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Laranjeiras

UM SÁBADO À TARDE EM LARANJEIRAS EM 70 E POUCOS

por Ricardo Dias


– Flavio, quem é o peixe do dr. Silvio?

– Aquele loirinho ali.

– Meu filho, vem cá. Teu nome… Ok. Vai para aquele canto ali bater bola na parede. Quem mais é primeira vez? Você, você, você…

– Eu sou segunda vez, professor.

– É a mesma merda, quem ainda não tá dentro é primeira vez. Tu é muito grande, não quer ser goleiro, não? Ponta direita desse tamanho, tá maluco? Sabe fazer embaixada? Quantas? Tá, vai jogar de 8. Os novos vão tudo pra lá. Vão batendo bola, porra, moleque, de tênis? Vai procurar uma chuteira! Pessoal, olha só: ninguém dá porrada no loirinho, é peixe, não deve jogar porra nenhuma. Se jogar bem pode porrar, de leve, mas eu duvido. Aquela chuteirinha cara não me engana. TODO MUNDO AQUI NO MEIO! Vai ser os antigos contra os novos. Se os novos ganharem tá todo mundo aprovado, se perderem vão embora sem banho. Isso é hora de chegar, Palito? Vem cá, quero te sentir bem pertinho. Fala pra fora, porra. Ah, cacete, bafo de cerveja de novo! Essa merda de botequim que serve bebida pra dimenor! Bota a chuteira e sobe e desce as arquibancadas correndo, até sumir o bafo todo. Antes de começar, gordinho, vem cá. Qual é teu nome? Você vai jogar de 6, tá vendo aquele mulatinho ali, de joelho torto? Quando ele estiver perto de você dá um cacete nele. Se ele passar do teu lado, enfia o pé.

– Pra que isso, Faria?

-Porra, Flavio, tem uns portugueses que vêm ver o Neném, aquele puto só joga quando fica com raiva. Esse gordinho não vai dar nem pra saída. É um dinheirinho que entra pro clube. FALTA NADA, Neném! Levanta e joga, deixa de ser frouxo! Ô retardado, não sabe matar bola, não? Pára tudo, vem cá. Vou bicar a bola pra cima, tem que matar de primeira, senão tá fora. Tá, outra chance. Viu?, se sabe, faz, pombas! Falta! Bate você, Amauri. Putaquepariu, não aprendeu nada ainda? Vem cá, seu bosta! Sabe aquela bola que tua avó tem em cima do dedão do pé? Chama JOANETE! É ali que tem que bater na bola, Flavio, me dá um pedaço de esparadrapo. É aqui, tá vendo, tem que pegar aqui!


– Olha seu Jair ali!

– Seu Jair, por gentileza, pode chegar aqui no campo? O senhor podia demonstrar a esses bostas como se bate na bola? Pra que chuteira, vai descalço mesmo, ô Amauri, olha pra essa porra, ISSO é joanete! Flavio, pega a barreira de lona, se esse homem acerta um dos garotos, mata.

-Ô Faria, eu lá sou de acertar em barreira? É gol ou trave! Deixa os garotos!

-Tá bom (mas cuidado, não vai me acertar o loirinho!). Olha aí, tão vendo? É assim que faz. Ô goleiro, ao menos finge, se mexe, ficar parado não adianta. Já vi que esse treino não vai dar certo hoje. Bota a barreira de lona, Amauri, vai bater falta até não conseguir pisar no chão. Reveza com o Genaro e o Paulão, Paulão, nada de colocar bola, tu só serve pra dar cacete. Não precisa de goleiro, pendura a camisa na trave e tem que acertar nela. Os beques, todo mundo fazendo linha de passe e contando, só acaba quando chegar em 100. Gordinho, mandou bem, mas aprende a fechar as pernas. Loirinho, tem futuro! Comprido, tu parece cego, ah, tá sem óculos… Olha o que me aparece aqui… Galera da primeira vez, vamos fazer o seguinte: reveza, um lança, o outro devolve de primeira para chutar em gol. Até o pé inchar. Goleiro, é pra enfiar a cara na bola, não pode entrar de jeito nenhum. Os outros titulares, aqui do meu lado. Vai todo mundo correr em volta do campo com o Alvaro. Vocês andam muito frouxos, semana que vem tem jogo treino em São Cristóvão. Na hora que defender pro lado do paredão tem que ser sem dar porradão, que se isolar na rua vai ter que pagar. Não adianta correr pra pegar que fica um monte de marmanjo lá pra roubar as bolas. Você também, Neném, deixa de preguiça.

