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Flamengo

ENTORTADOR DE CORPOS

por Serginho 5Bocas


Na minha época de menino, quis ser goleiro e ponta esquerda, posições logo abandonadas, a primeira por uma bolada que literalmente amassou e inchou meu dedo dentro da luva e a segunda por influência decisiva de meu pai, que dizia que jogar de ponta esquerda era furada, pois ficava perto da linha lateral e do treinador e na hora de substituir era sempre o sacrificado. Sábio seu Domingos, meu pai, que Deus o tenha em ótimo lugar.

Lenda ou verdade, naquele tempo ainda havia a figura do ponta esquerda e entre os melhores que vi jogar se destacam: Joãozinho, do Cruzeiro, João Paulo, do Santos, Zé Sergio, do São Paulo, Edér, do Atletico Mineiro e o Júlio César (Julinho) “Uri Geller”, o entortador de corpos do Flamengo.

Julinho era o ponta nato, partia para dentro e queria o drible em todas, fez muito sucesso no Flamengo de 1979 e 80. Era uma verdadeira atração nas excursões a Europa, os gringos ficavam doidos, pena não ter vídeos para comprovar, eu só tenho a narração do Garotinho da Rádio Nacional para testemunhar suas peripécias e o Jornal dos Sports para ampliar as diabruras.


Em 79 estava escangalhando os beques e a sua convocação através de Coutinho não demorou. Lembro que a manchete do Jornal dos Sports dizia que seria Julinho e mais 10, sem nenhum exagero, tal era a sua boa fase. No Rio, a torcida do Mengão mal podia esperar para vê-lo em ação com a amarelinha, mas veio uma contusão que não sarava e Julinho perdeu a sorte e o bonde da felicidade.

Perdeu o bonde da seleção, pois Coutinho foi substituído por Telê, que não era muito fã de dribladores, mas ainda deu tempo do craque ser campeão brasileiro de 1980 pelo Mengão. Depois foi negociado ao Talheres da Argentina.


Zico e Uri Geller aniversariam juntos

Na Argentina arrebentou. Foi considerado o melhor jogador do campeonato argentino naquele ano, superando inclusive o astro Maradona, e chegou a ser convidado a se naturalizar por Menoti, mas não aconteceu.

Carreira “curta” e de muitas porradas duras no campo e fora dele, mas prefiro ficar com as lembranças dos jogos nos torneios europeus de verão que curtia em meu inseparável radinho de pilha, dos jogos do Brasileiro de 80, dos dribles no lateral Márcio, do Atlético-MG, no amistoso das chuvas em 79 com a companhia real do Pelé, do drible de cinema em Uchoa, do América-RJ, dos inúmeros dribles em Orlando Lélé, entre outras lembranças maravilhosas.

O cara era a alegria do povo, foi uma das minhas maiores alegrias e inspirações de moleque e pena que vi pouco, deixou saudade boa.

Cansei de rezar literalmente para a bola ir para o lado dele no campo, só para ver o que ele faria com o lateral (qualquer um) do outro time. Sinceramente, não me lembro de nenhum lateral que tenha tido vida boa naqueles curtos dois anos de alegria.

Julinho pode não ter sido tudo que eu acreditava que ele era naquela época, não sei se foi uma “Chuva de verão”, um erro de julgamento de uma criança em seus 10, 11 anos, mas sei que fez parte decisivamente do meu imaginário, e das minha melhores lembranças de futebol arte. Foi meu herói e minha alegria nos campos de pelada, foi botão preferido (ao lado do Zico) na mesa verde e inspiração para partir pra dentro dos adversários nas peladas. Pena que foi tão efêmero…

PARABÉNS, JULINHO!

FUTEBOL E SAMBA

por André Felipe de Lima

Futebol e samba formam uma das mais harmoniosas relações culturais no Brasil. Ir a um estádio de futebol ou a um bar após os jogos e não ouvir um samba é como se estivéssemos assistindo a um “empolgante” clássico entre Spartak de Moscou e Dínamo de Kiev na antiga União Soviética sob um frio siberiano de quebrar os ossos. Aqui, samba na arquibancada é lei. Mesmo que divida espaço com alguns gritos importados de torcidas portenhas e adaptados pelas ditas “organizadas”. Não importa. O que cai no gosto do povo é o samba. “Domingo, eu vou ao Maracanã…”. Esse, sob a voz de Neguinho da Beija-Flor, é canção obrigatória. Tornou-se hino da inebriante festa promovida por torcedores ao perceberem que a fatura está liquidada a favor do time para que torcem. 


