por Marcos Vinicius Cabral
Ontem foi o último jogo oficial do goleiro Júlio César, que com o número 12 às costas e diante do América-MG, foi aplaudido por 52.106 torcedores.
Uma despedida discreta, convenhamos, para o terceiro goleiro que mais vezes vestiu a camisa número 1 do Flamengo, atrás apenas de Cantarelli, com 557 jogos e o saudoso Zé Carlos, falecido em 2009, com 352 jogos.
Quis o destino que seguisse os passos no futsal de três monstros sagrados rubro-negros: Zico – que jogou no River Football Club, em Piedade -, Júnior – que jogou no Sírio e Libanês, no Recreio dos Bandeirantes – e Leandro – que jogou no Tamoyo Esporte Clube, em Cabo Frio – quando vestiu pela primeira vez um par de luvas no Grajaú Country Club, em 1988.
Nascido em Duque de Caxias e criado na Penha, subúrbio do Rio de Janeiro, Júlio César chegou ao Flamengo aos 12 anos.
Aos 17, já era profissional e caiu nas graças da exigente torcida num Fla-Flu, ao defender um pênalti.
Saiu em 2005, conquistou o mundo e passados 21 anos, virou – merecidamente – idolo da maior torcida do Brasil.
Disputou duas Copas do Mundo e apesar do nefasto 7 a 1 contra os alemães no Mineirão, em 2014, esse não foi para mim, ao menos, motivo para lembrar dele.
Contudo, sua melhor atuação com a camisa do Flamengo foi o segundo jogo da final do Carioca de 2001, em pleno Maracanã.
E sobretudo naquela partida – conhecida como o tri no gol do Pet aos 43 minutos – com defesas improváveis, nosso arqueiro ajudaria na conquista daquele titulo.
Foi inesquecível!
Parabéns Júlio César e seja bem-vindo à seletíssima galeria dos imortais jogadores nesses quase 123 anos de história.