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luis filipe chateaubriand

O CRAQUE DO BRASIL EM 1989

por Luis Filipe Chateaubriand


José Roberto Gama de Oliveira, o Bebeto, já se destacava no futebol desde 1983.

No entanto, foi em 1989 que o baiano de Salvador teve seu “ano de ouro” até então.

No primeiro semestre, foi muito bem, jogando pelo Flamengo, apesar do clube ter perdido a decisão do título estadual para o Botafogo.

Veio, então, a transação que abalaria todos os alicerces do futebol brasileiro.

Argumentando que “o Bebeto não está com esta bola toda”, o presidente do Flamengo de então não chegou a acordo para renovar contrato com o craque, e fixou o valor do passe na Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ), cerca de dois milhões de dólares.

O Vasco da Gama, que estava com os “cofres abarrotados” com as vendas de Romário para a Holanda e de Geovani para a Itália, depositou o valor devido na Federação e arrebatou o ídolo do rival.

Bebeto era o novo ídolo do cruz maltino!

E, no segundo semestre, Bebeto se revezou entre contusões e momentos de intenso brilho.

Fez os dois gols, contra o Internacional de Porto Alegre, que colocaram o Almirante na final, que ganharia com galhardia.

E não foi só.

Na Seleção Brasileira, também brilhou, sendo eleito o melhor jogador da Copa América jogada aqui no Brasil, e vencida pelo Brasil, e tendo boa participação nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1990.

Não bastasse isso, fez o gol do ano: em jogo contra a Argentina, no Maracanã, pela Copa América, recebeu a bola de Romário e mandou um voleio “lá onde a coruja dorme”, um golaço com pouco se vê.

É… ao contrário do que o presidente achava, o homem da boa terra estava com a bola toda!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

WILSINHO, O XODÓ DA VOVÓ

por Luis Filipe Chateaubriand


Nos anos 1970, a televisão passava um desenho chamado “O Xodó da Vovó”, dos Estúdios de Hanna-Barbera.

O desenho tinha, basicamente, dois personagens: a vovó Dulcina e o seu cachorro, Precioso, seu xodó.

Basicamente, os enredos de cada desenho se constituíam do xodó livrando a vovó das mais diversas ciladas e, ao fim do imbróglio, dando uma risada característica.

Pois o Vasco da Gama também tinha o seu Xodó da Vovó!

Era Wilsinho, ponteiro formado nas divisões de base do clube.

Veloz, jogava tanto pela ponta-direita como pela ponta-esquerda.


Insinuante, levava as defesas adversárias a “baterem cabeça” com a sua ousadia.

Habilidoso, passava pelos defensores com relativa facilidade, se posicionando tanto para fazer o cruzamento como para chutar em gol, em diagonal.

O glorioso Wilsinho, o Xodó da Vovó, também teve passagens por Flamengo e por Fluminense.

No entanto, a passagem mais marcante foi, mesmo, pelo Vasco da Gama.

Tratava-se, como Xodó da Vovó do desenho, de um atacante precioso.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O CRAQUE DO BRASIL EM 1988

por Luis Filipe Chateaubriand


O ano de 1988 foi todo de Geovani Silva, o Pequeno Príncipe de São Januário.

Pela Seleção Brasileira, foi líder do time treinado por Carlos Alberto Silva, que conseguiu o vice-campeonato nas Olimpíadas de Seul.

Jogou uma barbaridade!

Pelo Vasco da Gama, liderou o time na excelente campanha no Campeonato Brasileiro, que só não culminou em título por mero “acidente de percurso”.

Toque de bola refinado e preciso.

Lançamentos curtos ou longos encantadores.

Domínio de bola dotado de técnica ímpar.

Cobranças de faltas espetaculares.

Cobranças de pênaltis exatas.

Gols feitos e gols servidos aos companheiros.

Craque para mais de metro, em 1988 ele estava impossível.

Ave, Pequeno Príncipe!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O PENTATEUCO DE ZICO

por Luis Filipe Chateaubriand


Eis os cinco gols mais bonitos da carreira de Zico:

5) Flamengo jogava contra o Santa Cruz, pela Copa União, em 1987, vencia por 2 x 1, quando há falta na entrada da área, do lado direito. Adivinha quem vai bater? Zico contraria as leis da física, jogando a bola no ângulo esquerdo e decretando 3 x 1 no placar.

4) Brasil e Iugoslávia, amistoso em 1986, às vésperas da Copa do Mundo, Zico pega a bola na intermediária, sai driblando todo mundo e só para dentro do gol, entrou com bola e tudo, um golaço.

3) Jogando no Japão, em 1992, Zico recebe o cruzamento, a bola vem por trás dele, ele vê o goleiro adiantado e, solução genial, usa o calcanhar para encobrir o goleiro – o fantástico gol escorpião.

2)  Brasil x Paraguai, em Assumpção, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo em 1985, Zico recebe passe de Leandro na intermediária, puxa a bola de calcanhar para a frente e, na decaída desta, emenda para o gol sem ela quicar no chão. A bola sai rasante, quica na pequena área e “morre” no canto direito da rede.

1) Flamengo e Criciúma, em 1988, Bebeto está na esquerda, próximo à grande área, rola a bola para o meio com extrema categoria… Zico vem na corrida e emenda um balaço, uma cacetada, que entra no ângulo esquerdo do gol catarinense – segundo o próprio Zico, esperou a carreira inteira uma rolada de bola como aquela.

E aí? Lembra outros golaços de Zico? Vamos debater!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada

O JOGO DE FUTEBOL 10 X 10

por Luis Filipe Chateaubriand


Uma crítica muito comum que é feita ao futebol da atualidade é que há poucos espaços e, assim, a criatividade dos jogadores não aflora como em épocas pretéritas.

São, assim, mais raras as tabelinhas, os lançamentos em profundidade, os cruzamentos diretamente da linha de fundo, as penetrações em “facão”, as metidas em diagonal de trivela.

Isto acontece, indubitavelmente, porque o preparo físico dos atletas foi evoluindo ao longo do tempo e, com isso, as distâncias percorridas tornaram-se muito maiores e os espaços, obviamente, diminuíram.

Então, para que o jogo possa ter a plasticidade de anteriormente, é preciso criar espaços.

E a maneira mais elementar de criar espaços é diminuir o número de jogadores em campo – ao invés de 11 contra 11, 10 contra 10.

Reduzir o número de atletas, de 11 para 10, de cada clube, permitiria, ademais, que o meio campo ficasse menos congestionado do que atualmente, porque seria exatamente no meio de campo que surgiriam mais espaços.

Isso porque os times não iriam tomar a decisão de desfalcar algum setor do campo para compensar a perda de um jogador, então este seria retirado exatamente do setor onde há mais jogadores, a “meiuca”.

Como se sabe, é exatamente quando há o melhor aproveitamento do meio de campo que os times costumam ganhar jogos.

Portanto, reduzir o número de jogadores para cada time, de 11 para 10, aumenta os espaços para se jogar, e o faz especialmente no meio campo, o que propicia um futebol mais atraente e bem jogado.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!