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Carlos Alberto Pintinho

CARLOS ALBERTO PINTINHO, O PATRÃO DA BOLA

por Luis Filipe Chateaubriand

Foto: Marcelo Tabach

Quem viu Carlos Alberto Pintinho jogar bola, é um privilegiado!

Jogador de técnica e de força, defendeu o Fluminense e o Vasco da Gama, antes de ir exibir sua arte em campos espanhóis.

Era um volante clássico, daqueles que defendem sem fazer uso da violência e armam o time para o ataque.

Assim, fazia o que queria com a bola, seja para interceptá-la, seja para fazê-la correr.

Aliás, Pintinho é do tempo que quem tinha que correr era a bola, e não os jogadores.

A frustação, para Pintinho, foi não ter jogado muitas vezes na Seleção Brasileira.

A concorrência era alta: Falcão, Toninho Cerezo, Paulo Cesar Carpegiani, dentre outros.

Mas que o mancebo “tinha bola” para jogar na Seleção, não se discute. Esse era Carlos Alberto Pintinho, show de bola, literalmente.

O REENCONTRO

A equipe do Museu da Pelada foi até o Caçador, restaurante tradicional na Tijuca, para promover um encontro bacana entre o craque Carlos Alberto Pintinho e seus companheiros de futebol de salão do América-RJ na infância.

– Eu acho que é até mais de 50 anos sem vê-los! Vai ser emocionante! – disparou Pintinho, antes de todos chegarem!

Aos poucos, a rapaziada foi chegando e a festa foi ficando completa. Orgulhoso, Niterói mostrava fotos da época no celular:

– Essa é de 1968!

– Joguei com eles em 1965, tem 54 anos. Depois nós fomos vice em 1966, quando perdemos para o Fluminense! Lembro que o goleiro deles era o Nielsen! – lembrou Garrinchinha!

Entre uma cerveja e outra, as feras lembravam histórias da época e se sentiam cada vez mais à vontade! Era como se um filme passasse na cabeça de cada um deles:

– Nunca imaginei que ia reencontrá-los! – confessou Pintinho!

Privilegiado, o goleiro Fernando revelou que a bola quase não chegava no seu gol e ele só tinha o “trabalho” de apreciar aquela molecada brincando de bola!

Pintinho, claro, foi o que chegou mais distante deles e, por isso, foi reverenciado pelos colegas. Durante a resenha, no entanto, a rapaziada apontou Albino como o craque que não foi descoberto!

– Dizem que jogava mais que o Pintinho! – gritaram!

– Impossível! Ele foi um dos maiores cabeças de áreas da história! – negou o humilde Albino!

Com compromisso marcado, a equipe do Museu recolheu os equipamento e teve que se despedir! Sabe-se lá que horas a rapaziada terminou essa resenha maravilhosa e pediu a saideira!