por Pedro Redig, de Londres
Do céu ao inferno e agora de volta ao paraíso. A estrela de David Luiz brilha e conquista a Premier League com todo o mérito. Outros grandes destaques do campeão inglês foram o meia Kanté e o armador Hazard.
O paulista de Diadema, que deixou o Vitória da Bahia para brilhar na Europa, passou pelo Benfica, ganhou a Liga dos Campeões e a Europa League com o Chelsea. Foi para o PSG carregando o fracasso da Copa de 2014.
Depois de dois títulos do Campeonato Francês, David Luiz foi comprado de volta pelo Chelsea e renasceu sob o comando do empolgado técnico Antonio Conte. O estrategista italiano queria montar uma defesa com três no meio, dois alas e escolheu o brasileiro de 30 anos para comandar a pirâmide lá atrás.
David fica no ápice, mais perto do goleiro, enquanto os outros ‘centrais’ Azpilicueta e Cahill cobrem os dois lados da área. Quanto o time é atacado, os meias Kanté e Matic ajudam a fechar o cerco e os alas Moses e Marcos Alonso voltam para defender as laterais.
O recado de Conte foi mais do que bem entendido. De uma hora para outra, David Luiz virou um zagueiro maduro, que não erra tanto porque arrisca menos e tem um estilo mais eficiente.
O empenho na salvação milagrosa de um gol certo da Espanha na final Copa das Confederações 2013 e a paixão que levou a tantas lágrimas no Mineirão um ano depois permanecem como traços fortes da personalidade do craque.
Ele também tem se mostrado que é um mestre do passe longo, um perigo nos escanteios e fez um golaço de falta considerado um dos mais bonitos da temporada.
Marcelo no Real Madrid e Daniel Alves na Juventus são outros defensores experientes que estão jogando o fino e vão se enfrentar na final da Liga dos Campeões. Juntos, estes três tem vaga em qualquer Seleção.
O David de hoje é seguramente um dos melhores zagueiros do mundo. Do jeito que está jogando, merece certamente a braçadeira de capitão do Brasil na Copa de 2018.