Beth Carvalho e Cartola

Futebol, samba, sambistas… estes sambistas que amam seus clubes. Cartola, especulam, teria feito das cores da sua Estação Primeira de Mangueira uma adaptação do pavilhão do seu amado Fluminense. Da bandeira tricolor, descoloriu o grená tornando-o rosa e manteve o verde. Daí nasceu a “Verde e Rosa” mais famosa do mundo. Cartola não foi, porém, quem imortalizou sambas sobre futebol. Um nome se destaca nesse quesito: Wilson Batista, um rubro-negro ferrenho que era capaz de chorar sangue pelo Flamengo. Fez dois sambas antológicos sobre o clube da Gávea.

Vascaínos sambistas também tem aos montes. Noel Rosa (que dizia torcer pelo Fausto, logo vascaíno, mas que também torcia pelo Monteiro, do Andarahy), Nelson Sargento, Martinho da Vila, Paulinho da Viola, Aldir Blanc, Luiz Melodia… nenhum deles imortalizou o Vascão em suas composições. De botafoguenses há também uma leva bacana, na qual integram Roberto Ribeiro (que foi goleiro do Goytacaz e chegou a treinar no Fluminense), Walter Alfaiate, Mauro Duarte e Beth Carvalho. É dela, da Beth, a letra do samba que embalou a torcida após o título carioca de 1989, que tirou o Botafogo da fila de espera após 21 anos de “jejum”: “Esse é o Botafogo que eu gosto/ Esse é o Botafogo que eu conheço/ Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus/ Deixa eu festejar que eu mereço/ Mas é esse/ Esse é o Botafogo que eu gosto/ Esse é o Botafogo que eu conheço/ Tanto tempo esperando esse momento, meu Deus/ Deixa eu festejar que eu mereço/ É tão bonito ver/ Minha gente sorrindo de emoção/ O meu Brasil/ De ponta a ponta chorando, vibrando/ Saudando o Botafogo campeão/ O meu Brasil/ De ponta a ponta chorando, vibrando/ Saudando o Glorioso campeão”. 

Mas foi Wilson Batista o sambista nitidamente mais empolgado. O primeiro samba dele sobre o seu amado Flamengo, “E o juiz apitou!”, é uma deliciosa crônica sobre o time do primeiro tricampeonato estadual (1942 a 44): “Eu tiro o domingo para descansar/ Mas não descansei/ Que louco eu fui/ Regressei do futebol/ Todo queimado de sol/ O Flamengo perdeu/ Pro Botafogo/ Amanhã vou trabalhar/ Meu patrão é Vascaíno/ E de mim vai zombar/ Foram noventa minutos/ Que eu sofri como louco/ Até ficar rouco/ Nandinho passa a Zizinho/ Zizinho serve a Pirilo/ Que preparou pra chutar/ Aí o juiz apitou/ O tempo regulamentar/ Que azar!”.

O segundo, “Samba Rubro-negro”, faz uma homenagem ao timaço tricampeão de 1953 a 55: “Flamengo joga amanhã/ Eu vou pra lá/ Vai haver mais um baile no Maracanã/ O mais querido
Tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge/ Pro Mengo ser campeão/ O mais querido/ Tem Rubens, Dequinha e Pavão/ Eu já rezei pra São Jorge/ Pro Mengo ser campeão/ Pode chover, pode o sol me queimar/ Que eu vou pra ver/ A charanga do Jaime tocar: Flamengo! Flamengo! / Tua glória é lutar/ Quando o Mengo perde/ Eu não quero almoçar/ Eu não quero jantar”. 

Em São Paulo, Adoniran Barbosa fez do seu Corinthians fonte de inspiração. Compôs “Corintiá – Meu amor é o Timão”. A letra diz assim: “Como é bom ser alvinegro/ Ontem, hoje e amanhã/ Respirar o ar mistura/ Do Tietê a Tatuapé/ Lá no alto a velha Penha/ Da Anchieta e Bandeirantes/ Ver São Jorge lá na lua/ Abençoando a fazendinha/ Onde mora um gigante
Tem igreja e tem biquinha/ Coríntia, Coríntia/ Meu amor é o Timão/ Corítina, cada minuto/ Dentro do meu coração/ Belém, Vila Maria e Mooca/ E São Paulo extensão/ Mogi, Guarulhos, Itaquera/ Tudo vibra Coringão/ É o Cornítia de ‘nóis’ tudo/ É paulista é campeão”. 

A paixão em verbo dos sambistas paulistanos pelo Corinthians não deve nada a de alguns do Rio pelo Flamengo ou Botafogo. Baltazar, centroavante inesquecível, cuja história lembramos recentemente nesta página, era um indefectível ídolo e seus gols de cabeça cativavam uma legião de fãs. Daí para o samba um pulo. Nasceu a marchinha carnavalesca “Gol de Baltazar”, nítida reverência ao Timão campeão paulista de 1954. A letra composta pelo corintiano Alfredo Borba é até hoje cantada pelos blocos no carnaval de São Paulo. Foi imortalizada na voz de Elza Laranjeira: “Gol de Baltazar/ Gol de Baltazar/ Salta o “Cabecinha”/ Um a zero no placar (bis)/ O Mosqueteiro, ninguém pode derrotar/ Carbone é o artilheiro espetacular/ Cláudio, Luizinho e Mário/ Julião, Roberto e Idário/ Homero, Olavo e Gilmar/ São os onze craques, que São Paulo vai consagrar”. 

