por Elso Venâncio
Na Copa do Mundo de 2014, nossa seleção levou um sacode de 7 a 1 diante da Alemanha em casa, no Mineirão. Sete anos depois, pela Copa do Brasil, o Grêmio de Scolari tomou 4 a 0 do Flamengo também em casa, na sua arena.
Qual foi o maior vexame do técnico?
Particularmente, acho que foi a derrota de quatro para o Flamengo, que tinha um jogador a menos em campo no segundo tempo. Isso é uma coça histórica. Não me lembro de derrota tão humilhante dos gaúchos em sua própria casa.
Renato Gaúcho, e isso é outro fato histórico, vibrava ao lado do Felipão. Pulava sem parar a cada gol e há poucos metros, na arquibancada, duas bandeiras gigantes estampavam a olhos nus imagens do maior ídolo da história do Grêmio, que tem até estátua em tamanho natural nos arredores do estádio.
Nos 5 a 0 que o Grêmio levou em 2019, na semifinal decisiva da Libertadores, com Renato do outro lado, o Maracanã estava entupido e a nação empurrava o Flamengo. Agora, não. Além de jogar em casa, não havia fator torcida para atrapalhar o tricolor gaúcho.
Vale lembrar que no Mineirão a Alemanha era infinitamente superior ao Brasil. Estive rapidamente com Dadá Maravilha na entrada do estádio, naquele dia. Ele, com óculos gigantescos, estilo Zé Bonitinho, nas cores verde e amarelo. Figuraça! Perguntei ao ‘Peito de Aço’:
– E hoje, Dadá?
Resposta:
– Vai ser brabo…
Foi muito pior do que isso.
Vejo duas coisas em comum nesses dois vexames do Felipão. A passividade do técnico no banco e seu discurso de naturalidade após os jogos.
No Mineirão, assisti ao jogo das cadeiras, próximo ao campo, bem ao lado do banco de reservas. Fiquei assustado antes do apito inicial. Parreira, sorridente, filmava a entrada em campo das seleções. Os alemães marchavam para a guerra e o espírito dos brasileiros parecia ser outro. Deu frio na barriga. E após o jogo, ânsia de vômito.
Em tempo: tem novos Flamengo x Grêmio por vir… Alguém arrisca o que vai acontecer?
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