por Elso Venâncio
A torcida do Botafogo mostra sua força com uma impressionante presença nos jogos. No inesperado empate em 0 a 0 com o Cuiabá, o Estádio Nilton Santos registrou o seu maior público no Campeonato Brasileiro, com quase 42 mil presentes. O Glorioso foi ineficiente nas conclusões, mas teve garra e coragem dos grandes que buscam títulos. Por isso, houve tanto vaias quanto aplausos no fim da partida.
O resultado contra o Cuiabá em nada desmerece o trabalho que faz o Botafogo, dono do melhor futebol do país e do continente na atualidade. John Textor aposta sobretudo no título da Libertadores, que o incentivaria a formar um time ainda mais forte para a Copa Intercontinental, em dezembro deste ano, no Catar, e para o Super Mundial de Clubes, ano que vem, nos Estados Unidos. Luiz Henrique e Igor Jesus, que agitam o mercado da bola, não serão negociados.
Natural dos Estados Unidos, Textor vai aos jogos do Botafogo com a camisa do clube. Parece um carioca autêntico ao beber cerveja e saborear um churrasco no espeto, na entrada do Engenhão. Após a frustração na reta decisiva de 2023, foram investidos mais de R$ 300 milhões em 19 reforços para o clube. Hoje, só Luiz Henrique, o atleta mais valorizado do futebol brasileiro, tem potencial de venda superior a R$ 300 milhões. Quanto podem valer um Luiz Henrique, um Almada, um Igor Jesus, após o Mundial?
Nos anos 1960,o Botafogo conquistou vários títulos, entre eles o bicampeonato carioca, em 1967-1968, e a Taça Brasil de 1968, então equivalente ao Campeonato Brasileiro. Em consequência disso, voltou a ser base da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato da Copa do Mundo, no México, em 1970.
O GPSO (Grupo de Pelada Seis de Outubro) se reúne aos sábados no Clube ASBAC, na Praça XI. Trata-se de um dos grupos mais antigos e tradicionais do Rio de Janeiro. Liderada pelo conselheiro botafoguense Gentil Ferreira, parte da galera não perde um jogo! Após um resultado positivo, os peladeiros alvinegros repetiam roupas, tênis, trajeto, enfim… Havia uma grande superstição no passado, agora abandonada.
— Chegamos à conclusão de que o importante é ter time — declara José Luiz, vocalista do grupo de pagode Samba na Piscina, vestindo a camisa 7 de Garricha.
De fato, a equipe atual do Botafogo é a melhor versão alvinegra desde as marcantes conquistas do início e do final dos anos 1960. Na semana que vem, o adversário será o Atlético/MG, em Belo Horizonte, pelo Brasileiro. A final da Libertadores está marcada para 30 de novembro, contra o mesmo Atlético, mas em Buenos Aires. Em tempo: os 22 mil ingressos reservados para o Botafogo no Estádio Monumental de Nuñez foram vendidos a “toque de caixa”. Confiança não falta!
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