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VIDA LONGA AOS ESTADUAIS

16 / abril / 2024

por Claudio Lovato Filho

E ainda há quem diga que eles não têm importância e, até, que deveriam ser extintos. Imaginem só.

Pois os últimos dias calaram aqueles que os maldizem.

Vejam o que aconteceu no Rio Grande do Sul. A importância do duelo entre Grêmio e Juventude fez com que o tricolor mandasse time misto para sua estreia na Libertadores, na Bolívia. E veio o segundo heptacampeonato da história gremista, celebrado por mais de 50 mil pessoas numa linda festa na Arena.

Vejam o que aconteceu em São Paulo. Dois embates entre Palmeiras e Santos para serem guardados em lugar muito digno na longeva história de enfrentamentos entre os dois clubes.

Vejam o que aconteceu no Rio de Janeiro, com o bravo Nova Iguaçu encarando o Flamengo, sem medo e com muita competência, numa finalíssima com recorde de público no Maracanã.

Vejam o que aconteceu em Minas Gerais, com o Atlético confirmando seu favoritismo em cima de um Cruzeiro que lutava (e segue lutando) para mostrar que está voltando a ser um grande entre os grandes. E o Mineirão fervilhou.

Vejam o que aconteceu na Bahia, com o Vitória conquistando o campeonato com um empate na Fonte Nova, numa decisão vibrante e equilibrada como há tempos não se via por lá.

Vejam o que aconteceu no Ceará, com o Castelão transbordando gente num confronto que só foi terminar na decisão por pênaltis, com o Ceará campeão em cima do Fortaleza.

E ainda teve outras oito decisões no mesmo fim de semana: em Recife, Curitiba, Goiânia, Maceió, Brasília, Cuiabá, Teresina, Palmas e Criciúma. Fizeram a festa as torcidas de Sport, Athletico, Atlético, CRB, Ceilândia, Cuiabá, Altos, União e Criciúma.

E que festa. Que festas. Festas do futebol brasileiro. Festas brasileiras.

Vida longa aos campeonatos estaduais – porque, sem eles, as rivalidades regionais sofrerão abalo, e o futebol precisa que essas rivalidades se perpetuem.

Vida longa aos campeonatos estaduais – porque, sem eles, muitos clubes irão sucumbir, morrer à míngua, e não podemos permitir que isso aconteça.

Vida longa aos campeonatos estaduais – porque, neles, estão muitas histórias da infância; da gozação na escola segunda-feira de manhã, das tentativas de ir à forra no pátio durante a Educação Física ou então depois da aula, na pelada no terreno baldio.

Viva longa aos nossos campeonatos estaduais – porque eles são uma das principais causas da nossa paixão pelo futebol.

E essa paixão é parte essencial e poderosa da nossa identidade.

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1 Comentário

  1. Dario Roitberg

    Concordo com todos os aspectos que você colocou. São todos relevantes. Como seria enfrentar este calendário louco e desgastante sem os clássicos regionais?
    Parabéns!

    Responder

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