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Futebol

A IRRITANTE OBRIGAÇÃO DE DIZER O ÓBVIO

por Israel Cayo Campos


“Se a raça humana sobreviveu até hoje, foi graças a sua ineficiência.” Bertrand Russell. 

É complicado construir um texto sobre algo que me parece óbvio condenar, e se para mim parece óbvio, consequentemente presumo que para todas as sociedades humanas! Entretanto, o racismo e a xenofobia são temas que cada vez mais crescem no mundo inteiro. E consequentemente no futebol! Afinal, jogadores, torcedores e dirigentes não vieram da Lua (frase usada pelo mestre Saldanha) e por isso mesmo são uma parte dessa sociedade cada vez mais corrompida e doentia em que vivemos! 

O caso mais recente ocorreu na rodada do final de semana (dias 09 e 10 de novembro) do possante campeonato ucraniano. Os brasileiros Taison e Dentinho, jogadores do Shakhtar Donetsk sofreram ofensas racistas por parte da torcida do seu arquirrival, o Dynamo de Kiev no clássico disputado entre as duas equipes na casa do Dynamo. 

Taison, já no limite do que um ser humano pode aguentar, chutou a bola contra a torcida do Dynamo e estirou o dedo do meio em riste para a mesma. Acabou sendo expulso de campo! Os dois brasileiros deixaram o estádio em prantos. Na Ucrânia, ninguém parece ter achado nada demais. Afinal, as vítimas foram punidas! 

Franklin Foer em seu famoso livro “Como o futebol explica o mundo” de 2005, conta em seu capítulo intitulado “Os negros dos Cárpatos”, o como incomodam jogadores de pele negra não só os torcedores adversários na Ucrânia. Como também os jogadores dos próprios clubes que contratam esses jogadores! 

Ou seja, não há nada de novo! Talvez o que ocorra é uma potencialização de tais situações devido ao avanço das comunicações e das redes sociais! O que é um papel importante delas. 

Situações como essas vamos cansar de contar na história do futebol brasileiro e mundial: Dos uruguaios bicampeões olímpicos, Do pó de arroz do Fluminense, da luta do Vasco da Gama contra a federação carioca que não queria inserir negros no futebol, passando pela história de Barbosa e os goleiros negros, dos argentinos e uruguaios e suas piadas sobre os brasileiros serem “macaquitos”, do regime nazista e fascista no futebol, dos torcedores europeus imitando som de macacos, de torcedores brasileiros também tendo a mesma atitude para jogadores negros de nosso país… São tantas histórias que simplesmente se cada uma fosse narrada em detalhes dariam um livro de crônicas sobre o racismo no esporte. 

Vale lembrar, que associado ao racismo, as últimas décadas trazem um fenômeno intitulado xenofobia, que nada mais é do que a aversão de um povo nativo, a aquele que passa a conviver consigo em seu território! 

A França multiétnica do “Branco, Negro e Árabe”, que todos aplaudem na vitória, é o maior exemplo desse processo! Principalmente quando o país não vai bem em Copas do Mundo! Os ataques sempre sobram para a parte negra e árabe desse conceito multiétnico! Infelizmente só vemos as notícias boas de determinados locais! E nos alienamos achando que esses são os locais mais democráticos e respeitosos do planeta! 

Aqui já tivemos situações similares, nos anos 1990, vimos um ídolo de um clube ofender os nordestinos com alegações jocosas como “Um paraíba veio nos prejudicar na Paraíba”, sendo que o jogo nem era apitado por um paraibano, nem disputado no estado da Paraíba. Acho que todos sabem de quem estou falando! 

Um dos maiores gênios da humanidade, o renomado físico e astrônomo Carl Sagan entendia que a territorialidade existente nos esportes, era um mecanismo do homem primitivo. Que assim como seus primos genéticos, os chimpanzés, os seres humanos eram dotados de um forte senso territorial, e o esporte era uma forma de extravasar esse senso diante das “tribos inimigas”. 

Com certeza, uma explicação de caráter científico respeitável, mas que descarta o fato que mesmo dotados de tamanha “animalidade”, ainda possuímos a capacidade de refletir sobre nossas atitudes! 

Mas se formos enunciar cada um dos casos de racismo e xenofobia referentes apenas aos últimos 20 anos, dá para fazer um livro, ou até uma coletânea de crônicas. Vamos nos ater a um recorte menor, o ano de 2019! Que ainda não acabou, mas que já passou dos limites no tocante a racismo e xenofobia nos gramados mundiais! 

