por Washington Fazolato
Semana passada, no dia da final da Copa Sul-Americana, o tradicional Clube Atlético-PR, agora Club Athletico Paranaense, lançou seu novo escudo. Sua nova identidade gráfica, para ser mais exato.
O novo escudo segue a linha minimalista – menos é mais – e substitui o original por listras e as iniciais do clube em fonte moderna. Indiscutivelmente mais pobre, mas há quem goste.
O que me atraiu a atenção no episódio foi o surgimento de várias propostas nas redes sociais para que se mudassem alguns dos mais tradicionais escudos de times brasileiros, inclusive do meu Vasco da Gama.
Lembrei da Juventus, da Itália, que em janeiro de 2017 mudou o belíssimo escudo por um “logo”, uma horrível letra “J” estilizada. A maioria da torcida desaprovou a mudança.
Ainda não soube da opinião da torcida rubro-negra sobre a mudança. Talvez a tenham aprovado, pois a alteração fecharia um ciclo de mudanças, de mentalidade, consagrada com o primeiro título internacional.
Mas há outras coisas por trás de um escudo de clube.
A identidade visual, a tradição envolvida, a simbologia e muitas outras coisas. Por isso, eu sou contra mudar por mudar.
“Os tempos mudam e tudo evolui”, é um dos argumentos. Lembro aos mais jovens que símbolos tradicionais são referências, como escudos de clubes, são referências atemporais, remetem a vitórias passadas, a momentos marcantes, a lembranças que comovem.
Pior, trocar escudos que simbolizam a criação do clube, alguns com simbolos diretamente vinculados ao seu DNA por letras estilizadas?
Viva a tradição!