Cruzeiro não ganharia os títulos que ganhou naquele 2003 abençoado.

Craque para mais de metro!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

PAULINHO PIRACICABA, O ARTILHEIRO METEÓRICO

por Luis Filipe Chateaubriand


Paulo Luiz Massariol começou no XV de Novembro, da sua cidade natal, Piracicaba.

O jovem centroavante chamou a atenção do Vasco da Gama e, assim, transferiu-se para São Januário – inicialmente, para jogar nos juvenis – em 1976.

Em 1977, devido ao tanto de gols que fez nas categorias de base, já aportava nos profissionais do cruz maltino, ainda reserva da dupla de ataque Roberto Dinamite / Ramon.

No entanto, em 1978, Ramon deixava o Clube da Colina, e a nova dupla de ataque titular era Roberto Dinamite / Paulinho.

Foi “chuva de gols” para cima dos adversários.

O novato Paulinho Piracicaba terminaria o ano de 1978 como nada menos que o artilheiro do Campeonato Brasileiro.

E a toada de fazer gols, em parceria com o Dinamite, seguiu em 1979 e em 1980.

Em 1981, Paulinho é transferido ao Palmeiras e, surpresa, os gols escasseiam.

De 1982 em diante, pouco se ouviu falar de Paulinho Piracicaba, muito menos de gols por ele assinalados.

Foi artilheiro por três temporadas, depois, sumiu.

Futebol tem dessas coisas.  

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O CRAQUE DO BRASIL EM 2002

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 2002, o futebol de Ricardo Izecson dos Santos Leite, o Kaká, começava a florescer em nosso futebol.

Meia atacante do São Paulo, teve atuações destacadas ao longo do ano – que, inclusive, o levaram à Seleção Brasileira que foi penta campeã no referido ano.

Jogador vertical, partia para cima das defesas com imensa volúpia, grande espírito de luta e imensa técnica.

Seus passes para os atacantes não eram laterais, mais sim verticais ou diagonais, colocando-os em condições de concluir a gol.

Alto, era bom demais no cabeceio.

Especialista tanto em fazer gols, como em propiciá-los para os companheiros, era jogador “arco e flecha”, assim como Zico.

Aliás, o próprio Zico, ao ser indagado qual jogador mais se parecia com seu estilo, escolheu Kaká como tal.

Kaká fez uma carreira muito bonita.

Ela começou a dar frutos em 2002. 

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

ADÍLIO, O CRAQUE ESPERANÇA

por Luis Filipe Chateaubriand


O título deste texto era o nome de um “Caso Verdade”, programa que a Rede Globo de Televisão apresentava no início dos anos 1980 – toda semana, um tema diferente era abordado nos cinco dias comerciais, ao fim da tarde.

“Adílio, o Craque Esperança”, contava a história de um jovem favelado, negro, pobre, mas que tinha um alto senso de responsabilidade, muita persistência e que jogava bola de forma divina.

O menino / moço Adílio, oriundo da Cruzada São Sebastião, era vizinho de seu clube de coração, o Flamengo.

Hum… isso podia dar samba.

E deu!

Frequentando o clube desde cedo, trilhou todo o caminho das Categorias de Base, até chegar nos Profissionais.

E chegou “chegando”, pois logo conquistou a camisa oito dos titulares.

Tinha uma técnica de “encher os olhos”, capaz de driblar um adversário no espaço de um lenço aberto.

Os passes eram precisos, por baixo ou por cima – quem esquecerá o passe que deu para Júnior fazer o gol da vitória sobre a Alemanha Ocidental em 1981, no Maracanã?

Tinha uma especial predileção pelas tabelas, especialmente com Zico, que terminavam no fundo do gol dos rivais muitas vezes.

Ganhou até música em sua homenagem:

“Que neguinho é esse, que está com a bola nos pés, é o neguinho Adílio, que faz com ela o que quiser”.

Esta é a história de uma carreira brilhante, de um craque, de alguém que nasceu para jogar bola.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!