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luis filipe chateaubriand

O FIM DE 21 ANOS DE ESCURIDÃO

por Luis Filipe Chateaubriand


Naquela noite de quarta-feira de 1989, Flamengo e Botafogo adentravam o campo do Maracanã para fazer um jogo singular.

Se desse empate ou o Flamengo vencesse, haveria uma nova partida no domingo, para se decidir o título.

Se o Botafogo vencesse, seria campeão naquela noite.

Havia 21 anos que o Botafogo não conquistava o título de Campeão Carioca, o clube de General Severiano buscava interromper a fila.

No papel, o time do Flamengo era melhor, bons jogadores, liderados pelos craques Zico e Bebeto.

O Botafogo tinha um time mais limitado, porém bastante aguerrido e organizado taticamente.

Começa o jogo, e se vê um amplo domínio do Flamengo, mas sem chances de gol significativas.

Assim, o primeiro tempo terminou, mesmo, em 0 x 0.

Começa o segundo tempo, e o Flamengo continua melhor.

Mas Zico, já veterano, sente o esforço, e é obrigado a sair do jogo.

Bate uma falta com perigo, rente ao gol, e em seguida é substituído.

A saída do maior craque parecia um mau presságio para o rubro negro.

Eis que, logo após a saída de Zico, o Botafogo ataca pela esquerda, Mazolinha cruza a bola para a área de pé trocado e Maurício, o ponta direita, emenda para o gol.

Botafogo 1 x 0.

Daí em diante, os jogadores botafoguenses “amarraram” o jogo, o Flamengo não conseguiu criar mais nada, e o Botafogo venceu!

Depois de 21 anos, o Clube da Estrela Solitária conquistava, epicamente, o Campeonato Carioca!

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O CRAQUE DO BRASIL EM 1994

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 1992, Rivaldo jogava no modesto Mogi Mirim.

Se destacava muito com a camisa do clube do interior paulista.

Em 1993, foi emprestado ao Corinthians, mas não rendeu no clube mosqueteiro o esperado.

Então, em 1994, foi vendido pelo Mogi Mirim para o Palmeiras.

Rivaldo chegava a um time recheado de craques, como Edmundo, Edílson, Rincón, Evair, Zinho e companhia.

Chegava cheio de gana, por não ter dado certo no Corinthians, para fazer acontecer no seu maior rival.

E fez acontecer!

Passes precisos, açucarados, surpreendentes.

Dribles desconcertantes, enviesados, não esperados.

Gols de dentro da área, de fora da área, diagonais, frontais, rasos, altos, de todos os tipos.

Por isso, Rivaldo foi o craque do Brasil em 1994, construindo o caminho para ser, adiante, o melhor jogador do mundo! 

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O CRAQUE DO ANO DE 1993

por Luis Filipe Chateaubriand


Em 1992, Edmundo fazia a sua primeira temporada como jogador de futebol profissional, jogando pelo Vasco da Gama.

Jogou excepcionalmente bem, e logo se transferiu, por uma pequena fortuna, para o Palmeiras.

Então, em 1993, vestindo a camisa do alviverde imponente, Edmundo jogou ainda mais, jogou de forma assombrosa.

Os jogos do Campeonato Paulista eram transmitidos pela TV Manchete, e Osmar Santos, o narrador, sempre escolhia o “animal” do jogo.

Quando o jogo transmitido era do Palmeiras, quase sempre o “animal” escolhido era Edmundo.

O narrador incorporou isso ao personagem e passou a chamá-lo de “Edmundo, o animal”.

No que foi apoiado pela torcida palmeirense, que repetia em coro que “au, au, au, Edmundo é animal!”.

Naquele ano, o Palmeiras foi campeão paulista, interrompendo uma fila de 17 anos, e, de quebra, foi campeão brasileiro.

O destaque?

O jovem Edmundo, o animal, que fez a diferença e foi, assim, o craque do ano.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

A BARRIGA QUE FEZ A DIFERENÇA

por Luis Filipe Chateaubriand


O ano era 1995.

Ano de centenário do Flamengo.

Ganhar o Campeonato Estadual era obrigação para o rubro-negro de Romário, Sávio e companhia.

Eis que, no octogonal decisivo, o último jogo era um Fla x Flu de arrepiar.

Ao Flamengo, bastava vitória ou empate para o título.

O Fluminense precisava vencer, para ser campeão.

O jogo começa e o Fluminense “atropela” o Flamengo no primeiro tempo.

Os 2 x 0, gols de Renato Gaúcho e Leonardo, ficaram baratos para o clube da Gávea.

Eis que começa o segundo tempo, e o cenário é completamente diverso.

O Flamengo encurrala o Fluminense, asfixia o clube das Laranjeiras.

Rapidamente, Romário reduz para 2 x 1.

E, pouco depois, Fabinho empata em 2 x 2.

Agora, é o Fluminense que precisa do resultado.

E, para piorar as coisas para o Tricolor, o lateral esquerdo Lira é expulso, depois de uma entrada criminosa em um jogador rubro negro.

O jogo caminha para o fim, e tudo leva a crer que o Flamengo será campeão.

Mas eis que de repente, não mais que de repente, Aílton ziguezagueia na entrada direita da área rubro negra, chuta cruzado, a bola bate na barriga de Renato Gaúcho e entra!

(Este escriba estava nas cadeiras atrás do gol e ouviu Renato Gaúcho gritando, em comemoração ao gol, perante um Maracanã silencioso, que só explodiria, na metade tricolor, um instante depois).

Depois, foi esperar o pouco tempo que restava passar e, pronto, o Fluminense era campeão carioca de 1995.

Renato Gaúcho foi coroado Rei do Rio, e sua barriga entrou para a história! 

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

O CRAQUE DO BRASIL EM 1992

por Luis Filipe Chateaubriand


Escolher o melhor jogador do Brasil em 1992 é tarefa dificílima.

Júnior, o Maestro do Flamengo, jogou uma enormidade – o “Capacete” foi o melhor jogador do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Apesar disso, o melhor jogador do ano foi Raí, do São Paulo – como em 1991.

O irmão do genial Sócrates atuou na Taça Libertadores da América de forma soberba, foi o principal artífice do título do Tricolor Paulista – o primeiro do clube.

Depois, veio a final do Mundial de Clubes, contra o todo poderoso Barcelona.

Ah, o Mundial de Clubes!

Raí fez “barba, cabelo e bigode”.

Um gol, no primeiro tempo, infiltrando na pequena área depois de cruzamento vindo da esquerda.

Outro gol, no segundo tempo, de falta, cobrada com magistral perfeição.

Raí dava ao São Paulo seu primeiro título mundial, na vitória de 2 x 1 sobre o Barcelona.

Convenhamos: não há como Raí não ser o craque do ano de 1992! 

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!