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Liga dos Campeões

PALPITES DA CHAMPIONS

por Mateus Ribeiro


Como faço todo ano, aqui vai a minha previsão sobre as oitavas de final da Uefa Champions League:

Borussia Dortmund x Paris Saint-Germain: após ser eliminado de maneira VERGONHOSA em 2019 pelo Manchester United, o Paris Saint-Germain tem tudo para passar de fase e ser eliminado por um time com mais historia e camisa nas quartas. Palpite: 1 a 1 na Alemanha e 3 a 1 em Paris.

Real Madrid x Manchester City: no duelo entre o velho rico e o jovem que recebeu a herança, ganha quem não tem Otamendi na zaga. Palpite: 4 a 1 na Espanha e 2 a 2 na Inglaterra.

Atalanta x Valencia: o confronto mais importante das oitavas, afinal, vai definir um semifinalista, já que o vencedor certamente vai tomar uma paulada nas quartas (possivelmente contra Real ou Barcelona). Palpite: 1 a 1 na Itália e 2 a 1 para o Valencia na Espanha. Valencia passa com as calças na mão.

Atlético de Madrid x Liverpool: desafio difícil para o Liverpool, que vence por 2 a 1 na Espanha e por 3 a 1 na Inglaterra.

Chelsea x Bayern: o Chelsea está mais tranquilo, pois não pegará o Corinthians no Mundial de Clubes. Mesmo assim, empata em 2 a 2 na Inglaterra e perde por 3 a 1 na Alemanha. Bayern passa tranquilamente.

Lyon x Juventus: o time francês sofre com o desfalque de Juninho Pernambucano. Toma de 3 a 1 em casa e de 2 a 0 fora.

Tottenham x Leipzig: tal qual Atalanta x Valencia, outro jogo que vai definir um semifinalista. O time inglês vence ambas as partidas por 2 a 1 e perde para a Juventus nas quartas de final.

Napoli x Barcelona: o Barcelona vive uma fase difícil. Sendo assim, ganha por 2 a 1 na Itália e 4 a 2 na Espanha.

Lembrando que o mata-mata da Uefa Champions League começa nesta terça-feira. Fiquem de olho!

PAIXÃO QUE ARREBATA

por Henrique Brandão


Três momentos, esta semana, reforçaram a convicção de que o futebol é o mais democrático dos esportes. É exatamente a possibilidade de reviravoltas, a imprevisibilidade do resultado, que faz do velho e violento esporte bretão essa paixão que arrebata mentes e corações no mundo inteiro.

As partidas entre Liverpool 4 x 0 Barcelona e Tottenham 3 x 2 Ajax pela semifinal da Champions League foram dois belos exemplos disso. O terceiro momento foi a partida entre Fluminense 5 x 4 Grêmio pelo Brasileirão. Em todas elas, mais que nunca, um jargão do futebol esteve em alta: o jogo só acaba quando termina. Todos os jogos foram decididos no segundo tempo. Os favoritos desceram para o vestiário no intervalo como vencedores (mesmo o Barça, que podia perder de 1×0) e terminaram a partida como derrotados.

O futebol é uma “caixinha de surpresas” , para usar outro clichê dos boleiros. Aí mora seu segredo: na possibilidade de David derrotar Golias, do fraco derrubar o forte, do improvável prevalecer. Nenhuma outra modalidade esportiva carrega consigo esta dose de incerteza. Por isso se rói unhas até o minuto final. Por isso as lágrimas escorrem ao fim do jogo, seja na vitória ou na derrota, como foi visto na partida entre o jovem time holandês e a milionária equipe inglesa.


São momentos como estes que ressaltam a magia do futebol. Os lances de improvisação acabam por superar a organização tática e decidem uma partida (como foi Lucas Moura hoje para o Tottenham) ou o capricho de uma bola que acaba acertando a trave (como o chute de Ziyech, do Ajax) transforma o esplendor do triunfo em agonia da derrota.

È isso que nos faz amar o futebol, para além do nosso time de coração. Nada supera o encanto de ver uma partida bem jogada, carregada de emoção.

Se for com as cores da nossa camisa, aí é a glória. Viva o futebol!

O FUTEBOL SOBREVIVE

por Luis Filipe Chateaubriand


Este signatário não costuma, normalmente, escrever sobre o futebol da atualidade, prefere proceder narrativas sobre o futebol do passado. Considera o futebol dos tempos atuais chato, enfadonho, monótono.

Contudo, vimos, nos últimos dias, jogos que trouxeram alento aos amantes do futebol bem jogado.

Em Porto Alegre, jogaram Grêmio x Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. Na casa do adversário e perdendo por 3 x 0 com 21 minutos de jogo, o Fluminense foi buscar uma improvável virada, ganhando o jogo por inacreditáveis 5 x 4.

Em Liverpool, jogaram Liverpool x Barcelona, o segundo jogo de uma das semifinais da Champions League. Precisando vencer por quatro gols de diferença para se classificar à final, o Liverpool “sapecou” um contundente 4 x 0 em Messi em companhia, promovendo um triunfo quase que milagroso na terra do Beatles.


