:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
O gol de Jô contra o Vasco foi com o braço e ponto. Ele sabe disso e ponto. O risinho debochado explicando o lance, tentando convencer Ramon, o lateral adversário, de que foi com o peito beira a falta de respeito.
O cinismo dói. Estamos cansados de assistir golpes e trapaças nas novelas e na vida real. Políticos e dirigentes são presos aos lotes. Alô, atletas, vocês são exemplos para milhares de crianças e para os próprios filhos!!!
Mas simular faltas virou estratégia de jogo e cavar pênaltis pode transformar o perna de pau no herói malandro. Maradona já fez gol de mão e até Nilton Santos deu dois passinhos para fora da área na tentativa de ludibriar o árbitro e escapar do pênalti. Escapou.
É preciso muito cuidado para que o futebol não se transforme num espetáculo onde os mais espertos vencem. Só a tecnologia pode estancar isso. E é preciso que seja rápido. Por que manter os árbitros atrás do gol? Façam uma estatística e digam quantas vezes eles evitaram uma injustiça.
Por que em alguns lances eles voltam atrás e em outros não? Na verdade, não só a tecnologia pode dar um ponto final nesse show de absurdos. Os clubes devem investir em educação, ensinar o valor da ética a seus profissionais, afinal eles representam os clubes!!!!
Quando Rodrigo Caio, do São Paulo, praticou o fair play foi carimbado na testa de “bobinho”. Só faltou “um sabe de nada, inocente” tatuado no peito como castigo por ter agido corretamente.
Perder a poesia, o futebol já perdeu; que não perca a vergonha na cara.