-Faria, olha lá…

-Porra, Palito, tô vendo a garrafa debaixo da camisa, babaca! Vai subir e descer essa porra até fechar o clube, seu merda!

COMO UM TORCEDOR DE JANELA DE APARTAMENTO FOI PARAR NAS PÁGINAS DO JORNAL DO BRASIL

por Cesar Oliveira

Para Guy Câmara e Nelson Lima, tricolores de coração.


Estádio das Laranjeiras

Neeeeeeeeeeeense!… Neeeeeeeeeeeense!…

O grito apaixonado ecoava pelos ares da Rua Álvaro Chaves, no bairro das Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, bem em frente à sede do aristocrático Fluminense Football Club, a ponto de chamar a atenção das pessoas que estavam nas lotadas arquibancadas do estádio, e olhavam para cima.

Afinal, era um Fluminense x Grêmio, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro de 1991. E a torcida lotava o velho estadinho naquele dia 3 de março para ver o Fluminense derrotar os gaúchos pelo placar de 2×0, com dois gols do Super Ézio e belos passes do baiano Bobô.

Sentado na tribuna de imprensa do Estádio Manoel Schwarz, o veterano repórter do Jornal do Brasil, Oldemário Touguinhó (1935-2003), um dos mais importantes e respeitados de sua época, não entendia de onde vinham aqueles desbragados berros de torcedor. Por que as pessoas estavam olhando para cima?


Super Ézio comandou o Fluminense naquele jogo

Mas por que o Fluminense jogava nas Laranjeiras, depois de tanto tempo? É que o falecido Maracanã estava interditado para uma daquelas “obras” que, agora, a gente sabe para que serviam… Mas isso é papo para uma futura coluna (mas apenas se o Museu da Pelada me garantir um advogado pra me defender dos processos…).

 

 

A HISTÓRIA DO CAMPO DO FLUMINENSE

O campo fora inaugurado oficialmente em 1904, na então Rua Guanabara, com o campo no sentido longitudinal à rua que hoje se chama Pinheiro Machado. Foi mandada construir uma pequena arquibancada de madeira e, então, cobrados os primeiros ingressos de uma partida de futebol.


Em 1905, Eduardo Guinle – de tradicional família da elite financeira e social carioca desde a primeira década do século XX, fundadora da Docas de Santos e dona do Copacabana Palace Hotel – construiu, por sua conta, a primeira arquibancada de concreto em campos de futebol do Rio de Janeiro.

O estádio foi ampliado para o Sul-Americano daquele ano, vencido pelo Brasil, com o histórico gol de Arthur Friedenreich (1892-1969) que motivou a criação do chorinho “1×0”, de “Pixinguinha” (Alfredo da Rocha Viana Filho – 1897-1973) e do macaense Benedito Lacerda (1903-1958). No jogo da reinauguração, pelo Sul-Americano de 1919, o Brasil venceu o Chile por 6×0, sendo de Fried o primeiro gol do novo estádio.

A configuração do campo mudou em 1961, quando todo um anel, em uma faixa de terreno situada na Pinheiro Machado, foi demolido para a construção do sistema de tráfego do Túnel Santa Bárbara e duplicação da Rua Pinheiro Machado.

