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SEM EVARISTO, SURGE PELÉ

22 / julho / 2024

por Elso Venâncio

Lenda viva do futebol brasileiro, Evaristo de Macedo reunia os jogadores antes do treino e relembrava histórias: “Pelé, só surgiu porque eu fui para o Barcelona. Vocês sabiam disso? Eu era o 10 da Seleção Brasileira. Só não joguei as Copas de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile, porque quem estava no exterior não era convocado. Fui o único jogador a marcar cinco gols no mesmo jogo com a camisa amarela, além de ser o primeiro brasileiro ídolo no Barcelona e no Real Madrid. Não tem esse negócio de Romário, Ronaldo…”. 

Evaristo diz que nunca foi escravo de clube. O passe, por contrato, ficava com ele. “O Flamengo não me vendeu. Acertei com os espanhóis que me procuraram, e sete anos depois voltei a Gávea”.

Romário mantinha-se atento e dava gargalhadas, que podiam ser ouvidas a distância. A falta de qualidade e comprometimento, hoje, torna atual o tema da conversa do treinador na época em que dirigiu o Flamengo.

O sexto lugar que a Seleção Brasileira ocupa nas Eliminatórias sinaliza uma profunda crise técnica. No ranking da FIFA, a Argentina lidera, enquanto o Brasil é o quinto colocado.

Em toda convocação, mesmo com o entra e sai de técnicos, somos surpreendidos com nomes desconhecidos. Se tem a impressão de que, para ser convocado, a prioridade é de quem joga lá fora.

Por que a mudança de comportamento?

Há 30 anos, na Copa de 1994, no tetracampeonato mundial conquistado nos Estados Unidos, os batedores na decisão iam tensos, concentrados para as cobranças, conscientes da responsabilidade que tinham.

Muito antes, o bicampeão do mundo Didi inventou a paradinha no pênalti, imitada por Pelé e depois por Neymar. Fácil executar a paradinha? Didi explicava. “Não, tem que treinar! Falta também! Repetir, repetir…”.

Didi e Gérson conversavam em General Severiano. “Canhotinha, você tem que ensaiar lançamentos”, argumentava Didi, que colocava cadeiras em posições variadas, no suposto campo adversário, e alternava passes de longa distância com Gérson.

O craque Didi defendia a tese de que os convocados da Seleção tinham que atuar no Brasil, à exceção de nomes indiscutíveis, como hoje Neymar e Vini Jr. Você concorda com Didi ou os tempos são outros?

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