por Luis Filipe Chateaubriand
Em 1997, durante a Taça Guanabara, o time reserva do Botafogo despachou o time titular do Flamengo e, assim, habilitou o Vasco da Gama para disputar consigo a final do certame.
Botafogo x Vasco da Gama, final da Taça Guanabara de 1997, com vantagem do empate para o alvinegro de General Severiano.
Eu estava lá, vascaíno de quatro costados, nas arquibancadas do Maracanã.
Jogo começa, Vasco ataca, Gonçalves rebate.
Vasco alça bolas na área, Gonçalves cabeceia.
Vasco penetra pelo meio, Gonçalves dá o bote.
Vasco vem tabelando, Gonçalves sai jogando.
Vasco tenta o chute, Gonçalves bloqueia.
Gonçalves é absoluto, onipresente, desdobrado, altivo, impressionante!
Não bastasse ser o imperador da defesa, ainda vai ao ataque, levando perigo à defesa cruz maltina.
E, assim, ao final do jogo, o Botafogo contra ataca, e acha o gol, para sacramentar o título.
Imagina de quem?
Sim!
Dele!
Gonçalves!
Que foi de uma área à outra, recebeu o cruzamento, e testou forte, da entrada da grande área, no alto, a bola bateu no travessão e quicou dentro do gol!
Que atuação de gala!
Final de jogo, 1 x 0 para o Botafogo, título da Taça Guanabara garantido, 12 jogos, 12 vitórias, nenhum empate, nenhuma derrota.
Gonçalves foi o nome do jogo, uma atuação memorável, inesquecível!
Saio do estádio e volto para casa dividido.
Triste porque meu clube perdeu.
Mas feliz porque presenciei uma das maiores atuações individuais da história do futebol!
Luis Filipe Chateaubriand acompanha o futebol há mais 40 anos e é autor da obra “O Calendário dos 256 Principais Clubes do Futebol Brasileiro”. Email: luisfilipechateaubriand@gmail.com.