Separamos cinco casos importantes no Brasil e no exterior:

01 – Balotelli: O maior exemplo de quando racismo e xenofobia se unem! 


Balotelli é um atacante que dispensa apresentações. Quase veio atuar com a camisa do Flamengo este ano. Já figurou pelos grandes clubes da Itália, foi artilheiro, já defendeu a Seleção de seu país, mas parece nunca ter entrado na “goela” dos torcedores italianos. Principalmente aqueles conhecidos como ultras! 

Vale lembrar, que desde os anos 1990, ouvíamos jogadores como Cafú, Marcos Assunção, Aldair e Emerson da Roma, sofrerem injurias raciais na Itália! Principalmente dos torcedores da Lazio. Time que talvez tenha dentre as grandes ligas do planeta, a torcida mais racista! Mas voltemos ao Balotelli. 

Em jogo disputado contra o Verona, pelo campeonato italiano, já no limite de ouvir insultos racistas do adversário, o jogador do Bréscia pegou a bola em campo e chutou contra a torcida, ameaçando sair de campo caso aqueles xingamentos não fossem encerrados! 

Convencido a ficar em campo pelos jogadores aliados e adversários, ainda marcou um gol no jogo. Mas a federação italiana sequer se pronunciou sobre o fato! 

Filho adotivo de italianos, mas com raízes ganesas, Balotelli representa o racismo que a sua pele demonstra aos olhos de qualquer um, mas também a não aceitação por parte dos torcedores de que um estrangeiro possa ser bem-sucedido no país da Bota! Inclusive sendo a esperança de gols daqueles torcedores quando vestia a camisa da Esquadra Azzurra!

Como a fase já não é a do grande centroavante que fora há alguns anos, todos os ataques xenófobos a origem do jogador passa a surgir. Como se o mesmo fosse responsável pelo péssimo momento que a seleção italiana vem tendo! Seja com jogadores nativos, ou naturalizados! 

02 – Malcom e o Zenit:


Ex-jogador do Corinthians, com boa passagem por Bordeaux da França o brasileiro que estava no time do Barcelona, mas não foi muito aproveitado na temporada passada, foi vendido ao Zenit São Petersburgo da Rússia. 

Vale lembrar que o clube situado em uma das mais belas cidades russas não aceitava jogadores negros em seu esquete até o início desse século! Tendo que engolir jogadores estrangeiros, principalmente os de origens africanas, após perder a hegemonia de títulos para times que não tinham essa política! 

Vindo por 40 milhões de euros, em seu primeiro jogo já sofreu ataques por alas mais radicais da torcida do Zenit. Até um manifesto foi assinado para que ele deixasse o clube. Para que as tradições do time de São Petersburgo fossem mantidas! E por incrível que pareça, os diretores do time resolveram minimizar tais declarações da torcida! Como se elas não fossem nada demais! É bem provável que já em janeiro, com apenas seis meses de clube, e vindo a um preço tão alto, Malcom já seja negociado! 

03 – Bulgária e Inglaterra: As lamentáveis cenas dos torcedores.


Jogo em Sófia, os Ingleses golearam a fraca seleção búlgara por seis a zero em jogo válido pelas eliminatórias da Euro 2020! Mas o que chamou atenção foram os torcedores búlgaros, que além de xingarem jogadores negros ingleses de “macacos”, também passaram a fazer gestos nazistas em ataque aos ingleses! Vale lembrar que durante a Segunda Grande Guerra, os búlgaros foram aliados da Alemanha hitlerista, e consequentemente inimigos dos ingleses! 

O jogo foi interrompido duas vezes, e o juiz ameaçou encerrar a partida faltando quatro minutos para o fim do jogo! O zagueiro inglês Mings, foi o mais atacado! Mas os próprios jogadores ingleses decidiram permanecer até o final, mostrando dentro de campo, assim como seus compatriotas mostraram durante o maior conflito armado da história, quem eram os melhores e quem estavam com a razão! 

A Inglaterra se classificou, a Bulgária está praticamente fora, e a discussão foi parar entre os primeiros ministros de ambos os países tendo a UEFA como intermediadora, e lavando as mãos sobre o caso.

