:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
Numa resenha, o boleiro Eduardo Alf (de Fla ao contrário, kkkk!!!) me pergunta o que achei de o técnico do Coritiba ter escalado Kléber Gladiador como capitão mesmo após ele ter dado uma cusparada no adversário. Sinceramente, Alf, não tenho tido prazer de comentar mais nada.
O país está do avesso, sem comando. Políticos fazem papel de palhaço, estádios são depredados por vândalos de torcidas organizadas, o Senado é invadido, nossos filhos são assassinados. No Brasil, o infrator sempre é beneficiado, Alf.
O jogador já tem o apelido de Gladiador. Quando não bate, cospe. E quando cospe vira capitão. Joga sob efeito suspensivo, faz dois gols e vira herói. E vamos que vamos!!!! O Mancini foi demitido da Chapecoense mesmo tendo sido campeão estadual com o time em frangalhos.
No Atlético Paranaense, Eduardo Baptista foi mandado embora e Paulo Autuori, que o indicou, se solidarizou e pediu demissão. Gesto nobre, raro nos dirigentes de hoje. E que nos surpreende, assim como nos surpreendemos com o fairplay de Rodrigo Caio.
O bem tem nos surpreendido. Até o balãozinho do Vinícius Júnior tem nos surpreendido. Hoje em dia, deu balão, fechou um contrato milionário. O belo está cada vez mais raro. Acho que o Alf ficou meio zonzo com o meu discurso e para não deixá-lo ir embora tão desmotivado como eu, contei que a última vitória do Flamengo sobre o Vasco, dentro de São Januário, foi em 73, com gol meu de falta em cima de Andrada, que costumava falar “La vem el negro” quando me aproximava da bola. O meio-campo do Fla tinha Liminha e Zé Mário.
Eu formava o ataque com Dadá Maravilha e Doval. O Vasco tinha Tostão, Silva, Eberval e Buglê. Nesse dia não teve briga e São Januário seguiu intacto. Alf sorriu, suspirou e perguntou: “Eram bons tempo, né, PC?”. Suspirei e parti.