Isso aconteceu, depois de dois anos de entendimentos, iniciados com a Prefeitura do antigo Distrito Federal, e foram concluídos com o Governo do então Estado da Guanabara. O Fluminense teve então parte de seu terreno desapropriado, recebendo quase Cr$50 milhões e mais as áreas remanescentes dos terrenos da esquina das ruas Álvaro Chaves e Pinheiro Machado, no valor de Cr$31 milhões.

A IMPORTÂNCIA DAS LARANJEIRAS

Antes da existência de São Januário, o campo do CR Vasco da Gama (inaugurado em abril de 1927) e do Maracanã (construído para a Copa de 1950), o Estádio do Fluminense era o campo de futebol do Rio de Janeiro.

Nele, foram decididos 14 títulos de Campeonatos Cariocas, e dois títulos da Copa América, entre outros títulos importantes. Lá foram realizados também os Jogos Olímpicos Latino-Americanos em 1922. Foi o primeiro estádio do Brasil especialmente construído para grandes espetáculos.

No primeiro jogo ali, o Fluminense goleou o Paysandu Cricket por 7 a 1, no dia 3 de maio de 1906. Desse jogo, registra-se o primeiro gol contra de um Campeonato Carioca, marcado por W. Murray (do Paysandu), contra as suas próprias redes.

O Jornal do Brasil registrou:

“Inaugurou-se hontem como o grande meeting, a estação de football. A concurrência de circunstantes foi numerosa, podendo-se calcular em 1.000 pessoas. As amplas e elegantes archibancadas encheram-se au grand complet, e em todos notava-se muito interesse pelo match. O Fluminense fez-se representar por um team de respeito. Foi elle o vencedor do primeiro match, por sete golos a um”.

Hoje, o estádio do Fluminense abriga alguns treinamentos do time profissional, e comporta apenas oito mil pessoas. Em 1919, comportava 18 mil pessoas; em 1922, 25 mil. O recorde de público — 25.718 pessoas — é do Fla-Flu do primeiro turno do Carioca de 1925, com vitória do Fluminense por 3 a 1.

MAS… E O TORCEDOR QUE INCOMODAVA OLDEMÁRIO TOUGUINHÓ?


Tio Guy e Tia Sonia com a neta Melina, filha de Cláudia Naíra, em 1987

Eu lhes conto agora, senhoras e senhores: era meu tio Guy Câmara (1931-2002), desbragado torcedor do Fluminense, carioca do bairro da Saúde, casado com tia Sonia, irmã de minha mãe.

Tio Guy era um tremendo sacana, gostava de goró e crianças, e – quando eu era criança – se juntava aos meus outros tios, já marmanjos e até casados, na casa da vovó Hilda e vovô Nelson (outro tricolor…) para soltar pipa e cruzar à vera.

Meus avós maternos moravam numa vila que costeia uma colina na Rua Caminho do Mateus, no bairro da Abolição, subúrbio do Rio de Janeiro, o que lhes permitia ter uma visão da “baixada” lá embaixo (onde havia um campo de pelada, que lotava nos finais de semana) e passar o rodo nas pipas dos incautos, debicando de repente, com velocidade.

Impressionava que eles passavam cerol em um carretel “dos grandes” de linha 10 – já com a pipa no ar, em trabalho colaborativo – e, só depois, emendavam outro carretel. Era quase um quilômetro de linha, e iam cruzar em lugares que a nós, crianças, era impossível ver, tamanha a distância.

UM ACIDENTE DE CARRO MUDA NOSSAS VIDAS

Em 1964, Tio Guy dirigia um Gordini que foi fechado numa curva perigosa da Avenida Edson Passos, no Alto da Boa Vista, na Zona Norte do Rio de Janeiro, sofrendo grave acidente que vitimou fatalmente três membros de nossa família: meu tio Nelson Lima Jr. (fanático rubro-negro, casado com Marily, irmã de Guy) e minhas primas Márcia Maria (8 anos, filha dele) e Kátia Regina (4 anos, filha de Nelson e Marily). Depois disso, ele nunca mais foi o mesmo. Sempre teve, contudo, o desejo de “ficar perto” do seu Tricolor.

