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claudio lovato filho

PERSONIFICAÇÃO DE UM ESPÍRITO GUERREIRO

Jogador do Grêmio nos anos 50 e 60, Milton Kuelle, o “Formiguinha”, foi campeão gaúcho nove vezes e fez parte de uma das linhas ofensivas mais idolatradas do clube em todos os tempos

por Cláudio Lovato Filho


Nos anos 50, sob o comando do lendário técnico Oswaldo Rolla, ele já jogava um futebol muito à frente de seu tempo. Meia-esquerda destro de muita movimentação, ajudava na defesa, às vezes se tonando quase um outrozagueiro, armava o jogo e, dono de aguçado faro de artilheiro, chegava à área adversária para fazer as redes balançarem, tanto que  é o oitavo maior goleador da história do Grêmio, com 129 gols.

Nascido em Porto Alegre, Milton Martins Kuelle completa 87 anos neste 22 de dezembro. Disputou 502 partidas pelo Grêmio, número que faz dele o sexto jogador que mais vezes vestiu a camisa do clube – o único que defendeu.Começou como juvenil, em 1952, aos 19 anos. De 1953 a 1965 foi nove vezes campeão gaúcho. Formou com Marino, Gessy, Juarez e Viera uma das mais celebradas e idolatradas linhas ofensivas do Tricolor em todos os tempos. Os cinco jogadores estão entre os 11 maiores artilheiros da história do Grêmio.

Milton foi um dos jogadores da mais completa confiança de Oswaldo Rolla, o Foguinho, que costumava dizer: “Para jogar no meu time não basta ser bom. Tem que correr”. Detentor de excelente preparo físico, Milton corria. E jogava. E defendia. E marcava. E armava. E fazia gols. E corria mais. Não por acaso ganhou do jornalista Mendes Ribeiro o apelido de Formiguinha.

A vida de jogador começou em 1952, como juvenil, quando a casa do Grêmio ainda era o Fortim da Baixada, no bairro Moinhos de Vento. Pouco mais de dois anos depois, em 19 de setembro de 1954, Milton participou do jogo inaugural do Estádio Olímpico: vitória do Grêmio sobre o Nacional, do Uruguai, por dois a zero. E, alguns dias antes de completar 79 anos, deu uma demonstração de seu talento para o público que assistiu a inauguração da Arena, em 8 de dezembro de 2012. Milton, naquele dia, conquistava assim a honra de ter pisado no gramado das três casas do Grêmio.


Formado em Odontologia na PUC-RS com o dinheiro que ganhou no futebol, Milton nunca se desligou do clube. Aliás, muito ao contrário disso. Foi técnico do Grêmio entre novembro de 1972 e agosto de 73 e, mais adiante, em 80, respondeu como técnico interino. Na campanha do primeiro título do Campeonato Brasileiro do clube, em 81, era o diretor de futebol, cargo que voltaria a ocupar em 99, quando o Grêmio levantou a taça da Copa Sul. Um dos maiores heróis gremistas, legenda tricolor, personificação do espírito de luta e do brio que estão contidos em cada segundo da existência do Grêmio, Milton prossegue hoje em plena atividade no dia a dia do clube, como conselheiro. 

Em outubro de 2012, pouco tempo antes da última partida realizada no Olímpico, ele declarou em reportagem da Band TV realizada no gramado do estádio: “Aqui é a minha catedral. Qual é a minha religião? Sou gremista”.

E nessa mesma ocasião, ao relembrar seus tempos de jogador, disse: “Ouvir a torcida gritar o nome da gente… Tem alguma coisa melhor que isso?”

O CRAQUE DAS CAMISETAS

por Cláudio Lovato Filho 

O gaúcho Pancho Rivas uniu o amor pelo desenho e pelo futebol e, há 15 anos, faz de sua arte um motivo de grande curtição para torcedores do Brasil (e do mundo) afora

 


Em 2006, Francisco “Pancho” Rivas resolveu unir duas grandes paixões: o desenho e o futebol. E há quase 15 anos é assim: produz camisas personalizadas, pintadas à mão, e as expõe em seu estande no tradicionalíssimo Brique da Redenção, no Parque Farroupilha, em Porto Alegre.

