por Mateus Ribeiro
Pelo amor de Deus, tirem essa bola de perto da área!
Eu não sei quem foi o ser abençoado que achou genial essa mania de goleiro ficar tocando bola com defensor perto da área. Não há beleza nenhuma nisso, muito menos eficácia. E ainda existe o risco gigantesco de se tomar gol, visto que em 99% das vezes, os jogadores de ataque são mais habilidosos e rápidos que os de defesa, ainda mais nos tempos atuais.
Sabe-se lá quando ou onde, resolveram que ficar tocando bola na zona de perigo era a melhor saída para transformar o enfadonho futebol brasileiro em algo moderno, inovador e atraente. Qualquer pessoa que tenha o mínimo de bom senso sabe que essa estratégia é extremamente perigosa, até porque já não temos mais nenhum Mauro Galvão ou Gamarra.
Já está mais do que provado que essa nova moda de ficar desafiando a lógica não vai dar certo. Porém, toda essa patifaria disfarçada de inovação é defendida pelos entendidos, que conseguem enxergar vantagem nesta troca de passes inúteis, que quando gera algum perigo, gera unicamente para o time que resolve se arriscar com isso.
Por mais que a turma da modernidade tente defender essa aberração, não vai ser esse 1-2 que vai salvar o futebol, ainda mais com a falta de jogadores habilidosos na atualidade. E sejamos francos, se o cara tem habilidade, que use do meio pra frente, e não para ficar fazendo gracinha na zaga ou na volância, colocando em risco o resultado do time. O futebol não é lugar para brincadeira, ainda mais se for feita na zona da defesa.
A inovação é necessária. Mas inovar por inovar não faz o mínimo sentido. Não é de hoje que a cada saída errada (e são várias) que um time dá, os comentaristas falam que isso faz parte da tal “filosofia de jogo”. Aí eu me pergunto, qual filosofia? Até hoje, eu não vi ninguém que defende essa baboseira destrinchando os conceitos da tal “ideia de jogo”. No máximo, falam que “time x gosta de ter a bola”, e que é importante o goleiro saber sair jogando. Tudo bem, é até legal um goleiro que saiba jogar com os pés, mas eu prefiro que ele seja bom com as mãos. O grandioso e subestimado Dida, por exemplo, nunca foi um exemplo de como se jogar com os pés, mas era um monstro na sua principal função: defender.
Eu confesso que me sinto como um peixe fora do aquário vendo tanta gente entendida defendendo o indefensável. É claro que é legal um time onde todos os atletas saibam o que fazer com a bola. Mas não é necessário EM TODA SAÍDA DE BOLA a jogada (que invariavelmente, não resulta em nada) começar dentro da área. Até porque, quanto mais longe de seu próprio gol a bola estiver, melhor para o time.
Eu prefiro ser um conservador da bola e ao invés de me maravilhar com 90% de posse de bola inútil, ou então com o goleiro que participa do jogo a toda hora, vibrar com coisas mais obsoletas, como gols, vitórias e títulos.
Enquanto sou bombardeado por todos os adeptos do tatiquês que defendem a horrorosa saída de bola com toques entre os defensores, eu faço um apelo: PELO AMOR DE DEUS, TIREM ESSA BOLA DE PERTO DA ÁREA.
Um abraço e até a próxima!
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