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luis filipe chateaubriand

RIVALDO, O INJUSTIÇADO

por Luis Filipe Chateaubriand


Rivaldo Vitor Borba Ferreira, o Rivaldo, é um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

Um de seus maiores feitos, dentre outros, é o de ter conseguido ser o melhor jogador da Seleção Brasileira em duas Copa do Mundo – as de 1998 e 2002.

Algo que nem Pelé conseguiu.

Então, Rivaldo merece respeito, muito respeito, pela carreira fora de série que construiu.

Infelizmente, não é valorizado como merece.

Em parte, o próprio Rivaldo é responsável por isso.

Tímido, circunspecto, arredio, não fazia e não faz marketing pessoal.

O outro motivo é devido a gente preconceituosa, que não reconhece seu futebol exuberante pelo fato dele ser nordestino.

Ora, o fato de ser nordestino deveria valorizá-lo, ao invés de desmerecê-lo: venceu na vida mesmo vindo de uma região pobre, mas um lugar de gente valente, que vai à luta.

Por isso, é preciso afirmar: Rivaldo é craque para mais de metro, e merece aplausos!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada

O CRAQUE DO BRASIL EM 1991

por Luis Filipe Chateaubriand


O ano de 1991 via o surgimento do grande São Paulo de Telê Santana – um dos maiores São Paulo de todos os tempos, se não o maior.

Comandando o time, com a camisa 10, Raí, o irmão mais novo de Sócrates, bom de bola como o mano mais velho.

Raí chutava muito bem, especialmente de longa distância, seja com a bola rolando, seja com a bola parada – batia faltas e pênaltis de forma magistral.

Raí tinha leitura de jogo apurada, sabia o que fazer em campo a partir de como seu time jogava e como o adversário jogava, inteligência admirável.

Raí era líder, orientava os companheiros, dando-lhes aconselhamentos sobre posicionamento em campo e jogadas a executar.

Isso tudo estava latente em 1991, e o resultado foi o título de campeão brasileiro, conquistado pelo São Paulo.

Que teve dois artífices.

Telê Santana, fora de campo.

E Raí, dentro de campo.

E foi assim que Raí se tornou o craque do Brasil em 1991.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

A ARTE DE ZINEDINE ZIDANE

por Luis Filipe Chateaubriand


Até marcar dois gols na final da Copa do Mundo de 1998 da França, contra o Brasil, levando a Seleção Francesa ao título mundial, Zinedine Zidane era pouco falado no futebol mundial.

Uma injustiça, pois já vinha exibindo seu talento anteriormente, seja na Juventus de Turim, seja na Seleção Francesa.

O futebol de Zidane era composto de três ingredientes preciosos.

O primeiro ingrediente era a visão de jogo, o que fazia com que seu posicionamento em campo sempre fosse o mais apropriado para o time que defendia, estava sempre no lugar certo, na hora certa.

O segundo ingrediente era o passe, fosse curto, fosse longo, era quase sempre exato, achava o companheiro de time bem colocado, aquele companheiro que estivesse a postos para decidir.

O terceiro ingrediente era o drible, estava sempre apto para passar por adversários com extrema facilidade e leveza e, aí, inclui-se lençóis, ou balões, que eram dados com extrema naturalidade e, assim, adiantavam o jogo do time ao qual pertencia.

Por essas e outras, é possível afirmar: Zinedine Zidane é um dos dez maiores jogadores de todos os tempos!

O CRAQUE DO BRASIL EM 1990

por Luis Filipe Chateaubriand


José Ferreira Neto, o craque Neto, precocemente começou a exibir o seu talento para jogar bola.

Em 1983, aos 16 anos, já era titular do meio de campo do Guarani, de Campinas.

Depois, jogou no Bangu, voltou ao Guarani, jogou no São Paulo, jogou no Palmeiras.

Chegou ao Corínthians, seu clube de coração, em 1989 – não sem antes ter feito um lindo gol de bicicleta contra o Timão, em 1988, jogando pelo Guarani.

Em 1990, jogou muito no primeiro semestre, aspirava – e merecia – uma vaga para jogar a Copa do Mundo da Itália daquele ano.

Sebastião Lazaroni, o técnico da Seleção, não o levou.

Preferiu levar Bismark, muito bom jogador, mas muito novo e inexperiente para o grande certame.

Preferiu levar Tita, excelente jogador, mas que já se encontrava em declínio da carreira, com mais de 30 anos.

Neto ficou a “ver navios”…

E a Seleção naufragou na Copa do Mundo.

Genioso, temperamental, irado, Neto “colocou a faca nos dentes” e resolveu jogar no segundo semestre, pelo Corínthians, mais ainda do que no primeiro, para provar que merecia ter ido à Itália.

Jogou muito.

Jogou demais.

Jogou excepcionalmente!

E, assim, coadjuvado por jogadores como Tupazinho e Viola, levou o Corínthians ao primeiro de seus sete títulos de campeão brasileiro.

A fiel agradece.

E o craque do ano de 1990 está decidido, não se fala mais nisso!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O MAIS POLÊMICO DOS JORNALISTAS ESPORTIVOS BRASILEIROS

por Luis Filipe Chateaubriand


Mauro Cezar Pereira nasceu em Niterói, no Rio de Janeiro, e em terras fluminenses deu os seus primeiros passos no jornalismo esportivo.

Mais tarde, transferiu-se para São Paulo, onde exerce seu ofício atualmente.

Tornou-se conhecido nacionalmente a partir de seu trabalho nos canais ESPN, de onde saiu recentemente.

Atualmente, desenvolve seu próprio canal no YouTube e demais redes sociais, é colaborador do UOL e faz comentários de jogos nos Sistema Brasileiro de Televisão.

Muitos odeiam Mauro Cezar.

Acham-no chato, ranzinza, implicante.

Outros, muitos mais, apreciam o seu trabalho.

Acham-no preciso, cirúrgico, essencial.

Este escriba é profundo admirador de Mauro.

Acredita que ele “põe o dedo na ferida”, faz a crítica certa, no molde certo, no tempo certo, que o futebol brasileiro precisa.

O futebol brasileiro não é um oásis de perfeição, onde tudo corre às mil maravilhas e se tem o melhor dos mundos.

Bem ao contrário, as mazelas de nosso futebol têm uma imposição colossal sobre a realidade, constituindo um lamentável corolário de infelicidades e vicissitudes.

Mauro mostra tudo, expõe as mazelas, deixa claras as contrariedades, denuncia os malfeitos.

Com isso, faz um ótimo trabalho de purificação de nosso futebol.

Portanto, é justo, necessário e primordial, dizer: Ave, Mauro Cezar Pereira!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!