O estande de Pancho é ponto de visitação (e veneração) obrigatório para os amantes do futebol. Filho de uruguaio torcedor do Peñarol que se rendeu à paixão dos quatro filhos pelo Grêmio, e que a eles se juntou para passar a fazer parte da Nação Tricolor, Pancho pinta camisetas com a estampa de seus ídolos azuis-pretos-e-brancos, como a que mostra De León erguendo a taça da Libertadores de 1983 (adquirida por este que vos escreve em recente viagem a Porto Alegre), mas o acervo é vasto e desconhece fronteiras: tem Maradona, Cruyff, Cantona, George Best e muitos outros. Ah, sim, colorados, tem camiseta para vocês também: por exemplo, uma com o Valdomiro, o recordista de partidas pelo clube de vocês.

Nestes tempos de pandemia, Pancho tem se apoiado muito nas redes sociais para divulgar sua arte e tocar seu negócio. Para quem não mora em Porto Alegre nem tem planos de visitar a cidade, um dos caminhos é o Facebook: “Pancho Camisetas”. Entrega em qualquer lugar do país e até no exterior.


– Já recebi um pedido de um torcedor do Remo, de Belém do Pará, que queria várias camisetas com os maiores ídolos do clube. Fiz. Foi muito legal! – relata Pancho.

– Outro dia, uma senhora foi mostrando as camisetas, com o celular, para o filho que mora na Nova Zelândia, e foi assim que ele escolheu as dele! – relembra.

Pancho também é roqueiro. As camisas de futebol são esmagadora maioria no “elenco”, mas o velho e bomrock’n’roll também está presente: fãs de Neil Young, RoryGallagher e outros mestres terão com o que se emocionar, com certeza. Show.

Aos 55 anos, Pancho além de artista, amante do futebol e roqueiro, é um aglutinador e mobilizador dos artesãos de Porto Alegre. Está sempre atento às possibilidades de ocupação de espaços – tudo rigorosamente regular e de acordo com a boa ordem urbana – por aqueles que podem, devem e precisam levar à população aquilo sem o que a vida perde muito de seu encanto (embora nem todos se deem conta disso): arte.      

O NÚMERO 2, DO ANCHETA, COSTURADO TORTO

por Cláudio Lovato Filho


Era 1974, e o grande zagueiro central Atilio Genaro Ancheta usava a camiseta número 2. O lateral direito, Cláudio Radar, vestia a 4 (Everaldo jogou várias vezes na direita naquele ano, o último de sua carreira); o quarto-zagueiro, Beto Fuscão, a 3, e o lateral esquerdo,  Jorge Tabajara, a 6. Naquele 1974, minha camisa era a 2, do Ancheta. Eram tempos em que o número era costurado na camisa,e o número da minha camisa tinha sido costurado de forma errada: o pé do 2 ficou torto, enviesado para baixo. Aquilo foi motivo de gozação por parte dos meus parceiros de bola na calçada, claro.

Quem costurou o número – uma pessoa muito querida, uma pessoa que estava em nossas vidas já havia muito tempo – não sabia ler nem escrever, nunca tivera a chance de se alfabetizar lá na periferia da cidade de interior (também minha cidade natal) na qual nascera e fora criada. Mas ela costurou o número, porque foi um pedido meu, porque percebeu o quanto aquilo era importante para mim. Tentou do seu jeito. Fez o que podia. E eu fiquei feliz, embora soubesse que, bom, o pé do 2poderia ter ficado mais reto.

Aquele foi o ano da minha primeira Copa do Mundo acompanhada de fio a pavio, o ano de conhecer Johan Cruyff, o ano de pelear mais uma vez com o propósito de voltar a levantar a taça do Campeonato Gaúcho. Era mais um ano de militares no poder e de ver cada vez mais muros no Bom Fim, no Centro e em todos os outros bairros da cidade pichados assim: “Abaixo a Ditadura”.

