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Copa do Mundo

O MENINO E AS COPAS

por Marcelo Mendez


São boas as lembranças que tenho de 1978.

Eu já morava na Rua Tanger, no Parque novo Oratório, mas a minha vida ainda estava toda atrelada à velha casa da Avenida das Nações, onde nasci e onde moravam meus tios e primos. Era ainda a época do loteamento do 2º sub-distrito de Santo André, quando muita gente chegava para o lado de cá do rio que divide a cidade.

Um tempo diferente, com muito terreno vazio, ruas de terra e a vida sem pressa. Eram os anos em que as árvores do bairro ainda venciam a necessidade de se ter garagens para carros. Os carros, aliás, eram bem poucos no Parque Novo Oratório. Assim como os telefones…

Na rua em que morávamos, havia apenas um, o da Angélica. As pessoas davam uma graninha para ela e, então, recebiam recados, avisos de entrevistas de empregos e com um pouquinho de moedas a mais, dava até para ligar para o parente distante, maioria no Nordeste. Um dia daqueles, meu pai fez uso do serviço e depois voltou para nos contar:

– Liguei la para Tia Dete, vamos assistir a abertura da Copa na casa dela, em cores!

Copa?!


Aos 8 anos de idade eu não sabia bem ao certo o que era tal de “Copa do Mundo”, mas ouvindo as conversas dos primos mais velhos descobri que seria jogada num lugar chamado Argentina e que era uma coisa de futebol, então gostei muito. E por um tempo da minha vida, gostei demais.

Para contar dessa minha viagem pelo mundo das Copas, começa aqui essa série no Museu da Pelada. Semanalmente, sempre as quartas, contarei de um episódio ligado a essa competição que tanta gente move. Venham conosco e fiquem ligados que amanhã a primeira publicação sai do forno!

JOGOS HISTÓRICOS

por Otavio Leite

Brasil 2 x 0 União Soviética – 1958

Protagonistas: Pelé, Garrincha, Vavá, Didi, Lev Yashin e Igor Netto

Um adolescente infantilizado e um driblador irresponsável.

Dá para ganhar a Copa do Mundo apostando nessa dupla?

O técnico Vicente Feola é claro: a resposta é não.

Já os mais experientes do time, Didi, Nilton Santos e Bellini veem de maneira diferente.

É hora de ousar. De apostar no improvável, no inimaginável, naquilo que os europeus jamais conseguiriam prever e evitar.

É a hora de Pelé e Garrincha.

O adversário, a União Soviética, é a antítese de tudo isso.


Disciplinados, fisicamente preparados como superatletas e com uma abordagem científica do jogo que promete anular qualquer traço de improviso.

Um embate de estilos.

No gol, o grande Lev Yashin, o Aranha Negra, imponente e gelado, sempre de preto. A figura já intimida.

Às 19h, no estádio Ullevi, em Gotemburgo, os soviéticos dão a saída. 

O capitão Igor Netto, com sua aparência de agente da KGB, recebe de Ivanov e rola para Kuznetzov. O lateral dá passe longo para Iliyn que tenta forçar a jogada pela esquerda. 

É o último momento de paz para a União Soviética.

De Sordi, sem qualquer trabalho, toma a bola e serve Zito – outro que entra no time para nunca mais sair. A bola vai a Didi, que lança Garrincha.


Com uma balançada de corpo, Kuznetzov fica para trás e Mané já está na área. Prefere o chute sem ângulo em vez do cruzamento para Pelé e Vavá que fecham na área.

Mas, de Garrincha, nunca se espera o óbvio. A bola explode na trave e sai.

Os soviéticos se assustam.

No lance seguinte, Mané repete a jogada, mas serve Pelé. O Pequeno Príncipe solta a bomba. Trave outra vez.

Os soviéticos estão atônitos.

Ainda grogues pelos dois golpes, veem a bola chegar aos pés envenenados de Didi.

Cercado por Ivanov e Tsaryov e vigiado por Kesarev, o homem dos passes impossíveis faz com que a bola desfira uma trajetória embriagada que contraria qualquer lei física.


O passe com o lado de fora do pé direito, de curva, põe a bola por trás de seus marcadores e à frente de Vavá, que penetra pelo meio da área.

O artilheiro vascaíno controla de canhota e solta a bomba de pé direito na saída de Yashin. Golaço.