Em Amsterdã, jogaram Ajax x Tottenham, o segundo jogo da outra das semifinais da Champions League. Ao estar perdendo por 2 x 0 ao final do primeiro tempo, o clube londrino fez, no segundo tempo, os três gols que precisava para ir à final, virando o jogo para 3 x 2,  na casa do adversário, com o gol decisivo no último minuto, em jogo que envolveu técnica, emoção, deslumbramento, surpresa e encantamento.

Em quatro dias, presenciamos três jogos de futebol inesquecíveis. Desses que ficarão lembrados pelas próximas décadas, certamente. 

É pena que poucas vezes o futebol do presente seja assim, pois se puder sê-lo mais amiúde, essa invenção extraordinária do ser humano terá, certamente, vida eterna!

Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”. Email:luisfilipechateaubriand@gmail.com.

NÃO SOMOS EUROPA

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


Imaginem uma Copa do Mundo na Argentina e La Bombonera precisando se adaptar aos padrões FIFA? La Bombonera transformado em uma arena ultra moderna igualzinha a que fizeram com o Maracanã. Imaginem toda essa mística soterrada! Passei o final de semana mergulhado em jogos de futebol. Boca x River foi mágico, não pelo futebol apresentado, mas pela entrega dos torcedores. Um amor que vem das entranhas, que nos contagia e emociona. Isso é o futebol e só isso pode salvar o futebol. Dois técnicos idolatrados, uma torcida extasiada, estádio abarrotado!

Foi um grande jogo? Não importa. Esse clima é o que faz o futebol pulsar. Para a garotada que não conheceu o Maracanã dos bons tempos eu garanto, ele pulsava, nos abraçava e nos embalava ao som de seus cânticos. O Maracanã nos hipnotizava assim como La Bombonera me deixou desconcertado na primeira vez em que pisei lá. E a Conmebol age para transformar a Libertadores em uma Liga dos Campeões. Por favor, não deixem que mais esse crime seja cometido por esses dirigentes hipócritas.


O futebol sul-americano é diferente do europeu e deve ser! Imaginem essa final da Libertadores sendo disputada, por exemplo, na Bolívia ou Equador? Qual o sentido disso? Qual o problema de os estádios serem antigos? Transformá-los em arenas automaticamente afetará o valor do ingresso. O afastamento dos verdadeiros torcedores será inevitável, como aconteceu no Maracanã. As torcidas elitizaram-se e há tempos não são o seu décimo segundo jogador. Não somos Europa, esqueçam! E mesmo na Europa alguns clubes penam para manter suas arenas impecáveis.

Por aqui, meu limitado Botafogo ganhou do ultra dimensionado Flamengo. Como a imprensa exalta esse time? O Tite explicou que precisou convocar Paquetá e Everton, do Grêmio, porque os dois estão jogando muita bola. Se é esse o padrão de qualidade do professor vamos nos afundar mais ainda.

O momento de maior “brilho” de Paquetá foi em uma rasteira no adversário. Em capoeira está aprovadíssimo, Kkkkkkk!!!! O Flu não fez gol no Sport porque seus jogadores sofrem do mesmo problema de 90% dos atacantes brasileiros: deficiência técnica. O Grêmio só venceu o Vasco graças a um frangaço de Martin Silva. Está tudo nivelado por baixo. 

Pode parecer absurdo mas os jogadores brasileiros torcem para não receber a bola porque não têm a menor intimidade com ela. Assistiram Manchester City 3 x 1 Manchester United? Eu, sim! Guardiola continua sendo o maior treinador do futebol mundial. No terceiro gol os jogadores ficaram quase dois minutos tocando a bola, botando o adversário na roda até concluir. Não deixem de ver!!! Isso é treinamento, fundamento! O futebol inglês é o que mais me encanta, Liverpool, Chelsea. Chega de Mourinhos e Felipões! E de Aguirre! Mas quem mandou contratá-lo? Ricardo Rocha, Raí e Lugano, do comando tricolor. Também contrataram Diego Souza e Nenê. Até uma criança do primário sabia que ia dar caca. O ex-jogador tem que ser aproveitado principalmente na base. Ali, talvez não seja a galinha dos ovos de ouro mas é o início da escalada profissional e, por isso, condeno os que usam a influência e o relacionamento para pular etapas.      

CR7 X NEYMAR

por Serginho 5Bocas


Confesso que estava louco para ver este duelo, só não esperava que ocorresse tão precocemente. O sorteio das oitavas de finais da Champions League foi muito madrasta com as duas equipes e principalmente com os fãs, antecipando, sabe-se lá porque, até mesmo uma possível final, mas fazer o quê, se ela veio desse jeito?

Quando Neymar decidiu encarar o desafio de sair de um clube desejado, midiático, “trilhardário”, vitorioso e recheado de craques como o Barcelona para jogar no PSG, todos já sabiam o porquê dessa escolha. Todos fingiam que não sabiam e apresentavam opções lunáticas, mas vamos parar de palhaçada e pensar, o que ele queria de verdade? Digo, o que ele quer? Lógico que ser o melhor do mundo, e nem que a vaca tossisse ele seria, jogando como coadjuvante de Messi.