Apenas a cabeça do presidente da federação búlgara rolou…, mas nada mais aconteceu no tocante a medidas severas! 

04 – De volta a Itália, quando o seu próprio torcedor justifica o racismo do adversário! 

O jogo é entre Cagliari e Internazionale pelo campeonato italiano. Os torcedores do clube da Sardenha passam a ofender com cânticos racistas, o jogador da Inter, o Belga com raízes congolesas, Lukaku! A Itália está um caso sério! Mas isso não foi o pior! 

O pior foi os torcedores organizados da Inter, defenderem os torcedores do Cagliari em detrimento de seu próprio jogador! Sim, os torcedores da Inter defenderam o racismo contra seu próprio jogador alegando que na Itália atitudes racistas eram apenas para desestabilizar o adversário!

Seria patético se não fosse trágico!

Mas como tudo tem uma intenção, é óbvio que um torcedor que justifica uma atitude desse nível contra seu próprio clube, é porque quer ter o direito a agir da mesma forma com jogadores de outros clubes adversários! 

É a deturpação das palavras de Voltaire. Para esses ultras, eu defendo o direito de meu adversário ser racista com os jogadores do meu time, porque eu quero ter o direito de ser racista com os jogadores de outrem! 

E enquanto isso, a federação italiana de futebol, quando muito, aplica multas irrisórias para esses torcedores! 

05 – Também há no Brasil… 


Se formos citar casos recentes de racismo ocorridos no Brasil, fora os lembrados na introdução, ainda teríamos vários: O caso da torcida do Grêmio contra o então goleiro do Santos Aranha. “O planeta dos macacos”, forma pejorativa e racista com a qual a torcida do Grêmio se referia a torcida do Inter. O caso Grafite x Desabato. Danilo do Palmeiras que xingou Manoel, a época no Atlético Paranaense de Macaco e ainda cuspiu nele! O falecido capitão do tri Carlos Alberto Torres que também chamou em alto e bom som o juiz Paulo César de Oliveira de macaco. O caso Tinga e tantos outros… 

Mas como o recorte é o ano de 2019, vamos a uma bem recente, um dito torcedor do Atlético Mineiro contra os seguranças do estádio Mineirão. No último dia 10 de novembro. 

Revoltado com a atuação dos seguranças, um torcedor do clube Atlético Mineiro xinga o trabalhador de todos palavrões e em seguida dispara para o mesmo: Olha a sua cor? O segurança não se acovardou e começou a chamar o torcedor do Galo de racista. O mínimo, mas que não adiantou nada em mais uma injúria racial em nosso país.

Vale ao menos salientar a bela postura do Clube Atlético Mineiro em condenar a atitude de seu torcedor, e oferecer a justiça qualquer prova que seja necessária para que ele responda pelo crime cometido. 

O guerreiro de fim de semana (música da banda Iron Maiden que fala dos valentões dos estádios de futebol, mas que durante a semana se comportam como cidadãos de bem),  agora vai dizer que estava com a cabeça quente, que não é racista, que não queria ofender ninguém com uma injúria racial! Vai chorar, pedir perdão, é sempre assim… 

Conclusão:

O racismo no mundo todo, associado a xenofobia encontrou nos estádios de futebol uns de seus últimos redutos. Um local onde por trás de outras pessoas escondidas atrás de coros enormes, podem manifestar todo o atraso intelectual que possuem! 

E por mais que seja uma atitude condenável em qualquer cultura, enquanto os nacionalismos existirem, o racismo e ataques xenofóbicos serão justificados por idealismos de um mundo que já não existe mais, a não ser nesses redutos de incoerência. 

Ou seja, esperar que a federação ucraniana vá fazer algo realmente grave ao Dynamo de Kiev pelos torcedores que possui é puro devaneio! Assim como esperar que a Federação Russa puna o Zenit por seus torcedores aceitarem jogadores negros! Ou que a federação italiana puna os clubes do próprio torneio que montou é puro conto de fadas! Essas federações não vão estragar seus próprios campeonatos!  

Os principais responsáveis por atitudes que vão acabar com o racismo nos gramados são as grandes instituições continentais, tais como a UEFA e CONMEBOL, que pouco parecem querer resolver algo, e a FIFA.

Essa última que adora fazer vídeos, e programas contra o racismo no mundo, mas que na hora que encara o problema de frente, simplesmente ignora os fatos! Multinhas e perca de mando de um ou dois jogos de nada adiantam! 