Eu tinha 9 anos e estudava no à época chamado “Grupo Escolar” Othelo Rosa, na Avenida Independência quase esquina com a Rua Fernandes Vieira, um pequeno colégio público com o retrato de Ernesto Geisel na parede dos corredores, o presidente-general admirado pela diretora, e as fotos estavam com certeza em lugares demais, como se nos vigiando, como se nos dizendo: “Estou de olho em ti”.

Morávamos na Fernandes Vieira, num prediozinhoverde de três andares na quadra entre a Henrique Dias e a Oswaldo Aranha. Era um edifício sem encantos, típica moradia da classe média residente na região central de Porto Alegre, mas havia na entrada um pátio murado, de piso de concreto, e quantas vezes aquele pequeno retângulo tão urbano, tão do Bom Fim, tão porto-alegrense, virou um campo de jogo, um estádio, o meu Olímpico particular. Quantos sonhos vividos ali. 

Não foram tempos fáceis – nem em termos familiares nem nacionais -, mas o quanto isso realmente importava para um menino de 9 anos que andava pelas ruas do Bom Fim com a camisa 2, do Ancheta? 

Pensando em retrospectiva, me lembrando daquele tempo, sou levado a crer que uma das poucas coisas que estavam certas, irretocavelmente certas, era aquele número 2, do Ancheta, costurado torto na minha camisa. Torto e sinuoso como é o caminho de cada um de nós, porque a vida não é exata. “Navegar é preciso, viver não é preciso”. 

O QUE SÓ ELES VIRAM

por Claudio Lovato Filho


O primeiro obstáculo eles haviam transposto sem maiores dificuldades: arranjar uma desculpa para passar toda a tarde de domingo fora de casa.

Aproveitaram um fato verdadeiro para inserir nele sua mentira. Disseram que iam participar do plantio de mudas no parque da cidade, uma atividade voluntária da qual participava a escola em que estudavam.

– Mas nada de muita gente junta! Sem chegar muito perto de ninguém! – disse a mãe de um deles.  

– Não tirem a máscara! – disse o pai do outro.

Receberam permissão e, depois do almoço e de muita comunicação por mensagens de dentro de seus quartos, encontraram-se no ponto de ônibus, com suas mochilas e máscaras com o escudo do clube. No ônibus falaram pouco, porque estavam nervosos, mas a verdade é que nem precisavam conversar, porque já estava tudo planejado.   

O ônibus os deixou muito além do ponto do parque. Desceram em frente ao estádio.

Ao lado do campo da escolinha, no qual eles jogavam todas as quartas-feiras à tarde, estavam construindo o estacionamento do estádio. Era uma obra pequena, para um estádio pequeno de uma cidade pequena. Havia uma rampa de serviço, provisória, porque o estacionamento teria dois níveis. Projeto modesto, mas bem-feito. E essa rampa, em certo ponto, praticamente se encontrava, de forma paralela, com o muro que fazia o limite do setor oeste das arquibancadas, o setor diametralmente oposto ao das sociais do estádio. Havia apenas um pequeno (embora perigoso, é verdade) vão que separava a rampa feita de madeira e o alto do muro. Era por ali que eles entrariam. Era por ali que tentariam entrar.  

Primeiro se certificaram de que não havia vigilantes por perto.

– Devem estar trabalhando no jogo! – disse João Carlos, e Pedro apenas balançou a cabeça em sinal de concordância.

Entraram no terreno da escolinha, avançaram, se esgueirando, como se estivessem numa frente de batalha na guerra ou no meio de um tiroteio de gangues, e chegaram ao pé da rampa sem serem vistos. Avançaram, pé ante pé, cautelosos, tensos, contendo até a respiração, aqui e ali. Então chegaram ao ponto em que a lateral da rampa quase encostava no alto do muro que limitava as arquibancadas. Olharam um para outro.

