por Luis Filipe Chateaubriand
Naquela noite de quarta-feira de 1989, Flamengo e Botafogo adentravam o campo do Maracanã para fazer um jogo singular.
Se desse empate ou o Flamengo vencesse, haveria uma nova partida no domingo, para se decidir o título.
Se o Botafogo vencesse, seria campeão naquela noite.
Havia 21 anos que o Botafogo não conquistava o título de Campeão Carioca, o clube de General Severiano buscava interromper a fila.
No papel, o time do Flamengo era melhor, bons jogadores, liderados pelos craques Zico e Bebeto.
O Botafogo tinha um time mais limitado, porém bastante aguerrido e organizado taticamente.
Começa o jogo, e se vê um amplo domínio do Flamengo, mas sem chances de gol significativas.
Assim, o primeiro tempo terminou, mesmo, em 0 x 0.
Começa o segundo tempo, e o Flamengo continua melhor.
Mas Zico, já veterano, sente o esforço, e é obrigado a sair do jogo.
Bate uma falta com perigo, rente ao gol, e em seguida é substituído.
A saída do maior craque parecia um mau presságio para o rubro negro.
Eis que, logo após a saída de Zico, o Botafogo ataca pela esquerda, Mazolinha cruza a bola para a área de pé trocado e Maurício, o ponta direita, emenda para o gol.
Botafogo 1 x 0.
Daí em diante, os jogadores botafoguenses “amarraram” o jogo, o Flamengo não conseguiu criar mais nada, e o Botafogo venceu!
Depois de 21 anos, o Clube da Estrela Solitária conquistava, epicamente, o Campeonato Carioca!
Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!