por Vinícius Vieira
Ontem, após a eliminação da Espanha na Copa, vi alguns jovenzinhos e até mesmo jornalistas, um tanto preocupados com a queda do “futebol arte espanhol”. Bom, acompanho Copas do Mundo desde 1982, não sou tão velho, nem tão novo, mas posso afirmar que não acabou o “futebol arte espanhol”, acabou uma geração que jogava diferente de qualquer seleção espanhola vista em Copas do Mundo até 2010.
Na verdade, a seleção dos 1000 toques na bola era praticamente um time, o Barcelona, enxertado de dois ou três jogadores de outro clube, um deles o goleiro, vestindo uma camisa diferente da que envergavam aos finais de semana.
Jamais uma seleção jogou tão igual a um clube como a Espanha de 2010. Se buscarmos alguns vídeos de atuações espanholas em outras oportunidades, teremos o desprazer de ver um futebol não muito bonito, sempre corrido e marcado como a maioria das seleções europeias sempre praticaram.
A Espanha nunca foi diferente, nunca incomodou muito em Copas do Mundo, mesmo quando esta foi realizada em seus domínios, então podemos dizer que não morreu uma forma de jogar, morreu apenas uma geração que jogava de uma forma diferente e que, quase toda, defendia a camisa de um único clube, que não coincidentemente, jogava dessa forma.
Fique claro que não é nenhum desmerecimento a jogadores do talento de Iniesta e Xavi e companhia, apenas uma constatação de um fato que está registrado na história do futebol.