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Esporte

ENFERMAGEM NO ESPORTE

por Camilla Lino


Eu, Camilla Lino, enquanto estudante e voluntária durante o Pan e Parapan 2007 no RJ, vi a necessidade do Enfermeiro no Esporte. Mas, como começar? Nos livros, pouca literatura associando a Enfermagem. Na Internet, também pouco material. Então jurei a mim mesma que depois de formada, sairia a campo, nem que fosse na marra.

Depois de formada apresentei projetos a clubes de pouca expressão (porque é de pequeno que começamos) e infelizmente me decepcionei, pois fui assediada, ouvindo coisas desagradáveis que as mulheres escutam no meio masculino… Mas ok, sacudi a poeira. Na pós graduação em Enfermagem do Trabalho, fiz a monografia comparando o atleta como um trabalhador e a atuação do Enfermeiro no Esporte.

Nesse meio tempo, trabalhando de standby em ambulância de jogos de futebol, consegui a oportunidade de atuar no Barcelona do RJ, temporada 2011/2012. Fui feliz e dei o meu melhor apesar das limitações estruturais e financeiras.

Hoje, depois de anos dedicados à saúde do trabalhador, voltei ao esporte que é a minha paixão. Estou em outra empresa de ambulância, atuo na Seleção Paralimpica de Power Soccer (futebol em cadeira de rodas) e no Vasco Patriotas, equipe de Futebol Americano. Ainda trabalho de forma limitada devido à falta de estrutura, sendo voluntária, mas o amor à tudo que jurei no passado me move. Não vivo sem.


A prática esportiva (profissional ou amadora) com supervisão de profissionais aumenta a cada ano, porém há uma categoria que ainda não foi inclusa num DM ou nas Academias, que é a Enfermagem, onde o profissional de nível superior pode atuar na prevenção, promoção e reabilitação do cliente/paciente/atleta.

Sempre observo a evolução na Enfermagem Esportiva no mundo. Em Portugal, por exemplo, há pós graduação, mas por aqui ainda não devido à baixa procura de profissionais e instituições. É como se fosse a evolução do Massagista, onde uma parte fica com a Fisioterapia e a outra com a Enfermagem. Lembrando que os Massagistas que temos em atividade são importantes, fundamentais e recomendo ter aulas com eles. 

Seguem algumas atribuições do Enfermeiro Esportista:


Prevenção de lesões, estudar a atividade desenvolvida e as possíveis lesões características na prática do esporte, elaborando técnicas de prevenção;
 
– Tratamento de lesões, aplicar a técnica PRICE – pressão, restrição momentânea de movimento, gelo, compressão e elevação;
 
– Orientação pré e pós-operatória do atleta;
 
– Efetivação de curativos, limpeza do ferimento, escoriações e retirada de pontos;
 
– Administração, controle e assepsia de instrumentos e materiais a serem utilizados;
 
– Administração medicamentosa, inclusive soluções fisiológicas, glicofisiológicas e reposições eletrolítica, observando sempre a prescrição médica;
 
– Orientação antidoping, efeitos colaterais e coleta de material para detecção do doping;
 
– Auxílio na fisiologia do esporte, administrar isotônicos, carboidratos e suplementes vitamínicos.
 
Observar
 
Ao profissional de enfermagem cabe observar os atletas de maneira a detectar qualquer agravo a sua saúde. Ficar atento ao condicionamento cardiovascular e cardiorrespiratório do atleta é essencial para a aplicação das técnicas necessárias, caso ocorra algum tipo de lesão, contusão ou mal súbito

O TEXTO ACIMA TEM COMO FONTE:

http://www.ibacbrasil.com/noticias/enfermagem/a-atuacao-do-profissional-de-enfermagem-no-esporte

NO ESPORTE x ATRAVÉS DO ESPORTE

por Idel Halfen


Confesso não ser um grande entusiasta da expressão “marketing esportivo”. Isso se deve à descaracterização que essa atividade vem sofrendo ao longo do tempo e faz com que o mercado seja povoado, em grande parte, por “especialistas” que apenas gostam de esporte, sem, contudo, terem o devido conhecimento do que efetivamente vem a ser marketing.

Além do que, tenho como crença que o marketing é uma atividade indispensável a qualquer ramo de atuação e, dessa forma, sua aplicação é inerente ao esporte. 


Todavia, aproveitarei um conceito utilizado por alguns especialistas do ramo para desenvolver o tema que dá título ao artigo. Trata-se da divisão do marketing esportivo em duas vertentes: o marketing no esporte e o marketing através do esporte.

Segundo eles, o primeiro acontece através da aplicação do marketing nos agentes cuja atuação está relacionada primordialmente à atividade esportiva.

São esses, os clubes, as confederações, os atletas e as empresas que têm, em seu portfólio, produtos e serviços voltados ao segmento, como é o caso, por exemplo, de Adidas, Asics, Gatorade, além das agências e organizadores de eventos.

Já o marketing através do esporte contempla organizações e empresas que usam o esporte como plataforma de marketing. Partindo dessa vertente, chegamos ao cerne do artigo visto ser crescente o número de marcas, sem nenhuma relação prévia ou até sinergia com a atividade, que têm desfrutado da experiência de atuar no esporte.


E antes que venham creditar esse movimento à exposição proporcionada pela audiência dos grandes eventos, alerto que, em muitos desses, a política de aparição da marca nas arenas e ginásios é bastante restritiva, vide como exemplo os Jogos Olímpicos e o torneio de tênis de Wimbledon. Assim, podemos inferir que o grande motivador dessas marcas para a “entrada” no esporte, seja a possibilidade de associar seu posicionamento e imagem à superação, amizade, respeito, excelência e tantos outros princípios nobres atrelados à atividade.

Independentemente das razões ou da forma que o esporte tenha ligação com o marketing é fundamental que se saiba “o que é” e “para o que” serve o marketing.