É só lembrar o que a UEFA fez a alguns anos com o Hooliganismo inglês. Tirou todos os clubes de suas competições internacionais até que o problema foi resolvido. E foi! Tirar pontos dos clubes! Eliminá-los de competições de projeção mundial, multas severas aos clubes. Tais atitudes podem ser bem mais úteis do que um vídeo onde um jogador branco dá a mão a um jogador negro! 

Chega de racismo e xenofobia, sejam elas dentro ou fora de campo! Que o futebol pare de ser estragado por esse tipo de pessoas. Que elas voltam a idade média, cronologia que vos pertencem. Infelizmente, sendo realista, essa batalha ainda está muito longe de chegar ao seu final! Mas havemos de vencer!  

 

 

A ALEGRIA DO FUTEBOL (VAL ZECA)


As pernas tortas que trançam
Um balé diferente a plateia que grita
O parceiro que cai no gingado da dança
Levanta, persiste, ele repete a finta

Que brinca que zomba sem veemência
O par reclama estendido na grama
Ele salta pro meio, foge da violência
Ele não perde a elegância da trama

Vai seguindo, sambando e sorrindo
Mais um gol se aproxima delírios
Naquele lindo domingo de sol
Maraca lotado ele aplica um lençol

Lá vai Mané desfilando a plateia Vibrando ele a bola e pobre goleiro
E um tiro torto, certeiro no canto, Espanto elêncio, e o grito de gooolllllll

E o juiz apita e o jogo que finda.
Fecham se as cortinas e o espetáculo
Termina.

SÓ A EDUCAÇÃO PODE SALVAR O FUTEBOL

:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::


O futebol está desmoralizado e apenas a educação poderá salvá-lo. A educação é o principal pilar de desenvolvimento das nações e é justamente a falta de investimentos nessa área que deixa nosso Brasil degradado, destroçado e diminuído. Mas vou me ater ao futebol, pois ele já vem me desgastando o suficiente.

Nessa última semana, testemunhamos vários exemplos de falta de respeito e educação, desde o apresentador do canal esportivo que divertia-se imitando uma pessoa caindo para ironizar as quedas de Cuca e Rogério Ceni até o bate-boca entre treinador e jogador, ambos experientes e prestes a se aposentar. Essa mesma emissora lançou uma votação para saber qual o próximo treinador a cair. E os debatedores divertiam-se com a desgraça alheia.

Uma coisa é você opinar, criticar, esclarecer os motivos dessa dança das cadeiras e outra é você fazer piadinhas e ironizar esses profissionais. Eu mesmo sou um crítico ferrenho do estilo de muitos desses “professores”, mas jamais faria o que esses “jornalistas” fazem.

É lamentável tudo o que vem acontecendo, no campo e nas bancadas esportivas. Oswaldo de Oliveira mostrando o dedo do meio para a torcida, Mano Menezes batendo boca com a galera, o presidente do Palmeiras chutando o balde e Ganso dando uma de galo de briga. Gerson também deu uma encarada em Jorge Jesus. Talvez fosse uma boa ideia aproveitar essa onda de cartazes “Hoje tem gol do Gabigol” para enviarmos mensagens mais contundentes, como “Educação é bom e eu gosto”, “Quem simula em campo, simula na vida”, “Quer briga? Vai para o UFC” e “Hoje é dia de pagar indenização para as famílias dos meninos mortos no CT”. Meu estômago anda bem fraco. O VAR também merece um cartaz: “O VAR veio para beneficiar ou prejudicar?”.

O árbitro virou pavão! Eles ficam doidos para acontecer um lance duvidoso, pois todos os holofotes estarão direcionados para eles. E a interpretação final tem sido danosa para muitos clubes. Não vou ficar citando os lances, mas o certo é que não está funcionando de maneira justa, o que dá a impressão de um VAR tendencioso.

Os clubes com menos audiência, tadinhos, vão penar até o fim do campeonato. É bom que comecem a espernear logo porque, como diria o saudoso Chacrinha, que aniversariou segunda-feira passada, quem não se comunica se estrumbica, KKKKK.

Luxemburgo reclamou muito do gol anulado do Vasco e muitas outras polêmicas acontecerão porque nesse país a credibilidade está em baixa.

