por Zé Roberto Padilha
O Fluminense acaba de inovar ao criar, no futebol, a figura do vice-treinador. Aquele que como José Sarney, Itamar Franco, Michel Temer, Cláudio Castro, mal figuravam na cédula, ninguém votou, não compareceram aos debates e de repente …assumem o poder.
Sem qualquer responsabilidade, pois se perder não foi culpa sua, foi de quem montou seu ministério. Se empatar está no lucro, se vencer é um salvador da pátria.
No futebol é mais fácil do que na política. Para derrubar Tancredo, bastou uma infecção, Collor, uma Elba e o Eriberto, ao Michel Temer, uma pedalada mal contada, Witzel…bem, este aí todos esperavam.
Para derrubar o Abel, mesmo sendo campeão carioca, ter alcançado recordes de invencibilidade, e olha que ainda nem entramos no mês 5, bastou o Fred desperdiçar um pênalti aos 48 minutos do segundo tempo.
Nem o direito à cobrança o Abel teve para tentar salvar o pobre pescoço. Eles erram, eu caio.
Não precisou de passeatas, greves, de um mau perdedor ,como Aécio Neves, ou o Eduardo Cunha atuando nos bastidores com o Merval Pereira dando cobertura na Globonews.
O presidente do Fluminense, que sabe muito de futebol, se trancou na sala com outra dúzia de dirigentes que também não jogaram nada, e decretou o Impeachment.
Agora, nos resta acompanhar as ações da Petrobrás, se o dólar se estabiliza, se cai o preço do gás de cozinha. Com a palavra, o Congresso Nacional.
Sua próxima reunião é domingo, em Curitiba. Se perder…só o Moraes!
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