Com apenas três minutos de jogo!

Os soviéticos agora estão apavorados.

Não há resposta científica aos dribles de Garrincha, às arrancadas de Pelé ou aos passes de Didi.

Kuznetzov já não está mais sozinho diante de Mané. Tsaryov e Krijevski correm para ajudá-lo cada vez que a bola chega ao Anjo das Pernas Tortas.

Os soviéticos buscam o empate com Ivanov, que recebe de Voinov na entrada da área e bate seco para a defesa segura de Gylmar.

Com a vantagem, Didi, Zito e Zagallo “escondem a bola” com trocas de passes, esperando os espaços para buscar o trio ofensivo.

O segundo tempo começa com a bola nos pés de Pelé. Toque curto para Vavá e o recuo até Orlando. Novo lançamento para Garrincha. Mais desespero para a zaga soviética.

O domínio é total, mas o segundo gol não sai.

Aos 12 minutos, Didi dá meia-lua em Ivanov e levanta para Pelé, que tabela de cabeça com Vavá. Após quatro toques sem deixar a bola cair, o Leão da Copa domina na pequena área mas é abafado por Yashin.

Outra vez Garrincha desmonta a zaga soviética pela direita. O cruzamento chega até Zagallo, que bate mascado para nova defesa de Yashin.


Aos 32, De Sordi cobra falta para a área adversária. Pelé domina e busca a tabela com Vavá. A dupla envolve Tsaryov e Krijevski com toques rápidos e a bola fica dividida entre Vavá e Kesarev.

O brasileiro chega uma fração de segundo antes e desvia de Yashin para marcar o segundo gol.

Só não consegue se proteger da duríssima entrada de Kesarev, que crava as travas da chuteira na canela do atacante vascaíno.

Uma pancada tão forte que tira Vavá da partida seguinte, contra País de Gales.

O golaço não é apenas o ato final de jogo de Copa do Mundo. É o início de uma nova era no esporte.

A Era dos Supercraques.

Garrincha, Didi, Nilton Santos…

E do Rei do Futebol!

Antes de Pelé, ninguém no esporte jamais recebera um título de nobreza.

Aquela noite no dia 15 de junho de 1958 pôs o Brasil no mapa e mudou para sempre a história do futebol mundial. 

Ficha do Jogo

Brasil 2 x 0 União Soviética

Estádio Ullevi – Gotemburgo – 15/6/1958

Público: 51.000

Árbitro: Guigue (FRA)

Gols: Vavá (3 e 77)

BRASIL: Gylmar, De Sordi, Bellini (c), Orlando e N.Santos, Zito, Didi e Pelé, Garrincha, Vává e Zagalo. TEC: Vicente Feola

URSS: Yashin, Kesarev, Krijevski, Tsaryov e Kuznetsov, Voinov, A.Ivanov e V.Ivanov, Simonian, Netto (c) e Ilyin. TEC: Gavril Kachalin

MANÉ GARRINCHA, O DIABO DA COPA

por Marcelo Meira


No início andou de clube em clube, esperava na cerca. Queria uma oportunidade e agora havia saído lá das lonjuras de Pau Grande, Magé, RJ, para o estádio do Botafogo na zona sul carioca. Vinha de longe. Estigmatizavam suas pernas retorcidas e não lhe davam chance. Era quase noite e o teste já ia acabar. Acontecia ali uma peneira de jovens jogadores que tentavam a obtenção de um contrato para desembestar na vida. De repente disseram: entra aí.

O técnico era Gentil Cardoso e o seu marcador Nilton Santos, considerado, depois, pela crônica esportiva, o melhor beque do mundo ou a enciclopédia do futebol, dele ninguém se recordando ter sido driblado alguma vez. Ao pegar logo de início na bola, assumindo a ponta direita, as pernas tortas de Mané Garrincha gingaram e deixaram aquele que foi eleito pela FIFA como o maior lateral esquerdo de todos os tempos, de chuteiras para o alto. Espanto generalizado. Ninguém jamais havia visto isso. Diz a lenda que Nilton se levantou e bradou: contratem esse homem, ele tem que jogar do nosso lado! E foi o que aconteceu. Garrincha a partir dali iria disparar pelos campos de futebol do mundo inteiro.

