por Zé Roberto Padilha
Não é a primeira vez que isso acontece com o Fluminense. Em 1975, minha geração chegava aos profissionais e se preparava para fazer parte de uma outra boa equipe tricolor.
Eu, Rubens Galaxe, Abel, Edinho, Cleber, Marinho, Carlinhos, Pintinho, Erivelto e Cia não iríamos fazer feio junto a Félix, Toninho, Assis, Marco Antônio e cia. Até que Francisco Horta contratou Rivellino, PC Caju e Mario Sérgio.
Como acontece agora com Antônio Carlos, Felipe Andrade e quem mais tenha o privilégio de jogar com Thiago Silva, tamanha categoria, colocação, opções por atalhos que só o tempo nos ensina a chegar antes e com o menor esforço. Tudo isso eleva o sarrafo à altura máxima do que o bom jogador é capaz de atingir.
Só a genialidade seria capaz de transformar coadjuvantes em co-atores à altura do espetáculo. Como Al Pacino faz.
Em resumo, a gente joga até o que não sabe para justificar estar ao lado de quem sabe muito. De um bom time que talvez passasse despercebido pelas Laranjeiras, nos tornamos a Máquina Tricolor. E todos se valorizaram.
O que Thiago Silva anda fazendo, coberturas, domínio de bola, exercendo uma natural liderança e concedendo orientações precisas, Rivellino e Paulo Cesar fizeram por duas temporadas com a gente.
E uma grande equipe que vinha se perdendo ladeira abaixo, encontra em um filho seu, que jamais fugiu à luta e, sim, foi honrar seu berço mundo afora, um elevador carregado de esperanças em recuperar sua hegemonia vice campeã mundial de clubes.
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