Então, um dia, com a aposentadoria pelo Banco do Brasil, onde fora funcionário por décadas, realizou o acalentado desejo: comprou um apartamento na Rua Álvaro Chaves, 44, bem em frente à portaria do Clube. Antes, morava num apê na mesma rua, mas de fundos. Ele não descansou enquanto não arrumou um bem de frente pro lendário gramado.

Por conta das dificuldades de locomoção, uma das sequelas o acidente, Tio Guy ficava na janela do apartamento 902, vendo treinos e jogos do seu tricolor. Sempre com uma bandeirinha tricolor, e sempre se manifestando – aos berros! – lá de cima.

E foi isso que chamou a atenção do Oldemário que, seguindo o faro que o fez lendário na profissão, fotografou o “maluco tricolor” daqui de baixo e foi atrás da história: tocou o interfone, se identificou e subiu para conhecer a história daquele fanático torcedor.

Vibrando com a vitória do Tricolor, Tio Guy e, com ele, num programa familiar de domingo, meu primo Márcio Marcio, engenheiro, que morava no Largo do Machado, mas fazia questão de ir até a casa do “velho” para, com ele, assistir os jogos.  

Hoje, meu Tio Guy vibra com o Fluminense ao lado do meu avô Nelson Lima, do Nelson Rodrigues, do Sobrenatural de Almeida e do Benício. E Mário Márcio, casado com Laura Regina e pai de Michel, preserva as lembranças tricolores do pai, que “contaminaram” a banda tricolor da família.

VEJA OS GOLS DA VITÓRIA TRICOLOR EM 1991 SOBRE O GRÊMIO

UM LIVRO DIFERENTE SOBRE O ESTÁDIO

Existe um ótimo livro online sobre o estádio, chamado “Estádio das Laranjeiras – Monumento Nacional”, que é “um projeto cultural de acesso livre e sem fins lucrativos” de Eduardo Coelho. O conteúdo e o design editorial são de autoria de Nelson Moreira e Luiza Silva.

Veja em https://pt.slideshare.net/luizasilva/estadio-laranjeiras-monumento-nacional

ALDEIA GLOBAL DO FUTEBOL

Buscava informações sobre esse encontro do Tio Guy com o Oldemário, e falei com minha prima Claudia Naíra, filha dele.

Ao mesmo tempo, pedi que o meu amigo Alexandre Mesquita, pesquisador vascaíno e fuçador de papeladas futebolísticas, também me ajudasse. Acabamos descobrindo que um tio do Alexandre – de nome Camillo – foi um dos maiores amigos do Tio Guy, era igualmente tricolor e foi várias vezes à “Arena Guy Câmara” ver o Fluminense de cima… Mundo pequeno!…

E quem me proporcionou recuperar no acervo do velho e bom Jornal do Brasil, a matéria e as informações para este texto, foi o professor e pesquisador tricolor Sergio Trigo, 44 anos, servidor público federal, autor de importantes livros sobre o seu Fluminense: “A verdadeira máquina tricolor” (iVentura, 2011) e “Bíblia do Fluminense” (Prime Books, 2014).

Por incrível que pareça, Sergio é amigo do meu primo Márcio Marcio…

Mundo pequeno é pouco!

