:::::::: por Paulo Cezar Caju ::::::::
Qual a polêmica do dia? Bastou sentar-me em um café do Leblon e o vizinho da mesa ao lado perguntou se o Neymar fez certo ao trocar o Barcelona pelo Paris Saint Germain. Mergulhei no túnel do tempo e me lembrei quando, aos 20 anos, campeão do mundo, recebi três propostas equivalentes em termos de grana, Ajax, da Holanda, Paris Saint Germain e Olympique de Marseille. Queria jogar bola e ser feliz! Claro, fui para o Olympique porque tinha sol, praia e um clima semelhante ao do Rio.
Se eu fosse conselheiro do Neymar, ele não trocaria o Barcelona pelo PSG porque ele já está realizado financeiramente e precisa de felicidade para continuar sendo o jogador brilhante que é. Tem que esquecer essa história de melhor do mundo e de que no PSG não terá a sombra do Messi. Que sombra do Messi é essa?
No Barcelona, o Neymar aprendeu a jogar coletivamente. A escola espanhola o obrigou a isso e o tornou um jogador melhor. No PSG, o individualismo impera, com Di Maria e Cavani, que, por sinal, é um chato de galochas e vive encrencando com o Lucas. Essa história de querer ser o astro principal pode ser um tiro no pé.
No Barcelona, seu futebol evoluiria sempre, pois é querido pela torcida e criou laços de amizade com Messi, o astro principal. Morei em Paris muitos anos. Lá, o inverno é rigoroso, neva e muitos estrangeiros reclamam de preconceito. Nunca sofri é bom que se diga. O parisiense é diferente do latino.
Tudo isso deve ser levado em conta numa mudança de time. O Neymar tem que pensar em ser o jogador mais feliz do mundo. Sendo o mais feliz, acredite, será o melhor.
0 comentários