por Eduardo Lamas Neiva
A homenagem a Pelé é muito aplaudida pelo público presente ao bar Além da Imaginação. Após uma breve dispersada, Idiota da Objetividade começa a contar como o Santos conquistou o bicampeonato mundial de clubes.
Idiota da Objetividade: – No dia 11 de outubro de 1962, o Santos, que havia sido campeão da Taça Libertadores da América ao vencer o Peñarol do Uruguai, por 3 a 0, enfrentou o Benfica, no Estádio da Luz, em Lisboa, depois de ter vencido por 3 a 2, no Maracanã, na primeira partida da final do Mundial Interclubes. Diante de 80 mil presentes, o Santos sagrou-se campeão com a vitória de 5 a 2, com três gols de Pelé, um de Coutinho e outro de Pepe. Só nos cinco minutos finais, o time português descontou com Eusébio e Santana.
João Sem Medo: – Isso foi apenas quatro meses depois que o Brasil conquistou o bicampeonato mundial no Chile!
Ceguinho Torcedor: – E Pelé, que na Copa do Chile praticamente não jogou, pôde demonstrar mais uma vez o gênio que era.
Garçom: – Vamos, então, aproveitar pra ouvir outra música em homenagem ao Rei?
O “sim” forte e alto ecoa novamente no Além da Imaginação.
Garçom: – Jair Rodrigues, por favor, venha ao nosso palco!
Jair Rodrigues atende o pedido com o sorriso largo que todos se habituaram a ver. E é muito aplaudido.
Jair Rodrigues: – Muito obrigado, minha gente! Vamos aqui fazer uma dupla homenagem, ao Rei do Futebol e ao Rei do Baião. A música, de Durval Vieira e Reginaldo Santos, se chama “Rei Pelé, Rei Luís”. Vamos lá, rapaziada!
Sob aplausos, Jair Rodrigues agradece e, quando ia voltar à sua mesa, Zé Ary e os músicos pedem que ele aguarde um pouco. Ceguinho Torcedor retoma a pelota.
Ceguinho Torcedor: – Mil novecentos e sessenta e dois foi um ano glorioso para o futebol brasileiro. Na Europa só chamavam os jogadores do Santos de gênios, gênios. Técnicos ingleses, italianos, a imprensa portuguesa, todos se esbaldaram de elogios ao time brasileiro.
João Sem Medo: – Foi glorioso para o Botafogo também, que conquistou o bicampeonato carioca em cima do Flamengo.
Ceguinho Torcedor: – É verdade, com um show de Garrincha, deu de 3 a 0 no Flamengo, que jogava pelo empate.
Garçom: – Depois daquele jogo, o Gerson resolveu sair do Flamengo, né?
João Sem Medo: – Foi escalado de ponta-esquerda e ficou tentando ajudar o Jordan a marcar o “imarcável” Garrincha, que fez dois gols. O outro Vanderlei jogou contra a própria rede após chute do Mané.
Garçom: – Na década de 60, Botafogo e Santos eram os melhores times do Brasil e formaram a base da seleção.
João Sem Medo: – Isso mesmo. Mané, venha aqui, por favor. Quero lhe dar mais um abraço. Enquanto isso, o Zé Ary vai convocar outra música.
Garçom: – É verdade, seu João. Vamos agora homenagear os nossos dois maiores gênios da bola e todos os que sonharam e ainda sonham ser um craque da bola, novamente com o grande Jair Rodrigues.
Jair Rodrigues: – Bom, rapaziada, Mané, muito prazer revê-lo aqui. Vamos rolar a bola, então, com “Pelés e Manés”, de Chico Xavier, que não é o médium mineiro, mas o compositor cearense.
Ao fim da apresentação de Jair Rodrigues, a emoção tomou conta de todos no bar. Garrincha subiu ao palco para abraçar o cantor e todos aplaudiram de pé. Os aplausos foram bem demorados e muitos dos presentes se dirigiram a Jair e Garrincha para cumprimentá-los.
Fim do capítulo 39
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Um gol desse não se perde!
Um verdadeiro encontro de craques!
Parabéns Eduardo por este grande momento da nossa história.
Agradeço demais pelo seu comentário, José Luiz. Volte sempre. Abs.