Mané driblava e driblava, para lá e para cá, com quatro ou cinco marcadores em sua frente caindo uns por cima dos outros, sem soltar a bola ou perdê-la e a multidão nos estádios gargalhando em delírio uníssono fosse da sua galera ou do adversário. Certa vez em um Flamengo x Botafogo, no Maracanã à noite, a maior torcida do Brasil, na época a rubro-negra, ficou de pé aplaudindo o craque que havia driblado a sua própria defesa inteira antes de marcar o gol. Era o reconhecimento público incontestável até pelo principal rival do Botafogo, o Flamengo, coisa nunca dantes vista nas praças futebolísticas cariocas ou brasileiras.


Nelson Rodrigues um dos maiores cronistas desportivos em todos os tempos e que teve as mais contundentes tiradas asseverou que “toda unanimidade é burra”. Esquecia-se, se pudermos considerar válido o seu conceito, aquele mestre do jornalismo que Garrincha sempre idolatrado por ele era a única unanimidade inteligente do planeta terra. Ovacionado por todos os torcedores do mundo afora e aclamado em todos os campos de futebol por onde passou, deixou seu rastro indelével para todas as gerações futuras não contempladas ao vivo com os espetáculos que proporcionava. Mané independia de raça, clube, país, religião e tudo o mais. Era, foi e sempre será um mito a pairar na consciência futebolística mundial.

Conta-nos Mario Filho, em sua obra “O Negro no Futebol Brasileiro,” que numa excursão na Itália, preparatória para a Copa do Mundo de 1958 na Suécia, “Garrincha havia sido barrado depois de um gol que marcou contra a Fiorentina, o qual era o último de uma vitória de quatro a zero. Driblara toda a defesa italiana, inclusive o goleiro, o gol estava vazio, mas esperou que o beque voltasse para tirá-lo de debaixo dos três paus com outro drible. O beque saiu do gol, quando viu Garrincha entrando, de bola e tudo, quis voltar e bateu com a cara na trave.”

Era o dia 29 de Maio de 1958, vésperas da Copa. “Vicente Feola o técnico disse: nunca mais me entra no escrete. Carlos Nascimento, chefe da delegação brasileira, fez eco e gritou logo: irresponsável! Foi preciso que antes do jogo contra a Russia, Bellini, o capitão, Nilton Santos e Didi fossem a Feola para dizer:


– Seu Feola, viemos aqui para ganhar o campeonato do mundo. Sem Garrincha não vai dar pé.

E aí o Brasil arrancou em direção ao primeiro campeonato mundial que conquistou. Garrincha saiu de lá cognominado o Diabo da Copa.

Na competição de 1962 Garrincha foi Pelé e Garrincha ao mesmo tempo. Goleou de falta, de cabeça, de perna esquerda e driblando geral… um furacão. O Brasil venceu, era o bi-campeonato mundial. Pelé era o Rei e não pôde mais jogar o certame por uma contusão na virilha ocorrida logo no segundo jogo. Mas Garrincha estava ali, e como disse Mario Filho era “o Rei dos Reis”.

Foi conhecido como o diabo, demônio da Copa, a alegria do povo e na colocação de Vinicius de Moraes “o anjo de pernas tortas”, o qual escreveu e lhe dedicou um poema com esse título. Era um milagre que, inocentemente, zombava de todos os jogadores contrários que lhe apareciam pela frente. Não fazia questão, antes dos jogos internacionais em que participou, de saber o nome de seus marcadores, por isso em razão da difícil pronúncia para ele apelidou de “João” a todos quantos fintava incessantemente. O medo de ser o João da vez era espalhado. A firula ia sempre para a direita, na lateral do campo, quatro ou cinco lhe marcando, num espaço mínimo e mesmo assim eram ultrapassados.


As gargalhadas ecoavam nas plateias, estrondosas como sempre. Muitos jogadores após o drible mortal e caídos no gramado se levantavam para o agredir em face da desonra que consideravam ter lhes sido imposta, mas escutando o coro dos espectadores paravam, com vergonha de fazer qualquer coisa, por conta da gaiatice monumental proveniente das arquibancadas e cercanias. Nada mais lhes restava senão tentar e tentar novamente sem sucesso. Garrincha não revidava quando sofria falta e muitas vezes, ainda cambaleando no percurso do lance recuperava a jogada e com o pique mais rápido já visto no futebol assumia a lei da vantagem, partindo célere em direção ao gol para terror dos adversários.