– Tem que se agarrar no muro e depois passar as pernas – disse Pedro, e agora foi João Carlos quem apenas balançou a cabeça.

Primeiro foi Pedro. Com um pouco de esforço, conseguiu. Já do lado de dentro do estádio, de pé no que era o último degrau das arquibancadas, olhando o tempo todo para um lado e para outro, para conferir se alguém o tinha visto, ele fez sinal para João Carlos, que, apesar de ser mais alto e pesado que o amigo, conseguiu realizar a operação a contento.

Tinha dado certo. Haviam entrado no estádio.

Os dois times já estavam em campo. O time deles, o dono da casa, com o uniforme número 1, completo. Havia apenas alguns repórteres e fotógrafos. Da TV, apenas uma equipe.  

Então o árbitro pediu que fosse feito um minuto de silêncio em respeito aos mortos na pandemia. “Tanta gente que se foi, meu Deus do céu!”, João Carlos ouvia o pai dizer a cada jogo que assistiam na TV. 

O juiz apitou o início o jogo, e o que os dois amigos passaram a presenciar a partir de então foi uma experiência totalmente nova para eles, que, apesar da pouca idade, já estavam acostumados a assistir jogos no estádio. Ouviam tudo o que o seu Tadeu, o técnico, dizia (gritava) e também o que o treinador do time adversário gritava (berrava). Ouviam os que os jogadores falavam uns para os outros. João Carlos e Pedro só não estranharam mais porque, alunos da escolinha que eram, volta e meia conseguiam assistir a um treino do time profissional, mas, ainda assim, aquilo que estavam presenciando, numa partida oficial valendo pontos, era uma coisa totalmente diferente.

Tomaram o cuidado de ficar atrás de uma coluna, no alto das arquibancadas, escondidos. 

O jogo se resumia a um infindável perde-ganha entre as duas intermediárias. Nada de lances de área. Mas para eles isso não era o mais importante. O que interessava mesmo era estar dentro do estádio, vendo jogar o time que amavam de todo o coração.

Veio o intervalo. Abriram as mochilas e tiraram delas copinhos de água iguais aos que os jogadores recebiam durante os treinos e jogos.

Imóveis e calados, eles viram os times voltarem a campo. O jogo foi reiniciado e prosseguiu em sua toada de muita disputa no meio-campo e feriado para os goleiros. Mas isso foi interrompido de maneira repentina e completamente inesperada lá pela metade do segundo tempo. O futebol e sua maravilhosa capacidade de surpreender e encantar. De uma hora para outra, a magia acontece. O futebol.

A bola veio do goleiro, uma reposição de bola para o grande círculo. O chutão encontrou Luiz Rafael, o atacante que costumava dizer que era o último centroavante do mundo, o garoto tatuado e marrento de quem João Carlos e Pedro eram fãs incondicionais. A partir daí foi tudo muito rápido. Cercado por três adversários – dois zagueiros e o lateral-esquerdo –, Luiz Rafael matou a bola no peito e, de costas, deu um lençol no lateral. Quando se virou, deixou a bola quicar uma vez, ela subiu muito e ele teve que aplicar um drible de cabeça num dos zagueiros, um testaço que permitiu que começasse a avançar em alta velocidade em direção à grande área. Percebeu o goleiro se armando todo para sair do gol e também a aproximação do outro zagueiro, que primeiramente tentou lhe puxar pela camisa, e depois, sem conseguir sucesso no primeiro intento, apelou para o carrinho por trás, um carrinho desesperado e assassino que Luiz Rafael evitou com um salto, deixando o defensor deitado. Com os outros dois marcadores ainda em seu encalço, mas já distantes e conscientes de que não conseguiriamcontê-lo, ele ficou cara a cara com o goleiro. Ameaçou a batida rasteira, no canto, o goleiro se jogou para o lado em que pensou que bola ia, e foi então que o atrevido e habilidoso camisa 9 deu uma cavadinha e fez a bola morrer lindamente no fundo da rede, bem no meio do gol.

