UM GIGANTE EM DOIS GIGANTES
entrevista: Sergio Pugliese | vídeo e edição: Daniel Planel
Um dos grandes laterais-esquerdos da história do futebol brasileiro, Rildo era um personagem que há tempos estávamos atrás. Tendo honrado as camisas de Botafogo e Santos durante os anos 60 e 70, além da Seleção, o craque com certeza teria muita história boa para nos contar.
Foi com toda essa expectativa que recebemos a lenda no Zeca Bar F.C., em Ipanema, e, para abrilhantar a resenha, levamos convidados ilustres: Carlos Roberto e Paulinho Pereira.
Tudo começou quando o Botafogo, comandado por Garrincha, foi jogar no Recife contra o Sport, que contava com Rildo nas divisões de base. Antes da partida principal, no entanto, rolou uma preliminar e, sob o olhar atento de João Saldanha, o jovem de 15 anos comeu a bola, encantando o treinador.
– Depois de dois meses, me mandaram uma passagem para eu fazer teste no Botafogo!
Rildo não pensou duas vezes antes de topar, mas o pior estava por vir. No teste, o lateral teria uma prova de fogo: marcar Garrincha. Se anular o Anjo das Pernas Tortas era missão impossível, o garoto fez o suficiente para ser aprovado na peneira e iniciar a sua trajetória no Glorioso.
No clube, teve a oportunidade de ser companheiro de ninguém menos que Nilton Santos, um dos seus grandes ídolos. A idolatria é tanta que Rildo chegou ao encontro e fez questão de nos mostrar a camisa autografada que ganhou do lendário lateral.
– Por respeito, eu chamava ele de “Seu Nilton”, mas ele não gostava nem um pouco! Dizia que se eu chamasse ele assim de novo, não receberia mais a bola! – revelou!
Ex-lateral do Vasco, Paulinho Pereira também não escondia a sua admiração por estar ao lado de Rildo e aproveitou a ocasião para relembrar os extintos pontas:
– Como era marcar o Zequinha? Ele dava o tapa e parece que ninguém conseguia segurar!
– Como tínhamos pontas bons! Realmente o Zequinha foi um dos maiores ponteiros que vi jogar! O Julinho Botelho também era fera!
– Ainda tinha o Canhoteiro, que muitos diziam que era o Garrincha pelo lado direito! – lembrou Carlos Roberto.
Com tantas feras nas pontas, ter êxito na lateral não era para qualquer um e esse era mais um motivo que nos deixava ansioso para esse encontro.
– Eu nunca vi o Rildo levar baile de ninguém! – reforçou Carlos Roberto.
Nosso parceiro botafoguense, Guilherme Careca também marcou presença e garantiu mais um autógrafo para a camisa desejada por qualquer colecionador ou amante do futebol, que reúne assinaturas de Rogério Bailarino, Jairzinho, PC Caju, Amarildo, Carlos Roberto e do goleiro Wagner. Quem também participou ativamente do encontro, com perguntas interessantes, foi Robertson Melo, estudante de Jornalismo que quis saber mais sobre a trajetória do ex-jogador.
Durante o papo, Rido ainda comentou sobre sua passagem pelo Santos, pela Seleção, a transferência para o Cosmos e muito mais! Confira cada detalhe dessa resenha histórica no vídeo acima e compartilhe com os amigos!
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