Esse era o seu destino, jogar driblando por instinto e correr atrás da bola para executar o cruzamento ou marcar o golaço de placa. Havia, um lateral esquerdo do Vasco da Gama, Coronel, que sempre lhe agarrava pela camisa e a rasgava arrastado por Mané em seu tiro indefensável. Um outro, Altair, que jogava no Fluminense, mestre do carrinho, que era lícito, ao executar o bote para tentar barrar a passagem daquele semideus, deslizava pela grama e dificilmente conseguia acertá-lo. Mas foi Jordan lateral esquerdo do Flamengo a quem ele, numa manifestação de gratidão, atribuiu o título de seu melhor marcador apesar de que nunca tenha conseguido efetividade para interrupção de sua trajetória fulminante. Isso era perfeitamente explicável pois Jordan além de ser seu compadre jogava na bola e nunca lhe machucava.


Então foi assim que Garrincha construiu ou ajudou a construir atacantes que enriqueceram e se consagraram tal e qual Vavá, artilheiro da Copa de 62, pegando rebotes e lançamentos feitos por Mané e também Amarildo, Paulo Valentim, Quarentinha, todos do Botafogo e da seleção canarinho, bem como muitos outros. O povo soube reconhecer o seu ídolo com o seu melhor aplauso. Morreu pobre e doente o único jogador imarcável. O futebol por aqui decaiu, difícil conquistar uma Copa Mundial neste outro tempo, uma longa entressafra de craques. Querem surrupiar o direito previdenciário no Parlamento, fraudaram a carne e a política. Agora obedecendo o script nacional até o túmulo do Garrincha. É que seus restos mortais, verificou-se em maio de 2017, desapareceram do cemitério em Magé, RJ, onde ele foi sepultado, sem que houvesse ocorrido exumação. Valha-nos Deus e Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil!

PALPITES DO MATEUS: ANÁLISE DO GRUPO B

por Mateus Ribeiro


Chegou a vez do Grupo B da Copa do Mundo ser analisado. Desse grupo sairão os adversários dos classificados do Grupo A.

Temos um grupo um pouco mais forte que o primeiro, porém, um tanto quanto previsível, já que apenas Espanha e Portugal possuem camisa e tradição suficientes para passar de fase. Apesar do futebol ser uma caixa de surpresas, não dá para esperar o contrário.

Chega de conversa furada, e vamos para a análise.

Grupo B: Portugal, Espanha, Marrocos e Irã


Portugal:

A Seleção Portuguesa é uma das únicas do planeta a contar com um talento individual capaz de mudar a história de uma partida. Estamos falando de Cristiano Ronaldo. Entretanto, sempre é bom relembrar que uma andorinha só não faz verão. Pode se justificar que na Euro 2016, Portugal saiu com o caneco. Mas não custa relembrar que os gajos se classificaram aos trancos e barrancos, e que em mundiais Cristiano Ronaldo mostrou que dificilmente os portugueses podem almejar alguma coisa maior do que passar de fase, exceto pela Copa de 2006, quando o jovem não era o monstro que é hoje.

Possivelmente passe de fase com certa tranquilidade, restando saber se em primeiro ou segundo no grupo, com a resposta saindo do confronto com a Espanha.


Espanha:

Depois do fracasso em 2014, e de uma renovação, a Espanha pinta correndo por fora. Bons valores como Isco e Morata vão se juntar aos já veteranos Sergio Ramos, Iniesta, Busquets e o polêmico Diego Costa, o que garante uma estrutura muito forte. Após uma campanha tranquila nas Eliminatórias, os espanhóis foram beneficiados com uma chave de certa forma fraca, visto que Portugal não costuma complicar muito quando encontra seus vizinhos da Península Ibérica.

Passa de fase tranquilamente, e dependendo dos confrontos,  pode chegar na semifinal fugindo de alguma pedreira. Se chegar, briga pelo título.


Marrocos:

Marrocos quebrou uma maldição. Das Seleções que enfrentaram o Brasil em 1998 (além do Marrocos, Escócia e Noruega), nenhuma se classificou para nenhum Mundial, até os africanos quebrarem a escrita. O principal destaque de Marrocos é o defensor Benatia, que atua pela Juventus. A defesa, aliás, parece ser o principal trunfo dos marroquinos, que passaram pelas Eliminatórias Africanas sem sofrer gols.

