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TITA, O CRAQUE QUE NÃO É VALORIZADO

6 / novembro / 2020

por Luis Filipe Chateaubriand 


Milton Queiroz da Paixão, o Tita, é um dos maiores jogadores de futebol que o Brasil já conheceu. Por algum motivo inexplicável, não é considerado como tal. 

Jogador que unia ótima técnica com uma raça incomum e de raríssima inteligência tática, fez a diferença na maioria dos clubes que defendeu. 

No Flamengo, jogou, e bem, em todas as seis posições que abrangem meio campo e ataque. Quando, em 1979, Zico se machucou e ficou muito tempo fora, o substituiu com maestria, jogando no mesmo nível que o Galinho de Quintino. Foram muitos anos de bons serviços prestados ao rubro negro. 

No Grêmio de Porto Alegre, ficou pouco tempo, mas jogou barbaridade, tchê! Foi o principal jogador do clube na conquista da primeira Taça Libertadores da América do clube gaúcho, em 1983.

No Vasco da Gama, marcou época. Além de ter feito o gol do título do Campeonato Carioca de 1987, uma série de boas atuações o levou a ser decisivo em diversas ocasiões. 

Jogou na Alemanha, na Itália e no México, dentre outros países, sempre com sucesso. 

Na Seleção Brasileira, começou muito jovem, fazendo um golaço contra a Argentina em sua estreia, em 1979. 

Contudo, prejudicou sua carreira com a “amarelinha” com uma decisão equivocada, um arroubo de juventude, como ele próprio diz: ao não aceitar ser escalado na ponta direita na Seleção, pediu, em 1981, para não ser mais convocado, se não fosse para atuar como meia atacante; com isso, ficou fora da Copa do Mundo em 1982, aquela que, possivelmente, seria a sua Copa. 

Como não se encontrava em fase das melhores em 1986, quando jogava no Internacional de Porto Alegre, também não foi à Copa do Mundo do México. Finalmente, foi convocado para a Copa do Mundo de 1990, na Itália, mas, já no ocaso da carreira, não foi titular. 

Seja como for, tendo desperdiçado a chance de uma carreira prolongada na Seleção, fez a diferença com as camisas de Flamengo, Vasco da Gama e Grêmio. Merece ser, assim, mais lembrado do que é.

Luis Filipe Chateaubriand é Museu da Pelada!

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