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Ubirajara Motta

13 / setembro / 2019

A DEFESA DO TÍTULO

entrevista: Sergio Pugliese | texto: André Felipe de Lima | fotos e vídeo: Daniel Planel 

Bater papo com Ubirajara Motta, o maior goleiro da história do Bangu e dos melhores que o Botafogo e o Flamengo já tiveram, está longe do lugar comum. Volta e meia eu, minha esposa (a jornalista Suellen Napoleão) e o pequeno Jojoca o encontramos aqui pelo Largo da Segunda-Feira, na Tijuca. Entrevistá-lo, então, é um prazer ainda maior. As histórias são muitas.

Na primeira vez falamos sobre a vida dele e o que poderia contar sobre Garrincha, este muito ajudado por Bira, que organizou o memorável jogo de despedida do Mané, no Maracanã, em 1973. Mas o grande Ubirajara ainda tem muita história para contar, por isso o Museu da Pelada, sob a batuta incansável e dinâmica do bravo Sergio Pugliese, reuniu o grande goleiro e ninguém menos que Silva Batuta, um dos melhores centroavantes de todos os tempos do Flamengo, porém campeão carioca com o Vasco em 1970. 


O encontro dos dois ídolos para falar das coisas do futebol de hoje e de outrora fez com que a emoção tomasse conta de todos que estavam na sala de troféus do Flamengo, na Gávea. Silva e Ubirajara, companheiros dos gramados na década de 1960, se entreolharam. Há décadas não se encontravam. O abraço foi emocionante, apertado, caloroso e, fundamentalmente, carinhoso. A turma das antigas tem disso. Futebol para inesquecíveis figuras como Ubirajara Motta e Silva Batuta é sagrado, e quem faz dele sua sobrevivência precisa respeitá-lo, dignificá-lo sempre. Foi o que fizeram os dois craques daquele antológico Bangu 3, Flamengo 0, de 1966, diante de mim, do cineasta rubro-negro José Carlos Asbeg, que enriqueceu ainda mais a resenha, e do Pugliese.

Havia torcedores do Flamengo visitando o local. Nenhum deles deixou de abraçá-los também. O magistral Adílio, o meia-armador mais insinuante que vi jogar, ciceroneava a equipe do Museu da Pelada na sede da Gávea. Nosso cinegrafista Daniel Planel não deixou nada de fora. A ágillente de sua máquina captou mais que pessoas. Captou a alma da história. Aquele Bangu e Flamengo de 66 jamais terá um fim.

 

 

 

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