Talvez seja pouco para enfrentar adversários mais tarimbados, mas serve de alento para que consigam uma campanha melhor do que o décimo primeiro lugar em 1986. Porém, a expectativa é que consigam apenas fazer uma primeira fase digna.


Irã:

Uma das primeiras seleções a garantir vaga na Rússia em 2018, o Irã passou pelas Eliminatórias de maneira invicta. Pela primeira vez, disputará duas Copas em sequência. Vale lembrar que em 2014, fizeram um jogo duríssimo contra a Argentina, e só perderam a partida no fim, com um chutaço de Messi. Da mesma forma que Marrocos, porém, a boa campanha pode não ser suficiente.

Sonha da mesma maneira que os marroquinos, mas provavelmente fique com os africanos na primeira fase, visto que o grupo é complicado, e a falta de um talento individual certamente será um grande problema.

Palpite:

Espanha passa em primeiro, Portugal em segundo. Marrocos em terceiro, e Irã, último colocado, voltam pra casa mais cedo.

Semana que vem voltamos com os palpites do Grupo C. Um abraço!

PALPITES DO MATEUS

por Mateus Ribeiro


2018 é ano de Copa do Mundo e, inevitavelmente, os apaixonados por futebol não conseguem pensar em outra coisa. Por isso, a partir de hoje, começamos a analisar os grupos do torneio mais importante do planeta.

O Grupo A da Copa do Mundo 2018 é um dos mais equilibrados da competição. O problema reside no fato de que o equilíbrio existe porque o grupo não possui nenhuma seleção capaz de causar muito medo em algum adversário.


A Rúsisa, dona da casa, luta para não conseguir a proeza de ser eliminada na primeira fase dentro dos seus domínios, “feito” que apenas a África do Sul conseguiu realizar, em 2010. Pelo que vimos na Copa das Confederações e na Eurocopa 2016, é bem difícil que isso aconteça.

Talvez o fator casa ajude, e o fato do grupo não ser nenhuma pedreira também. Mas fato é que não existe nenhum talento individual, tampouco força coletiva, capaz de fazer com que os russos sonhem com algo além da primeira fase. Briga pelo segundo lugar do grupo.


Já o Egito volta a disputar um mundial após 28 anos. Talvez seja a melhor seleção africana dos últimos tempos, o que também não ajuda muito, já que a Costa do Marfim tinha esse título nas últimas três Copas, e não conseguiu nada grandioso.

Mesmo assim, parece ser a segunda força do grupo, muito por conta do talento individual de Salah, que evoluiu muito, e hoje é um dos principais nomes da Premier League. Briga por uma vaga nas oitavas de final. Dificilmente passará disso, mas passar pela fase de grupos já seria uma grande conquista para os faraós.


O Uruguai, além da força de sua camisa, conta com dois dos melhores atacantes do planeta, Suárez e Cavani. Apesar de uma geração envelhecida, é a principal força do grupo, seja pela sua camisa, seja pelos jogadores que a vestem.

Apesar de já não ter o mesmo poderio de 2010 e de 2014, é a principal seleção do grupo, e uma das principais forças da América do Sul. Só não passa para as oitavas em caso de uma tragédia gigantesca.

Por fim, a seleção da Arábia Saudita volta a participar de um mundial, depois da ausência nas duas últimas edições. Dificilmente podemos esperar alguma coisa dos sauditas, que participarão da Copa pela quinta vez.


A classificação não foi das mais fáceis, e além de não possuir muita tradição em mundiais, não possui um talento capaz de decidir uma partida, ou uma classificação para a segunda fase. Provavelmente fica no meio do caminho, junto da seleção anfitriã.

Uma vez que dei os pitacos, volto a falar do grupo. Talvez, ao lado do grupo H, seja o mais enigmático da Copa. Podemos esperar qualquer coisa, inclusive partidas horrorosas, como Rússia x Arábia Saudita,  ou um jogo interessante como Uruguai x Egito. Mas, como tudo na vida, o ideal a fazer é esperar para ver, e se divertir com as partidas do grupo.

É bem provável que eu queime minha língua. E espero que vocês voltem aqui pra me cobrar se isso acontecer!

E você, qual seu palpite?

Um abraço, e até a próxima.