AUXÍLIO LUXUOSO

“História dos Campeonatos Cariocas de Futebol –1906/2010”, de Roberto Assaf e Clovis Martins (Maquinaria, 2010)

“O livro das datas do futebol”, de Rodolfo M. Rodrigues (Panda Books, 2004)

Árvore Genealógica da “Família Lima Oliveira”, hospedada no site My Heritage

 

RESENHA TRICOLOR

entrevista: Sergio Pugliese e Itiro Tanabe | texto: André Mendonça | vídeo e edição: Daniel Perpetuo

Fim do ano é a época mais tradicional para os encontros entre os amigos e nas Laranjeiras não é diferente! Recentemente, a equipe do Museu da Pelada foi convidada para o 4º encontro dos ex-atletas do Fluminense, na sede do clube. Organizada por Helso Teia, a festa contou com a presença de craques de várias gerações do Tricolor e foi regada à muita cerveja e churrasco. Búfalo Gil, Carlos Roberto, Pintinho, Taílton Menezes, Alexandre Torres e os goleiros Paulo Goulart, Nielsen, Jorge Vitório e Ricardo Cruz foram alguns dos grandes jogadores que participaram do encontro.

Entrevistados pelo parceiro Itiro Tanabe, tricolor fanático, os craques não escondiam a alegria por participarem da festa ao lado de grandes amigos. Morando atualmente em Sevilha, Carlos Alberto Pintinho, um dos grandes jogadores da Máquina Tricolor, exaltou o evento:

– Esse encontro é maravilhoso! Devemos muito ao Helso, que conseguiu reunir toda a rapaziada! É muito importante para a família tricolor!


Pintinho, Sergio Pugliese e Alexandre Torres

Quem também marcou presença foi o ex-zagueiro Alexandre Torres, que atuou pelo Flu no fim da década de 80 e início de 90. Apesar de ser mais novo que muitos dos convidados, o ex-jogador revelou que convive com esse grupo desde a infância, pois seu pai, o saudoso Carlos Alberto Torres, o levava para a concentração e para alguns jogos da Máquina Tricolor.

– Tive o prazer de ver essas feras de perto! Tenho certeza que meu pai está observando a gente lá de cima e batendo palma para esse encontro!

O craque Taílton Menezes, que recentemente lançou o livro “Minha História de Amor Com o Flu”, era um dos mais alegres. Bicampeão carioca nas divisões de base do clube, o ex-jogador teve a carreira interrompida por problemas de diabete e, hoje em dia, faz sucesso na Rádio Cultura, de Itaboraí, onde se transforma na “Valquira Fashion” e diverte os ouvintes com a personagem.

Um dos momentos mais bacanas do evento foi a resenha entre os goleiros de várias gerações que vestiram a camisa tricolor. Jorge Vitório, muralha dos anos 60, Nielsen, camisa 1 da Máquina Tricolor, Paulo Goulart, campeão brasileiro pelo Flu em 84 e Ricardo Cruz, goleiro do fim dos anos 80, se deliciavam com o encontro e a admiração era unanimidade na resenha.

– O Fluminense sempre fez grandes goleiros! Eu sou prata da casa, vim do futebol de salão e tenho muito orgulho de ter jogado nesse clube! – afirmou Nielsen.

Paulo Goulart acrescentou em seguida:

– Aprendi muito com o Nielsen e tenho certeza que o Ricardo Cruz aprendeu alguma coisa comigo, pois ele veio logo depois! Essa é a alegria do nosso encontro!

– Cheguei a treinar junto com o Paulo Goulart, que sempre foi um ídolo pra mim, e fui muito ao Maracanã com meu pai assistir ao Nielsen! – lembrou Ricardo.

Veterano na resenha, Jorge Vitório, sem dúvidas, foi a grande inspiração dos goleiros que sucederam o ídolo tricolor. Tendo vestido a camisa do Fluminense de 1965 à 1973, Vitório participou das conquistas de três Campeonatos Cariocas, três Taças Guanabaras e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 70.

– Participei de um grupo muito bom! Além de serem grandes jogadores, eram grandes companheiros! Fico muito feliz de ter participado daquele time!

A equipe do Museu da Pelada partiu para outro compromisso, mas a festa dos ídolos do Fluminense varou a noite!