por Zé Roberto Padilha
Arrascaeta tem sido uma das maiores vitimas das trocas da Comissão Técnica no Flamengo. Mal chegamos ao mês nove e já foram três. Não pelos seus treinadores. Jogando em que lado do campo seja escalado, por portugueses Pereiras ou Souzas, argentinos Sampaolis, tem talento de sobra para resistir à mediocridade.
O problema são dos que cuidam da sua parte fisica. Quando o ano terminou, o camisa 14 levou para as férias um cronograma de repouso e atividades físicas leves para não voltar totalmente fora de forma.
Quando retornou não encontrou mais a planilha dos preparadores físicos do Dorival Jr., encontrou outra, do Vitor Pereira. E vocês sabem, não há no futebol um governo de transição, como na política, que membros de uma gestão fornecem dados àquelas que o sucedem.
Como caem da noite para o dia, Arrascaeta foi submetido aos novos comandantes físicos sem uma planilha com os rumos de sua preparação. Se era para aumentar a carga, diminuir, força ou aprimorar a velocidade. Ou seria a hora da manutenção?
Para piorar, são substituídos. E no meio da temporada seus músculos, púbis e articulações são entregues aos comandados por Sampaoli, que querem mostrar serviços em meio a Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
Está na hora de respeitar a estrutura física dos nossos jogadores. Suas limitações. Não são máquinas, são seres humanos que precisam que tais limites sejam respeitados. Mesmo quando se trocam os treinadores, é preciso que os músculos cuidados pelos ministros de Bolsonaro sentem para conversar com os ministros de Lula.
Antes da posse. Antes das finais da Copa do Brasil. E se a política nossa, de um escândalo por dia, foi capaz de dar um bom exemplo, por que nosso futebol não conseguiria?
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