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patada atômica

texto e entrevista: Marcelo Mendez | edição de vídeo: Daniel Planel | fotos: acervo Lúcio Branco

Nunca foi apenas entrevista…

O trabalho que faço para o Museu da Pelada é muito mais. Além de resgatar e registrar boa parte da memória esportiva do futebol brasileiro em décadas gloriosas, me dá a chance de estar em contato com as lendas, as divindades todas.

Foi assim que encontrei Roberto Rivellino.

No caminho, da janela do carro, vi um filme passar pela minha cabeça. Lembrei do tanto que fui feliz vendo Rivellino em campo. No meio dos anos 80, o camisa 10 atuou por combinado de jogadores organizados por Luciano do Valle, a Seleção Brasileira de Masters, e todos os domingos um combinado de craques ia a campo.

Para a minha alegria, eles vieram até Santo André em 1987!

Uauu!!

Fiz de tudo que podia, falei com meus parceiros do E.C Santo André, meu pai ajudou e então me deixaram ver o jogo, não da arquibancada, mas do gramado. Lá pelas tantas da manhã, vi o cara, Roberto Rivellino subindo as escadas do estádio Bruno Daniel. E que coisa linda!

Roscas, trivelas, passes, elásticos, foi um espetáculo. Lá pelas tantas da peleja veio um momento que me marcou para sempre. Estava eu ali pela lateral do campo, meio que atrapalhando os trabalhos de Eli Coimbra, lendário repórter que trabalhava na beira do campo, quando Edu, ex camisa 11 do Santos, sofreu uma falta. Rivellino veio cobrá-la e me viu.

Foto: Marcelo Ferreira

 

 

Piscou o olho pra mim e falou:

“Garoto, escuta o barulho da rosca…”

E meteu uma bola de 40 metros pra Cafuringa receber na corrida. Que coisa linda!

Hoje, os senhores e senhoras leitores e leitoras de Museu da Pelada terão a honra de assistir a entrevista desse homem, Tri Campeão Mundial em 1970, maior jogador da história do Corinthians, maior jogador dos anos 70 e um dos maiores jogadores do futebol mundial.

Divirtam-se!