Na década de 1970, o futebol incorporou o sambalanço de Jorge Ben Jor e de Bebeto. Nas rádios, as letras dos dois torcedores inveterados do Flamengo tocavam ad nauseam. Jorge Ben, que passeou pelos times infantis do clube da Gávea, foi o pioneiro. No seu cultuado álbum “Ben”, de 1972, ele fez de um jogador do Flamengo, o João Batista de Sales, mais conhecido como Fio Maravilha, o craque rubro-negro mais famoso de sua época. A letra foi, contudo, atabalhoadamente embargada na justiça pelo próprio Fio, que foi, provavelmente, muito mal instruído por cartolas e advogados chinfrins. Jorge Ben lamentou e alterou a letra para “Filho Maravilha”. Somente em 2007 é que o compositor pôde retomar a versão original autorizada pelo Fio Maravilha. Mas, aí, perdeu a magia. 

Deixando a paixão clubística de lado, Jorge Ben também fez sucesso com o sambalanço “Zagueiro”, do LP “Solta o Pavão” (1975), o mesmo que inclui “Jorge de Capadócia”. “Zagueiro” é uma verdadeira “lição” de como um beque deve fechar a zaga do time. Jamais perguntaram ao Jorge Ben o que o motivara a compor uma letra, digamos, futebolisticamente didática. Técnicos de hoje deveriam obrigar seus comandados a ouvi-la. 

No LP seguinte, o “África Brasil” (1976), Jorge Ben anunciou a célebre “Ponta de Lança Africano (Umbabarauma)”. Muita gente associa a música ao ídolo do Jorge Bem: Zico.

O samba psicodélico foi imortalizado pelo Jorge Ben, e ele jamais deixaria o futebol fora desse parangolé lingüístico na MPB dos anos de 1970.

Embalado pela conquista do título de Campeão Mundial pelo Flamengo, em 1981, no Japão, Bebeto compôs um sucesso estrondoso sobre o time do coração. “Arigatô, Flamengo” foi, sem revanchismo, cantada por torcedores de todos os times nos blocos e bailes do Carnaval de 1982. Hoje, a música está bloqueada até mesmo no Youtube por direitos autorais. Foi árdua a missão para achar um link com a gravação completa na Internet. Porém conseguimos.

Mas e Pelé? E Garrincha?… eles, os dois maiores ídolos do nosso futebol não mereceram sambas como homenagem? Sim, mereceram. E qual foi o primeiro samba ou chorinho sobre futebol? Muitos dirão: “E o Chico Buarque, tricolor, também compôs letra sobre futebol…”. Eu sei. Vão cobrar também: “Escolas de samba e futebol, quais sambas encantaram na Sapucaí?”. É papo que não acaba mais…

Mas estas e outras histórias ficarão para uma continuação desta série sobre samba, MPB e futebol. Enquanto isso, ouçam os excelentes sambas da rapaziada citada aí em cima. Até lá.

PAULO HENRIQUE FILHO

por Sergio Pugliese


Há uma semana encontrei com o Paulo Henrique, no Projeto Facão, de Guido Ferreira, na Praia da Barra. Foi levar o filho para treinar, adquirir preparo físico e representar bem a terceira geração de craques rubro-negros, afinal seu pai, também Paulo Henrique, fora ídolo da Nação. Enquanto o filhão treinava, ele ficou observando tudo de um quiosque enquanto teclava no laptop. O cara estava ótimo, forte, disposto, feliz e cheio de planos.

Mas aí veio esse tal de AVC, devastador, cruel, impiedoso. Procurei um vídeo que gravamos com ele logo após a conquista da Copinha. Parceiro, continuamos na área mostrando para a rapaziada que você foi grande!!!!!

NEGO BOM DE BOLA

texto: André Mendonça | vídeo e edição: Daniel Planel

O pré carnaval já começou no Rio de Janeiro e é claro que a equipe do Museu da Pelada, repleta de foliões, não ia ficar de fora dessa! Depois do sucesso na estreia, em 2016, o bloco Fla Master volta a desfilar na Praia da Barra da Tijuca neste ano e homenageará Adílio, “O Nego Bom de Bola”.

Como um craque que deu tantas alegrias aos torcedores rubro-negros não poderia ter um samba meia boca, Francisco Aquino, um dos líderes do bloco, convocou uma equipe de primeira qualidade e a equipe do Museu da Pelada teve a honra de marcar presença na gravação oficial do samba.