Perceberam que a coluna chegou ao fim e não consegui falar de futebol? Ele está em último plano. Por isso, decidi abrir uma fábrica de cartazes e já lanço alguns na próxima semana. Aceito sugestões, mas vou começar com esses: “Quero que VAR tudo para o inferno”, “A regra é clara, na dúvida beneficie o de maior audiência”, “Xingue seu técnico e vire capitão do time” e “Não me chamem para resenhas, vai dar m….”.      

O GOLEIRO DO CENTENÁRIO

Ser goleiro do Flamengo já é uma pressão imensurável, mas defender a meta rubro-negra no centenário do clube é uma responsabilidade e tanta! Por isso, a equipe do Museu quis saber mais sobre a história de Emerson, o camisa 1 daquela equipe que teve o ataque dos sonhos, mas não deslanchou.

Para quem não se lembra, a diretoria conseguiu reunir Sávio, Romário e Edmundo e a expectativa era gigantesca no ano em que o clube completava 100 anos!

– Os olhos do Brasil inteiro estavam voltados para cá! Apesar de não conquistar grandes resultados, foi uma grande experiência atuar naquele time! A pressão era muito grande!

Cria do Grêmio, Emerson atuou no Tricolor dos 8 aos 23 anos até ser negociado com o Flamengo em uma troca que envolveu também Paulo Nunes, Magno e o zagueiro Agnaldo. No Rubro-Negro, logo assumiu a titularidade e foi campeão da Taça Guanabara. Contudo, perdeu espaço e pouco atuou nos dois anos em que defendeu o clube.

À procura de novos desafios, rodou por América-RJ, Ituano e Bragantino até voltar ao Sul. Dessa vez, para vestir a camisa do Juventude e entrar para a história do clube.

– Vencemos a Copa do Brasil de 99 contra o Botafogo no Maracanã. É, até hoje, o maior título da história do Juventude e o último grande público do Maracanã! – orgulha-se o goleiro.

Se fazer parte da história da Juventude já não era o bastante, o arqueiro foi contratado pelo Bahia e não demorou para cair nas graças da torcida. Permaneceu no clube de 2000 a 2005 e é, até hoje, o goleiro que mais vestiu a camisa do Tricolor!

Ao ser perguntado sobre seu maior momento no Nordeste, Emerson não teve dúvidas:

– Em 2001, fui Bola de Prata e foi o último grande ano do Bahia. Fomos campeões baianos, do nordeste e terminamos em oitavo lugar no Campeonato Brasileiro!

Vale lembrar que, na época, o futebol nacional contava com grandes goleiros, como Júlio César, Rogério Ceni, Dida e Marcos! É ou não é para se orgulhar do feito?

Após pendurar as luvas, Emerson já realizou diversas atividades, mas todas elas relacionadas ao futebol:

– Minha vida é o esporte! – confessou.

Assista ao vídeo acima e confira a resenha completa!

ÍNDIOS, BRANCOS E A BOLA NO MEIO DE TUDO

por Alberto Lazaroni

A visita fez parte das ações pedagógicas do CIEP 449 Gov. Leonel de Moura Brizola Intercultural Brasil-França e juntou dois projetos da referida escola: o Clube de Ciências, coordenado pelo prof. Alberto Lazzaroni (Biologia) e o de Esportes, coordenado pelo prof. Flavio Cândido (Educação Física). O Clube de Ciências possui um projeto chamado RefugiArte no qual ciência, arte, cidadania, cultura e saúde são tratados de forma interdisciplinar tendo o tema Refugiados como eixo norteador (pano de fundo).

Dentro dessa ótica, realizar atividades com grupos indígenas faz parte dos objetivos do projeto pois podemos considerar que eles são refugiados dentro do seu próprio país. Além disso, nossa escola é intercultural desde a sua origem. Faz parte do projeto político pedagógico dela. Assim, ao sermos informados pelo prof. Flavio que na referida aldeia os indígenas possuem equipes de futebol, tanto masculina quanto feminina, pensamos na possibilidade de realizar um jogo de futebol entre eles e nossos alunos. Na oportunidade pudemos contar também com a presença do ator Jefter Paulo que ministrou uma oficina de teatro para os presentes, tanto alunos da escola quanto indígenas.

Foi um dia intenso, de muitas trocas, de muitas experiências vivenciadas. Os relatos foram altamente gratificantes e esse é o grande objetivo: o conhecer aproxima, estimula a empatia, diminui-se os preconceitos.