entrevista: Sergio Pugliese e Itiro Tanabe | texto: André Mendonça | vídeo e edição: Daniel Perpetuo
Fim do ano é a época mais tradicional para os encontros entre os amigos e nas Laranjeiras não é diferente! Recentemente, a equipe do Museu da Pelada foi convidada para o 4º encontro dos ex-atletas do Fluminense, na sede do clube. Organizada por Helso Teia, a festa contou com a presença de craques de várias gerações do Tricolor e foi regada à muita cerveja e churrasco. Búfalo Gil, Carlos Roberto, Pintinho, Taílton Menezes, Alexandre Torres e os goleiros Paulo Goulart, Nielsen, Jorge Vitório e Ricardo Cruz foram alguns dos grandes jogadores que participaram do encontro.
Entrevistados pelo parceiro Itiro Tanabe, tricolor fanático, os craques não escondiam a alegria por participarem da festa ao lado de grandes amigos. Morando atualmente em Sevilha, Carlos Alberto Pintinho, um dos grandes jogadores da Máquina Tricolor, exaltou o evento:
– Esse encontro é maravilhoso! Devemos muito ao Helso, que conseguiu reunir toda a rapaziada! É muito importante para a família tricolor!
Quem também marcou presença foi o ex-zagueiro Alexandre Torres, que atuou pelo Flu no fim da década de 80 e início de 90. Apesar de ser mais novo que muitos dos convidados, o ex-jogador revelou que convive com esse grupo desde a infância, pois seu pai, o saudoso Carlos Alberto Torres, o levava para a concentração e para alguns jogos da Máquina Tricolor.
– Tive o prazer de ver essas feras de perto! Tenho certeza que meu pai está observando a gente lá de cima e batendo palma para esse encontro!
O craque Taílton Menezes, que recentemente lançou o livro “Minha História de Amor Com o Flu”, era um dos mais alegres. Bicampeão carioca nas divisões de base do clube, o ex-jogador teve a carreira interrompida por problemas de diabete e, hoje em dia, faz sucesso na Rádio Cultura, de Itaboraí, onde se transforma na “Valquira Fashion” e diverte os ouvintes com a personagem.
Um dos momentos mais bacanas do evento foi a resenha entre os goleiros de várias gerações que vestiram a camisa tricolor. Jorge Vitório, muralha dos anos 60, Nielsen, camisa 1 da Máquina Tricolor, Paulo Goulart, campeão brasileiro pelo Flu em 84 e Ricardo Cruz, goleiro do fim dos anos 80, se deliciavam com o encontro e a admiração era unanimidade na resenha.
– O Fluminense sempre fez grandes goleiros! Eu sou prata da casa, vim do futebol de salão e tenho muito orgulho de ter jogado nesse clube! – afirmou Nielsen.
Paulo Goulart acrescentou em seguida:
– Aprendi muito com o Nielsen e tenho certeza que o Ricardo Cruz aprendeu alguma coisa comigo, pois ele veio logo depois! Essa é a alegria do nosso encontro!
– Cheguei a treinar junto com o Paulo Goulart, que sempre foi um ídolo pra mim, e fui muito ao Maracanã com meu pai assistir ao Nielsen! – lembrou Ricardo.
Veterano na resenha, Jorge Vitório, sem dúvidas, foi a grande inspiração dos goleiros que sucederam o ídolo tricolor. Tendo vestido a camisa do Fluminense de 1965 à 1973, Vitório participou das conquistas de três Campeonatos Cariocas, três Taças Guanabaras e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 70.
– Participei de um grupo muito bom! Além de serem grandes jogadores, eram grandes companheiros! Fico muito feliz de ter participado daquele time!
A equipe do Museu da Pelada partiu para outro compromisso, mas a festa dos ídolos do Fluminense varou a noite!
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