por Zé Roberto Padilha
Desde que Jorge Jesus abriu a porteira, técnicos portugueses começaram a desembarcar no país. Como fez Pedro Álvares Cabral, que abriu nosso Brasil ao conhecimento e exploração do mundo.
Bruno Lage não veio em naus. Veio de avião e está voltando na barca. E sem jogar ou ter o trabalho de montar sua equipe. Já a encontrou pronta, líder do campeonato com milhares de pontos à frente do segundo colocado.
Ficou pouco tempo. Não está carregando, como seus ancestrais, o pau-brasil, borracha, café ou pedras preciosas. Leva de volta a nova riqueza do país. Ela não foi cultivada com trabalho braçal, mas por amor da sua gente ao futebol.
Nossa nova riqueza chama-se Multa Rescisória.
Não dá no cerrado. Não cresce nas planícies. Muito menos nas serras gaúchas. A Multa Rescisória está pronta para ser levada depois que milhares de apaixonados se tornam socios-torcedores.
Daí o dinheiro ganha corpo, cresce diante do amor inconteste ao seu clube de coração.
E na primeira crise, basta colocar um Tiquinho no banco, que ela cai na conta. E faz de um desconhecido português, e sua tripulação, os novos milionários.
Caro Padilha excelente texto agora basta ser português que é o melhor treinador do mundo,pobre futebol Brasileiro, gostam de enganadores vindo de além-mar.