CR7 e Messi já possuem uma traulitada destes troféus em suas coleções particulares, mas continuam esta insana disputa, porque são dois “tarados”, que pensam que lotar a estante destas tacinhas da dona FIFA vão fazê-los superiores a Pelé, Maradona, Cruyff, Di Stefano, Puskas, ou só pelo pecado mais adorado pelo diabo: a vaidade.

O certo é que Neymar quer chegar lá, e tem cacife para isto. Chegou no PSG e com seus dribles, gols e passes para os companheiros marcarem gols, e mais do que isso, sua presença singular, fez o clube ganhar musculatura, queiram os críticos ou não.

Falem o que quiserem, mas só não dá para ficar indiferente a um jogador que dribla com extrema facilidade, fazendo fila entre beques como poucos, que faz gols com naturalidade e que tem uma facilidade espantosa em colocar seus companheiros na cara do gol. Mas que infelizmente, como efeito colateral, também traz consigo um caminhão de problemas extra campo.


Mas vamos ao que interessa, o jogo de ida foi no Santiago Bernabeu e nem parecia, tal a excelente atuação do PSG como visitante. O PSG não tomou conhecimento do mando de campo e se impôs, igualando as ações e até mesmo, em grande parte da partida, superando o Real em número de ações de ataque e na postura de avançar suas linhas, marcando no campo do adversário.

Neymar, mesmo muito marcado, criou várias jogadas de ataque para seus companheiros e comandou as ações de seu time. No único gol do PSG, foi ele quem deu o passe de calcanhar, mesmo que para os comentaristas da TV aberta, após vários replays, não tenham conseguido ver isto, miopia ou burrice, sei lá…. Ele mesmo não teve uma chance muito clara de gol, mas deixou Cavani e Mbappe em excelentes condições de marcar, sem sucesso.

Já CR7, é o cúmulo irritante da eficiência. Andava esquecido na partida, se resumindo a pedaladas sem sair do lugar e passes laterais, até pintar aquele pênalti “insosso” e cara de pau sobre Toni Kross, que nunca seria dado se fosse a favor do clube francês, principalmente se fosse sobre o ator pastelão, caçado em campo e ex-moicano, mas tá valendo. CR7 bateu e comemorou com sua pinta de galã de novela mexicana, cheio de delay no áudio.


Depois, quando o jogo ainda estava 1×1, veio o pênalti a favor do PSG que o juiz não quis ver. Chute do Rabiot, sei lá, que encontra o braço do zagueiro Sergio Ramos, que rapidamente tenta colar este membro ao corpo, sem êxito na cena pastelão. O arbitro não quis ver, mas aí era contra o poderoso Real em casa, deu ruim, né?

Toca o enterro, PSG vai mandando no jogo, até que Zidane coloca em campo Asensio e ele muda a partida em dois lances: no primeiro, aos 38 da segunda etapa, ele leva no fundo e chuta pro “foda-se” sem olhar e acha as mãos do excelente goleiro Aréola, que numa defesa que “Muralha” seria crucificado pelos rubro-negros, entrega aos joelhos ungidos do “gajo” português. Aí ele faz um quilo certo, e aquela cena esperada, e diz que está ali, sinceramente não tinha percebido, mas vale o “show man” e afinal de contas, o cara é o cara!


Aí, aos 41, novamente Asensio em jogada com Marcelo “Monstro”, fazem uma tabela em que a canela de gênio resolve a parada. Marcelo, que sobra na turma mundial pela ala esquerda, deu sorte, sorte de campeão. A bola de canela, quica no gramado, bate no zagueiro e ilude o goleirinho francês. Pronto! 3×1.

Prato cheio para os abutres, para os comentaristas babando sobre os corpos dos cachorros mortos.

Teve gente que disse que Neymar é mimado, que não jogou nada e que perdeu o duelo para o português.

O primeiro comentário tem até certa razão, o garoto é cheio de “MAMÃEZADA” mesmo, mas dizer que não jogou nada é brincadeira! O que é jogar muito?

O PSG não tomou conhecimento da casa do clube merengue e jogou à vontade até ser atropelado pelo juiz, pela sorte e pela qualidade do Real, mas deixou um gostinho de quero mais no jogo de volta em Paris.

Esse jogo promete, e será o dia “D” para o craque Neymar. Ali veremos se ele já entendeu a diferença que separa os meninos dos homens e se vencerá CR7 ou se permitirá ao português seguir a sua saga de artilheiro inigualável e inoxidável, mas que se encerrará em débito com a genialidade dos craques verdadeiramente completos.  

Concordem comigo ou não, Neymar jogou mais futebol, CR7 foi mais eficiente. Mas se Neymar quer tocar o topo do mundo, este é o degrau decisivo da escada.

Aos fãs do CR7, digo que Hugo Sanchez, artilheiro dos anos 80, também era assim, gols a rodo pelo merengue, mas sem convencer os deuses do futebol. Era só gol, que aliás não é pouca coisa, tá!

É que eu tenho esta mania de ser exigente pra karaiu!

6 de março tem mais, galera!!!!