:::: por Paulo Cezar Caju ::::
Alô, saudosistas de plantão, na próxima terça-feira, às 20h, no Museu do Futebol, em São Paulo, o negão aqui estará na telona, na inauguração do 7º CineFoot, estrelando “Barba, Cabelo e Bigode”, sem qualquer exagero, um filmaço de Lucio Branco. Eu sou o Cabelo, Nei Conceição, o bigode, e Afonsinho, a barba. É muita poesia envolvida!
Assistindo, vocês entenderão um pouco de minha ranzinzice com o futebol atual. Nem falo de qualidade, mas de comportamento, de conteúdo. O Lucio Branco conseguiu abocanhar essa poesia e algumas cenas nos levam às lágrimas, como Nei e Afonso, amigos inseparáveis, tocando a bola na beira da praia e caminhando pelas ruas de Paquetá. Aquilo era futebol. Não precisava nem do Maracanã para fazermos futebol porque futebol vai muito além dos gramados. Chega, eu preciso comentar é sobre o futebol atual.
Então aí vai: quer dizer que para não cair o Inter trouxe o Argel, depois o Falcão, Celso Roth e, agora, o Isca? Deixa pra lá! Só lembrando que o Vasco já perdeu para o Ceará, no Maracanã, numa dessas Segundas Divisões que o clube participou. Mandaram o Levir Culpi embora faltando quatro rodadas para o campeonato terminar. Coisa de gênio.
Outro dia ouvi uma horrível sobre o Flamengo e seu cheirinho: agora de hepta só restou o endereço do clube, na Lagoa, na Epta-cio Pessoa, meu Deus! Não reclamo dos treinadores do Sul, mas da escola retranqueira. Cuca é do Paraná, vizinho dos gaúchos, que dominam o futebol, mas não foi influenciado. Apesar de ter algumas recaídas, seus times são mais ofensivos e ele merece ser campeão.
Pronto, falei, agora deixa eu voltar a pensar naquele tempo em que até o nome dos craques carregavam poesia: Nei Conceição, preciso dizer mais alguma coisa?