Naquele exato momento, João Carlos, sem conseguir se conter, gritou a pleno pulmões:

– Puta que pariu!!!

E no meio do alvoroço das comemorações do time lá no campo, um funcionário do clube ouviu o grito, olhou para cima e viu os dois. Quando perceberam que o sujeito estava mexendo no celular, enquanto continua a olhar para eles, resolveram se mandar. Correram. 

No trajeto entre a arquibancada e a rampa, e entre a rampa e o terreno da escolinha, e entre o terreno da escolinha e o ponto de ônibus, só o que eles conseguiam dizer uma para o outro era: 

– Tu viu o que ele fez? Tu viu???

E entre risos e exclamações atônitas e a certeza de que haviam presenciado um momento especial na história do clube e, principalmente, em sua própria história pessoal, eles foram para casa com seu segredo bem guardado e com uma felicidade orgulhosa que era maior que tudo – um sentimento que, ao que tudo indicava, os acompanharia pela vida afora, com as novas roupagens que o tempo sempre traz.

Daqui a um tempo, muito tempo, eles contarão aquela história aos amigos e aos filhos e aos netos,em ocasiões diferentes, e, em alguns casos, mais de uma vez para as mesmas pessoas; contarão que estavam no estádio quando Luiz Rafael fez “aquele” gol. E muitos duvidarão da história, claro, ou todos, e muitos rirão e balançarão a cabeça ao ouvir o relato, porque, afinal, aqueles eram tempos de pandemia, e não havia torcida nos estádios. Mas eles, João Carlos e Pedro, saberão. Lembrarão em detalhes daquilo que viram – daquilo que, de uma forma muito especial e muito única, só eles viram.

SAUDAÇÕES AO GUERREIRO

por Claudio Lovato Filho


Ele foi um dos heróis que conduziram o Grêmio numa travessia fundamental.

Com ele, enfrentamos a seca de títulos em boa parte dos anos 70, mas também com ele viramos o jogo.

Formou com Victor Hugo e Tadeu Ricci um meio-campo que todo o gremista recita como parte de um poema épico.

Fez o gol mais rápido da história dos Grenais, aos 14 segundos de jogo, em 14 de agosto de 1977. Uma festa inesquecível no Olímpico. Um sinal claro de que as coisas estavam mudando.

Deu o passe para um dos gols mais importantes da história do Grêmio, o gol que decretou o título estadual que abriu caminho para a conquista do país, do continente e do mundo, o gol de André Catimba na final do Gauchão daquele abençoado ano da graça de 1977. Passe de esquerda, que não era a perna de preferência. Passe milimétrico, passe perfeito, passe de quem sabe – porque ele não era apenas raça e coragem; tinha muita bola no pé também.

Defendeu o Grêmio, como jogador, entre 1971 e 1980. Depois virou conselheiro e dirigente, mas tudo isso – jogador, conselheiro, dirigente –, tudo isso sempre esteve subordinado ao torcedor apaixonado que ele sempre foi desde menino. Ele lutou, chorou e sorriu por causa da camisa azul-preta-e-branca. E a honrou de forma exemplar.

Assim foi desde os tempos do bairro Jardim Floresta, na Zona Norte de Porto Alegre, onde foi criado. Filho de imigrantes russos, passou a infância trabalhando na loja de próteses dentárias fundada pelo pai – e jogando bola, claro.

Júlio Titow, o Iúra, o camisa 8 que foi o mesmo guerreiro nos tempos de vento contra e nos tempos de maré a favor, está completando 68 anos hoje.

Salve Iúra! Parabéns, Passarinho! A Nação Tricolor te parabeniza, te abraça e te agradece por tudo, que não foi pouco.

Tu és, dentre os nossos ídolos, um dos que, de maneira mais precisa, personificam a nossa história, a nossa identidade.