O timaço de bambas escalado por Aquino seria uma verdadeira panela no mundo das peladas: Mauro Diniz (cavaco e voz), Gilson Verde (violão de sete cordas) e João Diniz (voz). Para completar essa seleção, o próprio Adílio e o amigo inseparável Júlio César Uri Geller soltaram a voz na gravação do samba em um estúdio no Méier. Júlio César Uri Geller, aliás, mostrou estar com o físico em dia ao chegar ao local da gravação com sua bicicleta.

Embora a direção e produção da música tenha sido de Mauro Diniz, considerado o Zico do samba, a composição é do saudoso Marechal, vizinho de Adílio na Cruzada São Sebastião, e relembra brilhante trajetória de um dos maiores ídolos do Flamengo.

O desfile do Fla Máster acontece no dia 18 de fevereiro, a partir das 14h, no Posto 5 da Praia da Barra, e reunirá grandes craques do passado! Se você for rubro-negro…

NEGO BOM DE BOLA

Lá vem o Nego bom de bola, meu irmão
Morou na Cruzada e hoje é craque do Mengão


No campo quando começa a jogar
Fazendo o seu gingado é difícil de marcar
Finta pra lí, finta pra lá, finta pra cá
Com a bola nos pés ninguém consegue lhe tomar.

Eu vou dizer, você não vai acreditar
Quando o Nego pega a bola dá um show particular
É gol do Mengo, gol de Zico que olé
Foi passe de Adílio sempre com a bola no pé

Mas esse Nego é tão fácil de encontrar
Quem quiser ver o Adílio escuta o que eu vou te falar
Muito antes de cada jogo do Mengão
Ele está lá na Cruzada
Ou na Praia do Leblon

Lá vem o Nego…

ASSIM PARECE SER

por Marcos Vinicius Cabral


Numa época em que a qualidade técnica de um jogador era mais importante do que a parte física (isso começou a ganhar novos conceitos e ter contornos sutis com a derrocada da seleção brasileira na Copa da Espanha, em 82), alguns jogadores emergiram e cravaram seus nomes na galeria dos imortais.

Independentemente da posição, fosse goleiro ou ponta—esquerda (espécie hoje em extinção nos gramados), havia ali, um número considerável de jogadores que tiveram uma carreira vitoriosa e muito antes disso, foram campeões na vida.

Sem maquiagem ou roteiro com final feliz, ele foi à luta e superou algumas intempéries que nem o destino, conseguiu fazê -lo desistir.

Peremptoriamente, o destino não foi seu marcador mais implacável!

Assim foi Júlio César Uri Geller, que vendia sonhos (assim como todo garoto de sua idade), nos sinais de trânsito da vida e os transformou em realidade, nos gramados dos estádios do Brasil, principalmente no Maracanã, onde fazia diabruras com os indefesos marcadores.

De tanto se virar nas ruas, se virava como podia para treinar com os meninos da escolinha do Flamengo, nas décadas de 60 e 70, após inúmeras escapulidas dos imponentes muros do clube.

Diante de tal história e com uma perseverança incomum, digna de grandes vencedores, conquistou a torcida rubro—negra e dois jornalistas em especial: Ari Lopes (tricolor mas amante do futebol bem jogado) e Marcos Vinicius Cabral  (torcedor do ‘Mais Querido’ e saudosista por si só).

A receita fora prescrita, assinada pela obra do destino e sem saídas para livrar—se da marcação dos dois, o camisa 11 foi marcado de forma limpa, na bola e sem pontapés.

Não havia como fugir da gente! (risos)

Portanto, dessa vez, um dos maiores pontas do futebol brasileiro, que entortava facilmente seus pobres marcadores (assim como o mágico homônimo que entortava talheres), Júlio César Uri Geller vai virar livro.

Uma história de vida sofrida e que se assemelha ao seu eterno parceiro Adílio, com quem mantém laços de uma amizade que começou lá atrás, quando se enfrentaram nas ruas das comunidades onde foram criados para saber quem era o melhor, até envergarem juntos a camisa vermelha e preta, com as iniciais C.R.F mal costuradas no peito.

Com isso, quero aproveitar o ensejo e lhe agradecer por nos confiar tamanha responsabilidade.

Esperamos que sua vida, que será escrita através dessa biografia, seja tão bacana o quanto você é.

E eu, particularmente, me sinto honrado de fazer parte da biografia do Leandro e agora, fazer parte da sua biografia.

Que confronto bacana seria entre vocês, o Leandro te entortando e você, ora o entortando; ora sacudindo o ‘peixe—frito’ pra lá, e ora sendo sacudido pra cá…

Brincadeiras à parte, em primeiro lugar, quero agradecer a Deus por essa oportunidade única e também, lhe agradecer, por ser esse ser humano nota 11.

Abraços, abraços e abraços, Júlio César Uri Geller!