por Motta Balboa
É parceiro, Romário Presidente. Muito me honra em ter como presidente do meu clube um cara tão vitorioso no futebol e na vida por simples vontade própria de realizar mais um sonho de seu pai, mesmo não estando já aqui. Na situação atual o America não significaria nenhum êxito ao Romário, mas sim o Romário que agregaria valor ao America, isso mostra a sua paixão sincera pelo clube tijucano.
Me orgulho muito de ter ajudado com uma sementinha a plantar Romário no America, desde gerente em 2009/10 a agora no cargo máximo. Em 2006, com o America fazendo excelente jornada no Campeonato Carioca nas mãos do técnico Jorginho Tetra, com Romário e seu amado pai Edevair indo a jogos, notei realmente que o baixinho era Sangue. No fim de 2006, para aproveitar toda a motivação gerada pela bela campanha e com apoio da diretoria, idealizei o Natal na Baixada Americana, com um jogo de futebol entre artistas e jornalistas com a chegada do Papai Noel. A ex-esposa do Romário, minha amiga Mônica Santoro, frequentava a mesma academia que eu. Então pensei que, na época, Romário buscava marcar o milésimo gol, assim seu filho Romarinho poderia tentar marcar o gol UM no jogo de Natal, já que nunca havia jogado em campos oficiais. Mônica confirmou que seria o primeiro gol do filho, caso acontecesse, e liberou o pequeno craque, de apenas 13 anos para jogar com os adultos convidados. Era Romarinho buscando seu gol UM enquanto o pai nos campeonatos tentava chegar ao gol MIL.
Chegou o dia da partida, e não é que toda família Romário foi de surpresa a Edson Passos. Seu Edavair, D. Lita, e o próprio Romário, numa das raras vezes que acordou mais cedo, segundo ele próprio, para prestigiar o filhão. Mesmo com a incerteza da presença do Baixinho, emissoras nacionais e internacionais de tv, com uniformes da patrocinadora oficial do America personalizados, registraram tudo e o jogo foi um sucesso.
Aí comprovei o quão Romário é um astro e desperta interesse em todos, um carisma raro. Esse evento creio ter motivado a Romário a realizar mais conversas com o então presidente americano Reginaldo Mathias, desde o jogo festivo do centenário rubro em 2004 quando jogou um tempo pelo tricolor carioca e outro pelo America.
Com isso, de volta ao Natal de 2006, dei mais um empurrão, fora da área é claro, para que o Baixinho ficasse mais perto do America. A propósito, jogaram Alex Escobar, Smigol, Detonautas, Paulo Cintura, entre outros. Romarinho fez o seu gol UM, modéstia à parte com minha assistência. E o goleiro desse gol histórico, tal qual o saudoso Andrada, foi o nosso amigo escritor Marcos Eduardo Neves.
Uma historinha bacana, de outras tantas que unem America e Romário, que mostra o quanto o Baixinho gosta do America sem interesses obscuros como aconteceu em muito na vida rubra. E com Romário a história é testemunha, se entrou nessa é porque vai vencer, uma missão que ninguém lhe propôs, ele quem escolheu. Se o próprio Romário escolheu, alguém duvida de êxito? Presidente Vencedor sempre, parceiro!!!
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